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Objetivo: A presente investigação tem como principal objetivo verificar os efeitos da atividade física na composição corporal (índice de massa corporal e perímetro da cintura), nos valores espirométricos e relacionar esses indicadores com a função respiratória. Material e Métodos: A amostra, constituída por 86 indivíduos, alunos do ensino superior, com média de idade de 21,3 ± 2,4 anos, foi dividida em dois grupos: grupo de controlo constituído por 28 sujeitos sedentários (20,9 ± 1,3 anos), e grupo experimental constituído por 58 sujeitos (21,5 ± 2,8 anos) praticantes de exercício supervisionado. Para caraterizar a amostra quanto ao tipo de atividade física, aplicámos uma adaptação do questionário de Telama et al. Avaliaram-se os valores de espirometria (DEMI, VEF1 e CVF) com o espirómetro Microquark da Cosmed e os valores de índice de massa corporal e perímetro da cintura. Os dados obtidos foram tratados no S.P.S.S. 19.0, através do t-test, do teste de Levene, do teste Mann-Whitney e do teste de correlação de Spearman, adotando-se um nível de significância de 5%. Resultados: O grupo experimental obteve resultados significativamente melhores (p ≤ 0,05) nos valores de índice de massa corporal, do perímetro da cintura e em todos os valores avaliados pela espirometria (DEMI, VEF1 e CVF), comparativamente ao grupo de controlo. Verificámos também que há uma tendência para correlação negativa entre os valores da composição corporal e os valores espirométricos, apenas observável em algumas variáveis (DEMI, VEF1), ou seja, quanto maiores os valores da composição corporal, menores os valores espirométricos. Conclusão: Os alunos com prática de exercício supervisionado, apresentaram melhores índices de composição corporal e de função respiratória. Valores de índice de massa corporal e de perímetro da cintura desajustados poderão provocar disfunção respiratória, ao nível da ventilação e respetivos volumes pulmonares, limitando a prática de atividade física e aumentando a apetência para patologias respiratórias.
O pensamento médico europeu acerca das epidemias – desde a oposição limpo/sujo, à poluição, à malaria, aos seminariae pestíferos até à microbiologia do séc. XIX – esteve sempre dominado pelas figuras do miasma, do asqueroso, do excremento, do imundo, do corrupto, do contágio. Adoptando genericamente o quadro teórico foucaultiano, investigamos aspectos da epistemologia histórica e da ética da Saúde Pública. Focamos, sucintamente, o Sanatório como paradigma da história recente da gestão pública da tuberculose (TB) em Portugal e (ainda mais esquematicamente), discutimos, em paralelo, os problemas epistémicos, técnicos e éticos suscitados pelos perigos de uma pandemia de gripe. Abordamos o estatuto da disjunção contágio/transmissão, os sistemas de inclusão e de exclusão, as diferenças entre incerteza, risco, perigo, precaução e prevenção. Tematizamos o poder disciplinar, a reificação, a indiferenciação, a biopolítica. Propomo-nos dar um contributo para o debate público em torno de uma Ética da precaução, mostrando que a pragmática da Saúde Pública não deixa de convocar, a vários níveis, as velhas categorias doethos médico, entre elas, a catarse, a crise e o kairos.