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A nossa investigação histórica – descritiva, utilizou como fontes documentais o espólio da Escola de Reforma (Museu em Caxias, biblioteca do Instituto de Reinserção Social – MJ), documentos na Biblioteca Nacional e da Torre do Tombo, os escritos do P.e Oliveira e fontes secundárias diversas (imprensa, relatórios dos serviços jurisdicionais de menores, legislação tutelar, etc.). O estudo insere-se no âmbito das comemorações dos Cem Anos da LPI (1911) e desta ‘Secção Preparatória’ (1912), pretendendo refletir sobre esta inovação pedagógica, no contexto da Obra Tutelar e de Proteção à Infância na 1ª República, das pedagogias modernas da reeducação de menores, assim como, do sistema organizacional daqueles estabelecimentos de correção. Dividimos em três pontos fulcrais o nosso estudo. No primeiro fizemos uma abordagem às medidas de proteção aos menores, no período da República, seguindo-se duma análise às ações do P.e Oliveira e terminamos com a explicação do programa educativo da ´Seção Preparatória’ (Duarte-Fonseca, 2005). Em definitivo, esta ´Secção’ iniciou uma nova fase de ressurgimento pedagógico na reeducação de menores em Portugal, com a construção de novas oficinas (plano do professor Abílio Meireles e Augusto de Oliveira), a intensificação de metodologias de ensino e de acompanhamento. Toda esta renovação teve o apoio e colaboração do P.e Oliveira.
Pretendemos saber quais as oportunidades oferecidas de empregabilidade aos sujeitos com DID no concelho de Constância, na promoção da sua inserção e inclusão socioprofissional. Destacaremos a importância dos contextos (familiar, escolar, social) onde estão inseridos esses jovens, a relação entre a oferta formativa e a oferta e procura de emprego, a divulgação do Programa de Emprego e Apoio à Qualificação das Pessoas com Deficiência e Incapacidades, o acolhimento e aceitação das entidades empregadoras. Propõe-se um Plano de intervenção capaz de colmatar as dificuldades existentes no concelho, relativo à inclusão socioprofissional e ao acompanhamento e apoios a 8 sujeitos DID.
Este estudo descritivo insere-se no Programa de Inteligência Emocional (PIE) aplicado a alunos do 3.º e 4.º ano do ensino básico na região de Castelo Branco, pretende analisar as relações de amizade (aceitação, rejeição) e os níveis de autoconhecimento das emoções (habilidades emocionais), antes e depois de aplicado o programa em alunos de turmas de educação básica (n=91), no ano letivo 2011-12. Sabemos que a turma é um grupo social, um campo de forças diferente da soma dos sistemas de tensão que o constituem, com o seu próprio clima dinâmica e estrutura de inter-relações (afetivas, sociais) O Teste Sociométrico (5 níveis resposta) aplicado aos 4 Grupos/turmas (3.ºA, 3ºB, 4.ºA, 4º B) ofereceu-nos (Pré e Pós) o posicionamento, as relações de afinidade, a estrutura da turma. Ao nível da inteligência emocional aplicamos aos Grupos/turma de ‘Controlo’ (3ºB, 4.ºB) e Grupos ‘Experimental (3.ºA, 4.ºA) um ‘Questionário de Habilidades Emocionais’, de 45 itens (escala de 3 níveis), validado, com intuito de conhecer as habilidades de autoestima, controlo e reconhecimento das emoções, habilidades interpessoais, empatia, organização, resolução de conflitos e sensibilidade social. Todos os alunos pontuaram no ‘nível alto’ (46 a 79) tendo o ‘questionário’ uma boa consistência interna global (Alfa de Cronbach=0,932). O Grupo/turma 3.ºA (experimental) registou as médias mais elevadas em todos os 6 fatores categoriais do questionário, assim como nas relações interpessoais. Destacamos o 3.º A, após o PIE, possui melhores habilidades sociais e emocionais e, uma coesão em termos de relações de afetividade. Em relação, ao Teste sociométrico analisámos turma por turma a ‘aceitação/rejeição’ dos alunos nas relações e por género (diferenças significativas), demonstrando-se que as turmas de 3.º ano obtiveram melhores pontuações (relações sociais) que as de 4.º ano, verificando-se que em todas elas há um aluno/a que recebe a maior pontuação dos pares (aceitação) e alguns que são rejeitados.
Esta investigação, de natureza qualitativa, visou conhecer as concepções e práticas de professores dos anos iniciais sobre o ensino de ciências e promover reflexões sobre tal ensino. O trabalho teve como base o Processo de Reflexão Orientada, uma estratégia para o desenvolvimento profissional a partir do enfoque de questões da prática docente. As questões de investigação foram: Como professores dos anos iniciais concebem, refletem, planejam e realizam o ensino de Ciências? Como refletem e realizam o ensino de Ciências a partir de um Processo de Reflexão Orientada? E, como a partir de um Processo de Reflexão Orientada para professores dos anos iniciais do Ensino Fundamental avaliam o seu próprio desenvolvimento profissional? Os dados foram obtidos a partir de questionários, entrevistas, planejamentos escritos e de vídeogravações dos encontros e de aulas ministradas. Sequências de ensino foram planejadas e discutidas, novas reflexões foram realizadas e reelaborações foram propostas. As aulas desenvolvidas evidenciaram um progresso de Lívia com relação à participação dos alunos, com a proposição de uma situação-problema, da consideração das ideias prévias dos alunos, embora apresentasse ainda dificuldades em promover uma discussão orientada, que pudesse favorecer a argumentação dos alunos e a compreensão do fenômeno. Já, nas aulas de Roberta observaram-se atividades que privilegiaram a participação dos alunos. O processo de reflexão orientada mostrou ser uma estratégia importante para o desenvolvimento profissional dessas professoras, possibilitando reflexões significativas sobre a própria prática, bem como a tomada de consciência de uma nova sistematização das ações docentes.
Com vista a abandonar a ideia tradicional de que a observação é objetiva e que, decorrente da objetividade dos factos empíricos é possível estabelecer uma correspondência com a realidade e a verdade, procura-se, através de uma situação experimental problemática, inserida num contexto de História da Ciência, criar um contexto didático apropriado para a compreensão da relação da observação com a teoria que a interpreta. Os resultados obtidos no decurso do Projeto lbero-americano de Avaliação de Atitudes Relativas a Ciência, Tecnologia e Sociedade, através da aplicação do Cuestionario de Opiniones sobre Ciencia-Tecnologia-Sociedad mostraram que a conceção que os alunos têm sobre a Natureza da Ciência e Tecnologia e sobre a relação entre observação e teoria não é a mais adequada. A Sequência de Ensino-Aprendizagem proposta baseia-se na realização de uma atividade experimental problemática e na discussão dos resultados, relacionando-os com a análise e debate de dois textos sobre a Teoria do Flogisto e a Teoria do Oxigénio.
O estudo desenvolveu-se no âmbito do sistema educativo angolano, com professores peritos de Química que lecionavam a 7a classe (12-13 anos de idade), com o objetivo de caraterizar o conhecimento desses professores sobre o currículo tendo em conta que o currículo de qualquer disciplina e de qualquer nível de ensino representa as aprendizagens consideradas relevantes pelos decisores devendo considerar as capacidades e aspirações do aluno, a língua, o meio e a cultura, a história e a arte, as exigências de trabalho e as interações de caráter societal. Dai que o professor, para poder planear as atividades de ensino e aprendizagem, tem, necessariamente, de conhecer o currículo no sentido de proporcionar ao educando os saberes da disciplina e explorar as articulações necessárias para a sua digna integração na complexa sociedade atual. Para o efeito, entrevistamos 16 professores selecionados como peritos. Num desenho metodológico exploratório, a técnica utilizada foi a entrevista e os dados foram submetidos à análise de conteúdo e categorizados. Os resultados revelaram que os professores peritos manifestaram um considerável domínio de conhecimento do currículo de Química e valorizaram a articulação vertical e horizontal dos seus conteúdos.
O estudo apresentado teve como objetivos planificar e implementar e analisar uma proposta didática alternativa para a abordagem dos níveis macroscópico, simbólico e sub-microscópico, indispensáveis para a compreensão das reações químicas, salientando-se o facto de não se explorar, nos manuais e na prática, todo o potencial de uma reação química muito usual. A proposta utiliza uma diferente abordagem da tradicional reação de precipitação do iodeto de chumbo, centrada em questões-problema: “Ocorreu uma reação química?” e “Será possível dissolver o precipitado?”. A metodologia foi qualitativa e centrou-se na investigação-ação colaborativa. Perante as questões problema, os alunos fizeram previsões, sugeriram e realizaram procedimentos experimentais de carácter investigativo para as testar e fundamentaram as respostas através da comunicação oral e da elaboração de esquemas pictóricos (livremente), estes últimos, para ilustrar o nível sub-microscópico. Analisaram-se conjuntamente os esquemas e os dados da observação direta. Os resultados evidenciam que os alunos: identificam a ocorrência da reação química sensorialmente (visualização do aparecimento de uma substância colorida após a junção de duas soluções incolores - nível macroscópico), representam a reação química utilizando a simbologia química (nível simbólico) mas apresentam algumas dificuldades na interpretação sub-microscópica.
É desejável que a formação inicial de professores do 1º Ciclo do Ensino Básico contribua para construir um perfil de profissional capaz de proporcionar aprendizagens significativas, articulando e enriquecendo as várias áreas do currículo. Tomou-se, assim, como pressuposto o valor da interação da escola com contextos não formais que, concretiza em visitas de estudo desenvolvidas intencionalmente durante o período de Prática Supervisionada, proporciona a oportunidade de planificarem, implementarem e avaliarem práticas promotoras de desenvolvimento profissional reflexivo. Assim, concebemos uma estratégia formativa que se enquadra na problemática de como contribuir para a melhoria da formação, criando oportunidade de os futuros professores usarem o património local como recurso educativo, através de estudos de Investigação-Ação. Na senda de que o desenvolvimento profissional envolve competências que vão para além do domínio cognitivo e procedimental do ensinar, o estudo aqui apresentado teve como objetivo analisar as perceções de futuras professoras relativamente à valorização da aprendizagem com recurso aos contextos não formais locais e a sua perspetiva afetiva na ação docente. Em termos metodológicos, recorremos à análise de um corpus constituído por catorze Relatórios de Estágio, com enfoque na análise de conteúdo das reflexões sobre o potencial da interação entre a escola e os contextos não formais locais. Foram previamente estabelecidas duas categorias: C1. Valorização da aprendizagem dos alunos na interação entre contextos formais e não formais, e C2.Perspectivas afetivas na prática. O entusiasmo e envolvimento das futuras professoras foram identificados nos Relatórios, como importante componente motivacional. Destaca-se, como conclusão, o empenho das futuras professoras na concretização de sequências didáticas que representam uma alternativa metodológica no ensino no 1º Ciclo, através de evidências de valorização da Investigação-Ação na Prática e da aprendizagem que o recurso aos contextos não formais locais proporciona, tendo também evidenciado uma elevada afetividade positiva relativamente à estratégia formativa.
A investigação realizada teve como objetivos refletir e problematizar o contributo do Skype numa melhoria das aprendizagens em contexto de Educação Pré-Escolar. Assumindo uma importância cada vez maior, as tecnologias digitais estão, cada vez, mais presentes na vida quotidiana de todos, inclusive das crianças. Neste sentido, esta investigação teve como objetivo promover a comunicação e intercâmbio entre crianças de duas salas de jardim de infância em diferentes contextos pré-escolares através da aplicação Skype no sentido de se melhorarem as respetivas aprendizagens. Esta investigação realizou-se no Jardim de Infância da Quinta das Violetas, em Castelo Branco, no qual participaram 20 crianças com idades compreendidas entre os 3 e os 5 anos, as quais interagiram com outras 20 crianças, com o mesmo intervalo de idades, do Jardim de Infância de S. Miguel, em Enxara do Bispo. Em termos metodológicos, optou-se por uma abordagem de tipo investigação-ação. A observação participante constituiu a técnica principal, com recurso a registo de imagens e notas de campo. Os participantes da investigação foram: a própria investigadora, os grupos de crianças, e respetivos educadores de infância das duas salas intervenientes. Realizaram-se, também, inquéritos por questionário aos encarregados de educação e inquéritos por entrevista a duas educadoras da instituição que não participaram na investigação. A análise dos dados revela um nível de participação ativa das crianças em atividades que envolvem as TIC notando-se um clima de maior motivação, de acordo com os registos vídeo e das notas de campo. Quanto às entrevistas realizadas às educadoras de infância, após a análise de conteúdo, é dada grande importância às TIC, porém verifica-se a existência de uma falha quanto à formação dos docentes nesta área. Em relação aos inquéritos por questionário, aplicados aos encarregados de educação, verifica-se que, em termos globais, a utilização das TIC em contexto educativo, é vista como um aspeto positivo
A utilização das Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC), presentes num mundo globalizado, tem vindo a aumentar exponencialmente, tornando-se o principal meio de comunicação e de partilha de uma “sociedade em rede”. Estas podem ser consideradas atualmente, como impulsionadoras de novas estratégias no que concerne ao processo de ensino e aprendizagem. Pretendeu-se com a investigação realizada refletir e problematizar o contributo da utilização do «QR Code» na melhoria das aprendizagens em contexto educativo. Os principais objetivos desta investigação foram os seguintes: promoção da utilização das TIC em contexto educativo; reflexão das potencialidades das TIC, principalmente do «QR Code», em contexto educativo; integração do «QR Code» nas planificações desenvolvidas durante a Prática de Ensino Supervisionada no 1.º CEB com uma turma de alunos do 4º ano de escolaridade da Escola Básica Faria de Vasconcelos de Castelo Branco; investigar o impacto do «QR Code» nas aprendizagens dos alunos. Em termos metodológicos, optámos por uma abordagem de tipo investigação-ação com base num paradigma qualitativo. Deste modo, utilizamos como instrumentos de recolha de dados: a observação participante, as notas de campo e o registo fotográfico. Além disso, foram realizados inquéritos por questionários aos alunos e, aplicada, uma entrevista semiestruturada à Orientadora Cooperante. A análise dos dados recolhidos revela um nível de participação ativa por parte das crianças quando realizadas atividades com recurso às TIC, sendo notório um clima de maior concentração e motivação. Quanto ao uso da aplicação digital «QR Code» como recurso pedagógico, aferiu-se que foi um elemento decisivo para a melhoria do desenvolvimento do vocabulário dos alunos, da produção textual e da compreensão da leitura. Além disso, o projeto desenvolvido com a Biblioteca Escolar foi uma mais-valia, pois permitiu valorizar as aprendizagens dos alunos
A sala de aula tradicional está, aos poucos, a abrir as suas portas às tecnologias digitais, caminhando em direção à chamada sala de aula do futuro, um verdadeiro espaço de aprendizagem para o século XXI, um “laboratório de aprendizagem”. Começamos também a assistir à desmaterialização de recursos educativos tradicionais, como o manual escolar. No meio de toda esta nova realidade, os professores têm que reaprender a sua arte, assumindo a formação contínua um papel fundamental para criar condições de verdadeiro sucesso na Escola do século XXI. A sociedade atual convida, então, os professores, as crianças e jovens a reescreverem um “mundo novo”. Não obstante, tal convite exige da sociedade em geral e da escola em particular uma resposta mais sistemática e continuamente atualizada, assente numa certa “objetividade axiológica”. Neste sentido, a reflexão deverá deslocar-se, sem as anular, de questões relativas à “cidadania digital” para questões concernentes à ética prática e normativa (“ética digital”)
As salas de atividades, com que atualmente os Educadores de Infância se deparam, são ocupadas por «Nativos Digitais». Ou seja, aqueles que nasceram numa época totalmente rodeada de novas tecnologias. Cabe ao educador tirar partido das potencialidades das tecnologias e usá-las nas atividades que desenvolvem com as crianças. Assim, com este estudo pretendemos introduzir a Nintendo Wii® em atividades de Educação Física com crianças da Educação Pré-Escolar. O presente estudo foi concretizado no âmbito da Prática Supervisionada em Educação Pré-Escolar, com 11 crianças de idades compreendidas entre os 4 e os 5 anos. A investigação foi mista (qualitativa e quantitativa), tendo-se efetuado uma descrição detalhada dos fenómenos no contexto e uma análise de dados estatísticos (Mann-Whitney e Wilcoxon). A metodologia mista combinou investigação-ação e estudo de caso, de carácter exploratório, na medida em que não foram encontrados estudos que envolvessem a Nintendo Wii® no âmbito da Educação Pré-Escolar. A recolha de dados foi realizada através de diversos instrumentos e técnicas: observação participante; notas de campo; meios audiovisuais; Bateria Psicomotora; entrevista semiestruturada às educadoras de infância e inquéritos por questionários aos encarregados de educação, aplicados no término da intervenção. A intervenção decorreu em sete sessões. Nestas, 6 das crianças, pertencentes ao grupo experimental, utilizaram a Nintendo Wii® e respetivos acessórios (Wii Remote e Balance Board). Com a análise pormenorizada dos dados recolhidos, apurámos que a realizaçãode atividades de Educação Física com a Nintendo Wii® geraram nas crianças sentimentos espontâneos de entreajuda entre elas; competição saudável, pois a pontuação surgiu como motivação em termos pessoais, originando sentimentos de maior autoestima. É importante mencionar que este recurso deve ser utilizado como complemento da Educação Física e não como substituto
Tomando como referência os Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA) e a sua transformação em ambientes Pessoais de Aprendizagem (APA) destinados a alunos com Dificuldades Intelectuais e Desenvolvimentais (DID) e considerando a articulação do sistema público e do sistema particular e cooperativo de escolarização destes alunos em Portugal procurar-se-á orientar a pesquisa numa perspetiva comparada segundo uma abordagem empírica, enquadrada no paradigma Comparativista.
A investigação implementada teve como base uma questão-problema que pretendeu verificar quais as implicações, em termos comparativos, na utilização da Internet (recurso digital) e na utilização do manual escolar (recurso analógico) no processo de ensino e de aprendizagem ao nível do 1o CEB. A metodologia que se considerou mais adequada foi a de caracter qualitativo, na qual se efetuou uma investigação-ação. O estudo ocorreu num tempo e espaço limitado, recorrendo-se para a recolha de dados a observação participante, notas de campo (alunos, Par Pedagógico e Orientadora Cooperante), entrevistas as professoras titulares de turma do 1o CEB e aos inquéritos por questionário aos alunos. A analise dos dados revelou uma motivação expressa pela participação ativa dos alunos ao longo de todo o projeto de investigação, tendo o uso do computador/Internet proporcionado e promovido contextos que permitiram criar condições para aprendizagens mais motivadoras, interessantes e envolventes. Revelou também que tanto os alunos como a Orientadora Cooperante manifestaram uma opinião consensual no sentido de realçarem a importância dos recursos da Internet pela capacidade demonstrada em motivar, dado o caracter intuitivo que a mesma proporciona, tendo implicado um maior nível na melhoria das aprendizagens dos alunos
Este artigo resulta de uma investigação elaborada no âmbito das Pratica Supervisionadas (PES) em Educação Pré-Escolar e Ensino do 1o Ciclo do Ensino Básico. Este estudo foi realizado durante a Pratica Supervisionada no Ensino do 1o Ciclo com alunos de uma turma do 3o ano de escolaridade do Ensino Básico. Tivemos como objetivos analisar se a tecnologia digital melhoria o número de casos de sucesso e as tomadas de decisão na resolução de tarefas matemáticas envolvendo padrões de repetição, comparativamente com tarefas resolvidas com recurso aos blocos padrão. Neste sentido, esta investigação, de natureza comparativa, assentou numa abordagem mista (quantitativa e qualitativa) de tratamento dos dados. Nesta perspetiva, sobressai o paradigma naturalista, não descurando, contudo, a perspetiva positivista. Estruturamos a nossa intervenção em 3 etapas. Na 1a Etapa todos os alunos da turma resolveram 4 tarefas, com padrões de repetição numa ficha de trabalho (Padrões de repetição: ABAB, ABCABC, ABBABB e ABBCCABBCC). As questões foram corrigidas através de uma adaptação da escala holística focada de Charles, Lester & O´Daffer (1987), em que classificamos cada resposta entre 0 a 2 pontos. Partindo das classificações obtidas pelos alunos, a turma foi dividida em 2 grupos homogéneos. Na 2a Etapa da investigação, os alunos do grupo A (11 alunos) resolveram as mesmas tarefas através de uma aplicação informática, enquanto que os alunos do grupo B (12 alunos) resolveram as tarefas através do material manipulável (blocos padrão). Para a correção das tarefas do grupo A, foram analisados os ‘printscreens’ aos ecrãs dos computadores. Por sua vez, as respostas dos alunos do grupo B foram analisadas através das fichas de trabalho, mas também através de fotografias as composições realizadas. Na 3a Etapa foram propostas as mesmas tarefas, em que todos os alunos resolveram as questões somente através da ficha de trabalho. A análise dos dados permitiu verificar que não havia diferenças estatisticamente significativas entre os resultados dos alunos que trabalharam com a aplicação informática e os alunos que trabalharam com os materiais manipuláveis. Apuramos ainda que ambos os grupos da 1a para a 3a Etapa melhoraram de forma significativa o numero de respostas assertivas, bem como o nível de tomada de decisão, não podendo desta forma concluir que o trabalho com a aplicação informática e melhor que o trabalho com os materiais manipuláveis.
As Tecnologias de Informação e Comunicação disseminaram-se na escola contribuindo para a inclusão social de crianças com necessidades educativas especiais. No entanto, embora as Tecnologias de Informação e Comunicação contenham imensas funcionalidades e capacidade de adaptação as necessidades individuais, nem sempre reúnem todas as ferramentas essenciais para desenvolver uma competência especifica e os seus subdomínios. Esta lacuna desencadeou a presente investigação, que visa a validação de um conjunto de jogos que promova o desenvolvimento da consciência fonológica em idade pré-escolar. Estes jogos foram construídos através de um programa de carater utilitário: PowerPoint da Microsoft. Com eles pretende-se averiguar o contributo dos recursos digitais, no desenvolvimento da consciência fonológica em crianças com necessidade educativas especiais. Os objetivos traçados consistiram em : promover a utilização das Tecnologias de Informação e Comunicação no âmbito das necessidades educativas especiais; implementar estratégias para a utilização de recursos digitais ao nível do desenvolvimento da consciência fonológica em crianças com necessidades educativas especiais; validar protótipos de ≪Jogos Educativos Digitais≫ elaborados. A investigação e de carater qualitativo e exploratório, constituindo um estudo de casos múltiplos, numa perspetiva de investigação-ação. Baseou-se no trabalho de campo, que envolveu duas crianças e os ≪Jogos Educativos Digitais≫ elaborados. No processo investigativo realizaram-se sessões práticas de intervenção com as crianças, recolhendo-se as respetivas notas de campo, sendo possível efetuar reformulações nos jogos. Paralelamente entrevistaram-se dois especialistas em Tecnologias de Informação e Comunicação e uma especialista em Educação Especial que avaliaram os jogos. Apos a recolha, tratamento e análise dos dados aferiu-se que as crianças participantes obtiveram bons resultados na aquisição das competências de consciência fonológica, registando-se uma acentuada melhoria ao nível da aprendizagem, participação, envolvimento, interesse, colaboração e persistência, conduzindo a uma melhoria gradual no seu desempenho. Os resultados obtidos vieram ao encontro das expectativas dos especialistas entrevistados, tal como se tornou evidente na analise de conteúdo das respetivas entrevistas, tendo estes apreciado positivamente a construção global dos jogos, considerando-os uma mais-valia no processo de ensino/aprendizagem
As Tecnologias da Informação e Comunicação invadiram a nossa sociedade. Elas estão presentes em todos os setores. Mas há um que tem sido resistente a esta mudança. Falamos da educação onde as tecnologias não têm tido uma grande aceitação. Apesar de nos últimos anos termos assistido a algumas melhorias, o facto é que continuam a não ser aproveitadas todas as suas potencialidades. Esta investigação surge precisamente para mostrar que as tecnologias têm muito para oferecer aos contextos educativos. Desenvolvida durante a Prática de Ensino Supervisionada em Educação Pré-Escolar permitiu verificar algumas das suas potencialidades. Para tal, foi utlizada uma aplicação – Quiver- que utilizando ilustrações nos permitiu inserir a Realidade Aumentada numa sala de Pré-Escolar. Durante toda a investigação foi ainda importante perceber qual a opinião dos encarregados de educação e das educadoras da instituição sobre as Tecnologias de Informação e Comunicação. Também foi possível receber o seu parecer sobre a Realidade Aumentada. Apesar do desconhecimento quase total sobre a mesma, esta suscitou alguma curiosidade junto dos inquiridos. Apesar de vivermos numa sociedade digital é importante que se despertem os futuros educadores e professores para a utilização das Tecnologias e que delas retirem as suas melhores potencialidades. Com a utilização das mesmas é possível criar ambientes mais criativos, estimulantes e motivadores que potenciem aprendizagens significativas
Através do estudo realizado procurámos averiguar o contributo dos sensores Easy Sense, associados a atividades do Ensino Experimental em contexto de sala de aula, na aquisição de aprendizagens dos alunos. Esta investigação decorreu numa escola da cidade de Castelo Branco, numa turma composta por vinte alunos. A metodologia utilizada na investigação tratou-se de uma investigação-ação e de um estudo comparativo. Como técnicas de recolha de tratamento de dados foram utilizadas: notas de campo, inquéritos por questionário aos encarregados de educação, entrevistas semiestruturadas às professoras a lecionar no agrupamento, de forma a averiguar as suas opiniões acerca da utilização das TIC em contexto pessoal e profissional, sobre o Ensino Experimental e os Sensores Easy Sense em sala de aula. Através dos dados recolhidos concluímos que os sensores Easy Sense mostraram ser uma mais-valia, pois facilitaram, motivaram e envolveram os alunos na aquisição de melhores aprendizagens.
A comunicação é fundamental para nós enquanto seres humanos e vital no que toca à aproximação da relação Escola-família. Por essa razão sentiu-se a necessidade de investigar esta relação. E, sabendo-se que cada vez mais a sociedade é digital é importante promover a utilização das Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC) no sentido de promover essa aproximação. A questão que esteve na base desta investigação foi a seguinte: Será que a utilização de uma plataforma digital «LMS/Moodle-GIAE» de um Agrupamento de Escolas pode promover a aproximação entre a Escola e a família? Neste contexto, foi feita uma investigação qualitativa com a vertente de estudo de caso para conhecer a opinião de alguns Encarregados de Educação, Diretores de Turma e alunos sobre esta possibilidade, relativamente às potencialidades e constrangimentos das plataformas digitais na relação Escola-família, bem como às vantagens e limitações da utilização das plataformas digitais. De acordo com as opiniões dos participantes do estudo, nomeadamente alunos, Encarregadas de Educação e as Diretoras de Turma ressalta-se a pertinência da utilização das plataformas digitais, pelas vantagens que assumem, não só pelo facto de estarmos numa sociedade cada vez mais informatizada, como também pela rapidez e facilidade de contacto entre escola e família, o que contribui de certa forma, para a aproximação e melhoria da relação Escola-família. Na perspetiva das Encarregadas de Educação e as Diretoras de Turma, percebeu-se que existe a preferência pela presença física na relação Escola-família, contudo referem a Moodle e o GIAE como ferramentas de complementaridade desta relação. Importa ainda referir, que todos os intervenientes do estudo consideram pertinente a alteração de determinados aspetos no que respeita às plataformas, no sentido de melhorar e contribuir para uma melhor funcionalidade e utilização das mesmas. Sobre o acompanhamento dos Encarregados de Educação no percurso escolar dos seus educandos verificou-se que os alunos avaliam as plataformas digitais como uma ferramenta que proporciona um acompanhamento mais próximo dos pais ao seu percurso escolar. Contudo, foi mencionado pelas Diretoras de Turma que este envolvimento dos pais depende do seu interesse e preocupação. A principal barreira mencionada relativamente ao acompanhamento dos Encarregados de Educação no percurso dos seus educandos foi a disponibilidade horária e de espaços.