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O estudo da população do Império Português conta com um vasto corpus de dados estatísticos, desde meados do século xviii. No entanto, estas fontes revelam uma grande diversidade de conteúdos, devido à organização de dados e a realidades sociais diferentes. Esta circunstância pressupõe a necessidade de se proceder a uma análise muito cuidadosa da qualidade das fontes, antes de identificar e reconstruir os principais indicadores emográficos da população colonial. É nosso objetivo proceder, de forma exploratória, a uma crítica interna das fontes e analisar, sempre que possível, a qualidade dos dados através de métodos testados, em mapas de 1804 de Goa, Angola e Paraíba do Norte (Brasil).
Portugal não dispõe de instrumentos que permitam uma análise aprofundada dos seus movimentos migratórios internos, apesar da sua importância na dinâmica populacional. Neste artigo partimos dos dados do questionário individual do censo de 2001, em que se perguntava a cada indivíduo se residia no concelho em que é recenseado nos dois e cinco anos anteriores, e dos globais de 2011 relativos à mesma pergunta. Concluímos que, nos dois censos, mais de 6% do total dos residentes num determinado concelho, migraram em data anterior pelo menos uma vez, e cerca de 2% do total de residentes tiveram residência anterior no estrangeiro. Por outro lado, em 2001, considerando o desenvolvimento dos dados trabalhados, os que se moveram dispunham de mais habilitações do que a média da população portuguesa no mesmo grupo etário e mostravam níveis mais elevados de emprego