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Tese de Doutoramento apresentada à Universidade de Aveiro para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Doutor em Didáctica.
A prática de ensino supervisionada ocupa um tempo privilegiado na formação para o ensino da matemática, promovendo o desenvolvimento de competências associadas à profissão docente, mormente aquelas que serão indispensáveis para a formação de futuros cidadãos responsáveis, ativos e implicados na construção de uma sociedade da qual a matemática é parte indissociável. Para tal, a escola deve ser uma instituição aberta à comunidade, em sintonia com a realidade, renovadora, capaz de proporcionar bem-estar pessoal, físico e social aos jovens e prepará-los harmoniosamente para o futuro. Naturalmente que, se os estagiários não experienciarem situações de planificação, implementação e avaliação de percursos de ensino e aprendizagem e a construção de recursos didáticos ajustados ao ensino de conteúdos curriculares em contextos não-formais, fica dificultada a sua ação de futuros professores no sentido da abertura da escola à comunidade e ao meio envolvente. Com o estudo aqui apresentado, sustentado nas premissas e na problemática expostas, propusemo-nos desenvolver e avaliar uma estratégia formativa que proporcionasse aos nossos estagiários a oportunidade de se iniciarem no ensino da matemática, numa perspetiva integradora com outras áreas do currículo do 1.º CEB, na interação entre contextos formais e não-formais. Os resultados, suportados na análise das reflexões das futuras professoras e das opiniões das professoras cooperantes, sustentam uma avaliação muito positiva.
No âmbito da Didática da Matemática e das Ciências de futuros educadores, temos vindo a desenvolver uma estratégia formativa que implica parcerias com instituições de prática, proporcionando o envolvimento numa tarefa de planificação seguida de intervenção com crianças. A estratégia valoriza a interação entre contextos formais e não formais, dando relevo ao património local, e a perspetiva integradora das duas áreas. O estudo visa analisar a relevância da estratégia para o desenvolvimento profissional de 15 futuras educadoras, tendo-se colocado a questão: Quais as perceções de futuras educadoras sobre o contributo para a sua formação da experiência vivenciada? Adotou-se uma metodologia descritiva e interpretativa em que os dados foram recolhidos por inquérito e reflexões escritas sobre a experiência de planificação e incursão na prática. A análise de dados baseou-se em três categorias previamente definidas. Os resultados revelam que a experiência se repercutiu de forma positiva, permitindo evidenciar o valor da estratégia formativa para despertar para a interação entre contextos formais e não-formais e para a integração curricular.
Toma-se como ponto de partida que o património artístico local apresenta um elevado potencial como recurso didático promotor de integração e transversalidade curricular. Paralelamente, assume-se que a educação em contextos não formais articulada com o trabalho na sala de aula pode favorecer a aprendizagem e, simultaneamente, incutir maior motivação e cooperação na realização de atividades. É, também, fortemente reconhecido que o trabalho experimental é uma metodologia ativa geradora de aprendizagens, simultaneamente, cognitivas, procedimentais e afetivas. Contudo, é consensual que tanto a interação entre contextos formais e não-formais como o trabalho experimental de cariz investigativo são, ainda, fracamente explorados no préescolar e no ensino básico, sendo, por isso, amplamente recomendado o incremento de formação contínua que possa colmatar dificuldades enfrentadas pelos profissionais. No âmbito da formação contínua de educadores e professores desenvolvemos uma ação de curta duração centrada na realização de uma atividade de trabalho experimental, integrando ciências naturais e matemática, tomando como contexto uma obra do artista plástico Manuel Cargaleiro. Os conteúdos da atividade focaram a pavimentação do plano com figuras poligonais e fenómenos da interação da luz com a matéria, evidenciando as cores. A ação tem vindo a ser oferecida como oficina de trabalho em diversas situações. Impôs-se, pois, analisar qual a o interesse que despertava nos formandos, tendo-se estabelecido como objetivo do nosso estudo avaliar a ação de formação através das opiniões dos participantes. A metodologia, de índole descritiva, consistiu na aplicação e análise de um questionário construído para o efeito, contemplando um conjunto de questões fechadas associadas a uma escala de 1 a 7 (1 - totalmente em desacordo; 7 - totalmente de acordo). A análise dos dados foi sustentada em duas categorias de análise: (i) perspetivas do potencial da atividade para a aprendizagem das crianças/alunos; (ii) perspetiva do ensino dos docentes. Para cada item procedeu-se à contabilização do número de respostas por nível de concordância e á construção de representações gráficas A análise global dos dados revela a predominância em todos os itens dos níveis 6 e 7, algumas respostas associadas ao nível 5, a inexistência de respostas associadas aos níveis 1, 2 ou 3 e um número residual de situações em que o formando assinalou o nível 4. Estes resultados sustentam que os participantes avaliaram positivamente a ação em termos do seu potencial para a aprendizagem dos alunos e em termos didáticos. Na perspetiva da aprendizagem dos alunos, a compreensão da natureza do trabalho experimental é o aspeto com maior homogeneidade de opiniões. Ao nível do desenvolvimento de competências, destaca-se a elevada concordância no contributo da atividade para gerar motivação e no desenvolvimento de capacidades de questionamento, testagem, interpretação de dados e experimentação. No que concerne à construção de conhecimentos cognitivos, sobressai a valorização da matemática e das ciências. Na perspetiva do ensino dos docentes, as opiniões convergem de forma mais notória para o reconhecimento da relevância da ação para a formação contínua e para a promoção da integração de áreas curriculares.
As atuais orientações curriculares para o ensino da estatística na educação básica preconizam estratégias de ensino e aprendizagem que promovam a análise exploratória de dados através de tarefas de índole investigativa, bem como do recurso a tecnologias digitais que apoiem o tratamento de informação estatística e a análise da situação em estudo. Destaca-se, em particular, o valor de uma abordagem que enfatize as relações entre Ciência, Tecnologia e Sociedade, nomeadamente através da escolha de temáticas centradas em questões sociais e científicas relevantes, relacionadas com a vida pessoal e escolar dos alunos, que apoiem abordagens interdisciplinares e, especialmente, uma aprendizagem matemática com significado. O workshop que aqui se apresenta tem como objetivos: desenvolver um ciclo de investigação estatística (tomando como ponto de partida a formulação de um problema a ser resolvido através de procedimentos estatísticos e com recurso a tecnologia); e refletir sobre o valor e limitações do uso de tecnologias. Pela importância da água para a vida humana e pelo caráter interdisciplinar do tema no Ensino Básico, a água é a temática da qual emergirá a questão a partir da qual a sessão se organiza. Em termos de tecnologias digitais, privilegia-se o uso de folha de cálculo e de Applets (App) de uso livre, disponíveis on-line.
Apresenta-se um estudo desenvolvido na modalidade de ensino a distância, envolvendo alunos do 1.º ano de escolaridade. Ao longo de cinco semanas foram criados instrumentos de avaliação formativa na forma de questionários com elementos característicos de jogos digitais, envolvendo tarefas relacionadas com os conteúdos matemáticos lecionados (Quizzes matemáticos). Foram objetivos do estudo: (i) conhecer as emoções experienciadas por alunos do 1.º ano de escolaridade (6-7 anos) na realização de Quizzes matemáticos; (ii) analisar o valor de Quizzes matemáticos na avaliação formativa em matemática. O estudo, de índole qualitativo, seguiu um desenho de investigação-ação. As conclusões apontam a prevalência de emoções positivas e, pontualmente, emoções negativas e que os Quizzes favoreceram a integração de estratégias de avaliação em atividades de aprendizagem e a autorregulação das aprendizagens, cumprindo os propósitos da avaliação formativa.
A formação inicial de professores é a primeira etapa do desenvolvimento para a profissionalização docente. É, pois, indispensável garantir uma formação de elevada qualidade que a par de competências da área disciplinar desenvolva competências transversais. Neste estudo pretendemos responder à seguinte questão: Que representações têm os docentes do Instituto Superior de Ciências da Educação da Huíla sobre a formação docente e as competências transversais a adquirir pelos seus diplomados ao longo da sua licenciatura? Através de uma metodologia de tendência quantitativa, construímos, validámos e aplicámos um questionário aos docentes. Para a análise das 52 respostas, usamos estatística descritiva suportada pelo programa SPSS. Os resultados permitiram concluir que os docentes evidenciam a perceção de que os seus diplomados recebem uma formação de qualidade média e de que adquirem apenas competências transversais básicas.
O livro representa o culminar do Encontro Internacional em Património, Educação e Cultura 2022 (EIPEC’22), organizado pelo Centro de Investigação em Património, Educação e Cultura do Instituto Politécnico de Castelo Branco (CIPEC), com a finalidade de promover a discussão e reflexão sobre desafios e recomendações vertidas na Estratégia para o Património Cultural Europeu para o século XXI. Para a sua consecução, foram traçados os seguintes objetivos: -Debater processos educativos, formativos e criativos direcionados para a preservação, valorização e apropriação do património; -Motivar para a integração e dinamização do património em contextos diversificados. Os dezoito capítulos que compõem o livro oferecem uma visão abrangente e enriquecedora sobre perspetivas, desafios e práticas de salvaguarda do património cultural, veiculadas pelos participantes no EIPEC’22 que responderam favoravelmente ao desafio de escrever um texto sobre a sua intervenção no evento.
Este artigo apresenta resultados de um estudo em que foram analisadas as potencialidades da supervisão colaborativa, enquanto estratégia formativa, em contexto de formação contínua de professores de matemática dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e do ensino secundário, numa perspetiva da promoção do seu desenvolvimento profissional. O estudo desenvolveu-se segundo um paradigma de investigação qualitativo com recurso a processos quantitativos, recorrendo a uma metodologia de investigação-ação centrada na realização de uma oficina de formação de 50 horas no âmbito da qual foram estudados três casos, tendo-se analisado três categorias: o desenvolvimento da capacidade reflexiva, a abertura à mudança e o desenvolvimento da autonomia. Apresentam-se os resultados relativos às estratégias implementadas, o seu impacto, e ainda os constrangimentos detetados ao longo de todo o processo.
A formação em didática ganha relevo na interação com a prática, através da construção colaborativa de planificações, seguidas de implementação e alvo de reflexão sobre a ação. Na ação educativa privilegiam-se experiências de aprendizagem diversificadas e ativas, originadas em questões desafiadores, com sentido para as crianças e capazes de as envolver em atividades práticas e investigativas, integradoras de áreas da Educação Pré-escolar. Assentes neste pressuposto, temos como objetivos apresentar e analisar uma experiência vivida por futuras educadoras numa intervenção didática com crianças de 5 anos em termos do valor para a sua formação e para a aprendizagem das crianças. Adotou-se uma metodologia qualitativa e os dados foram recolhidos por análise documental. Os resultados evidenciam a apropriação de uma perspetiva de integração curricular e a valorização positiva da experiência didática, com destaque para o interesse, a motivação e o papel ativo das crianças.