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A música e a emoção são conceitos complexos e as suas relações apresentam diferentes expressões no funcionamento cerebral que podem ser registadas através da realização do eletroencefalograma,permitindo o seu estudo e avaliação. Com o objetivo de demonstrar que a música e a emoção estão interrelacionadas e que influenciam a atividade cerebral, foi realizada a recolha de 10 artigos com datas de publicaçãocompreendidas entre 2015 e 2021 através da pesquisa científica em plataformas reconhecidas. Foram retiradas as principais informações de cada um dos estudos e relacionadas entre si. Verificou-se que para além de áreas e localizações em comum aquando do processamento de emoções induzidas pela música no cérebro, foram detetadas semelhanças nas características eletroencefalográficas registadas nos diferentes artigos analisados, mas também disparidades, especialmente quando consideradas influências indissociáveis como o gosto e a familiaridade.
O acidente vascular cerebral é uma das patologias que apresenta maior parcela de óbitos em Portugal, embora possa ser prevenível. É um evento neurológico súbito, originado pelo défice de aporte sanguíneo ao cérebro que tem como característicos 3 sinais de alerta: a falta de força num membro, a boca ao lado e a dificuldade em falar. Pode apresentar outras manifestações clínicas de acordo com o território afetado e estar associado a inúmeros fatores de risco vasculares. O conhecimento da população sobre esta doença cerebrovascular é essencial, pois culmina na ativação eficaz do serviço de emergência e consequente tratamento. Este artigo de revisão foi efetuado com o intuito de analisar a importância do grau de literacia em saúde no acionamento do serviço de emergência/via verde do acidente vascular cerebral, correlacionando com o grau de instrução da população sobre esta doença cerebrovascular. Foram analisados 14 artigos, sendo apresentados os seus principais resultados. Estes demonstraram que o grau de literacia da população acerca do acidente vascular cerebral é reduzido e que é um dos principais fatores que fomenta o baixo contacto do serviço de emergência, traduzindo-se em tempos pré e intra hospitalares superiores às janelas de tempo terapêuticas recomendadas. É referido ainda o défice de organização e ineficiência dos diversos profissionais de saúde perante este tipo de doentes. Apesar disto, é visível que quando ocorrem campanhas de exposição a informação sobre esta patologia, existe um aumento do conhecimento geral. É fundamental apostar em estratégias de promoção educacionais sobre esta temática, de modo a existir uma população instruída e capaz de agir rapidamente perante um evento destes, sendo igualmente necessário formar constantemente os respetivos profissionais de saúde. E, desta forma, agilizar os processos e promover um maior sucesso na administração terapêutica.
Introdução: As doenças cardiovasculares são um grande risco de mortalidade na população. O principal responsável por esta doença é a aterosclerose, que se deve a diferentes fatores de risco como a dislipidémia, a hipertensão arterial, a obesidade, a idade, o género, entre outros. Para diagnóstico e avaliação da aterosclerose existem exames como o Triplex Scan Cervical. O principal objetivo do estudo é estudar a doença ateromatosa em indivíduos com dislipidémia através do Triplex Scan Cervical. Métodos: A amostra inclui 569 indivíduos, que realizaram Triplex Scan Cervical em 2019, no Hospital do Espírito Santo, em Évora. Resultados: A média de idades dos indivíduos foi 78 anos. Os fatores de risco cardiovascular mais prevalentes foram a hipertensão arterial e a dislipidémia. Na relação entre dislipidemia e aumento da gravidade do grau de estenose foi comprovada significância estatística entre o fator de risco dislipidémia com o eixo carotídeo direito. No que concerne à significância estatística entre os fatores de risco cardiovascular e a presença de aterosclerose com maior grau de gravidade, apenas foi comprovada correlação com o fator idade. Discussão: Na amostra em estudo grande parte dos indivíduos apresentam diversos fatores de risco cardiovascular, sendo que a maior prevalência foi registada na hipertensão arterial e na dislipidémia, pois são existentes em mais de metade da população da amostra. Conclusão: Com o presente estudo é possível concluir que nesta amostra existe uma prevalência de diversos fatores de risco em indivíduos com valores de IIM acima da normalidade. O fator idade comprovou ser bastante influente na presença de aterosclerose. Dos indivíduos com dislipidémia mais de metade apresentam aterosclerose, na sua fase mais precoce.
Introdução: O tabaco (Nicotiana tabacum) é uma planta psicoativa, cuja principal substância química é a nicotina, a qual é extremamente viciante. Os fumadores apresentam o dobro do risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares comparativamente com os não fumadores. Ao nível do sistema cardiovascular, sendo a nicotina uma substância simpaticomimética, promove a libertação de catecolaminas, epinefrina e norepinefrina, ativadas pelo sistema nervoso simpático. Esta ativação do sistema nervoso simpático é responsável pelo aumento da frequência cardíaca (FC) e pressão arterial sistólica (PAS) e pressão arterial diastólica (PAD). O estudo tem como objetivo perceber se o consumo do tabaco tem um impacto agudo nos valores da PA e FC. Material e métodos: O presente estudo foi do tipo observacional, transversal e analítico. A amostra é constituída por 28 jovens adultos, de ambos os sexos, entre os 18 e 30 anos. A PA e FC foram avaliadas com recurso ao exame de diagnóstico de monitorização ambulatória da pressão arterial, Welch Allyn ABPM6100. A PA e FC foram avaliadas antes, durante e após o ato de fumar. Resultados: Registou-se um aumento significativo dos valores da PAS, PAD e FC, durante o ato de fumar, nos dois cigarros, com valores médios máximos (1º cigarro: PAS 133,21 mmHg, PAD 81,57 mmHg e FC 98,93 bpm; 2º cigarro: PAS 132,82 mmHg, PAD 78,89 mmHg e FC 92,46 bpm). Após o ato de fumar, verificou-se uma diminuição significativa da PA e FC aos 15 minutos de recuperação, com valores médios mínimos na 3ª avaliação (1º cigarro: PAS 126,43 mmHg, PAD 75,79 mmHg e FC 83,82 bpm; 2º cigarro: PAS 126,43 mmHg, PAD 76,14 mmHg e FC 83,79 bpm). Relativamente aos valores referentes ao momento antes de fumar cada cigarro, observou-se que a PAS, PAD foram superiores no 2º cigarro relativamente ao 1º cigarro. Discussão: Durante o ato de fumar, nos dois cigarros, verificaram-se diferenças significativas para a PAS, PAD e FC, quando comparados o momento antes de fumar com a 1ª avaliação no ato de fumar. A nicotina presente no cigarro promove a libertação de neurotransmissores, norepinefrina e epinefrina, ativados pelo sistema nervoso simpático, sendo responsável pelo aumento da PA e FC. Conclusão: O início do ato de fumar está associado a um aumento dos valores da PA e FC, diminuindo após fumar um cigarro.
Introdução: A hipertensão arterial é um fator de risco comum e relevante no desenvolvimento de diversas doenças cardiovasculares. A elevada prevalência desta patologia, associada a outras complicações, demonstra a importância da realização do presente estudo. Objetivo: Este estudo teve como principais objetivos, avaliar a pressão arterial da população de Castelo Branco, orientar os inquiridos hipertensos, alertar para os riscos desta patologia, determinar os fatores de risco mais prevalentes no distrito e determinar a percentagem de hipotensão ortostática. Métodos: Os participantes foram selecionados de forma aleatória por clusters. Para a recolha dos dados foram realizadas 3 avaliações de pressão arterial com o indivíduo sentado e, após 3 minutos, uma última em posição ortostática, os restantes dados foram obtidos através a aplicação de um questionário. Posteriormente os dados foram tratados e analisados estatisticamente recorrendo ao programa de análise estatística SPSS Statistics®, versão 25. Resultados: Amostra constituída por 1040 indivíduos adultos residentes no concelho de Castelo Branco, 55,3% do sexo feminino e 44,7% do masculino, A idade média dos indivíduos inquiridos foi de 55,52±16,80 anos, sendo que 60,4% tinha valores de índice de massa corporal acima dos 25kg/m2 e 57,7% afirmou ter hábitos de vida sedentários, sendo este o fator de risco mais prevalente no distrito. Foi encontrada uma prevalência de hipertensão arterial de 45,9%, sendo mais prevalente no sexo feminino (52,6%) e em idades compreendidas entre os 60 e os 69 anos de idade (30,6%). Determinou-se uma prevalência de 5,5% de hipotensão ortostática, pertencendo 50,9% ao sexo feminino. Discussão: O presente estudo apresenta resultados que corroboram com os encontrados em investigações do mesmo âmbito, sendo que na primeira fase do estudo PPABB, em Castelo Branco, foram encontradas prevalências de hipertensão arterial de 46,1%, na região centro do país, segundo o estudo PAP, de 45,8% e em Portugal, em 2019, foi registada uma percentagem de 43,1% de indivíduos hipertensos. Conclusão: As prevalências de hipertensão arterial e de hipotensão ortostática presentes no concelho de Castelo Branco devem ser valorizadas, uma vez que representam importantes fatores de risco de morbimortalidade por doença cardiovascular.
Introdução: A hipotensão ortostática é caraterizada como uma condição clínica que afeta maioritariamente a população sénior e manifesta-se pela queda dos valores da pressão arterial após a passagem à ortostasia. Esta condição é ainda associada a um alto risco de mortalidade e morbilidade. Objetivos: Verificar se a sintomatologia após ortostatismo está associada à presença de hipotensão ortostática, bem como identificar indivíduos com hipotensão ortostática. Adicionalmente, perceber se existe relação entre a hipotensão ortostática e comorbilidades/terapêutica medicamentosa. Métodos: Trata-se de um estudo analítico, transversal e observacional, cuja amostra é constituída por 95 indivíduos, dos quais 73,7% pertencem ao sexo feminino e 26,3% ao sexo masculino, com idades entre os 65 e os 99 anos. A recolha de dados ocorreu durante o mês de abril. Era efetuada uma avaliação da pressão arterial em decúbito, e duas após o 1º e o 3º minuto de ortostasia. Foi também realizado um questionário acerca de fatores de risco cérebro e cardiovasculares e acerca de antecedentes pessoais de doença cardíaca e acidente vascular cerebral. Resultados: A prevalência de hipotensão ortostática encontrada foi de 5,3%, dos quais 4,2% eram do sexo feminino e 1,1% do sexo masculino. A classe de idades que apresentou uma prevalência mais elevada foi a classe dos 85 aos 94 anos (3,2%). Os fatores de risco cardiovasculares mais frequentemente encontrados foram a hipertensão arterial e o sedentarismo, apresentando uma prevalência de 62,1% e 38,9% respetivamente. Discussão: Não foram encontradas significâncias estatísticas entre as variáveis avaliadas e a ocorrência de hipotensão ortostática, apesar de existir algum grau de associação entre a ocorrência de hipotensão ortostática e a presença de HTA (p=0,054) e idades mais avançadas (p=0,074). Conclusão: Verificou-se que a prevalência de hipotensão ortostática obtida se encontra abaixo da prevalência encontrada noutros estudos portugueses.
Introdução A fibrilhação auricular (FA) é uma complicação frequente no pós-operatório, estando associada a um maior risco de morbilidade, mortalidade e dificuldade de recuperação. Algumas técnicas cirúrgicas estão associadas ao desenvolvimento desta arritmia, sendo o alvo de estudo deste artigo de revisão. Objetivos Determinar quais os fatores intraoperatórios preditivos para o desenvolvimento de FA após cirurgia cardíaca, de que modo as diferentes técnicas cirúrgicas influenciam a ocorrência de FA e analisar entre os fatores de risco intraoperatórios qual(is) apresentam maior correlação com o desenvolvimento de FA e a razão do mesmo. Métodos de pesquisa Foram pesquisados artigos científicos nos motores de pesquisa Google Académico, PubMed®, SciELO® e Mendeley®, com a utilização de diversas palavraschave, sendo incluídos artigos entre os anos 2010 e 2020, dos quais três escolhidos para exposição de dados. Dados Hashemzadeh et al. avaliaram 1254 doentes, sendo a incidência de FA 13.6%. O tipo de cirurgia mais realizado foi CABG, as variáveis intraoperatórias associadas a FA foram cirurgia valvular, cirurgia de correção de defeito septal auricular (ASD), canulação bicava, ventilação na raiz da artéria aorta e veia pulmonar, tempo de clampagem da artéria aorta e tempo de bypass . Shen et al. avaliaram 10390 doentes, sendo a incidência de FA 30%. Os procedimentos cirúrgicos associados a FA foram procedimentos da válvula mitral/aórtica, CABG e reparação de aneurisma ventrículo esquerdo. Rostagno et al. avaliaram 725 doentes, sendo a incidência de FA 29.7% (39 doentes apresentaram episódios de FA no período pré-operatório), tendo sido frequente em doentes que foram submetidos a CABG conjuntamente com procedimentos valvulares. Discussão Foi determinado pelos autores que a realização de procedimentos combinados, nomeadamente, CABG e cirurgia valvular, estão associados a um alto risco de desenvolvimento de FA, de acordo com os autores Helgadottir et al. e Dave et al., podendo dever-se às alterações estruturais inerentes, entre outras. O tempo de clampagem da aorta e bypass, utilização de cardioplegia e balão intra-aórtico, estão também associados à FA, possivelmente devido à resposta inflamatória que causa. A longa estadia hospitalar e o desenvolvimento de comorbilidades é comum aos três artigos e a similares. Conclusão Conclui-se que as variáveis intraoperatórias CABG combinado com cirurgia valvular, uso de bypass e clampagem da artéria aorta estão fortemente associadas ao desenvolvimento de FA. É por isso, imperativo o estudo das mesmas, pois apesar da evolução das técnicas cirúrgicas a incidência arrítmica mantém-se.
A hipotensão ortostática é caracterizada como uma condição clínica que afeta maioritariamente a população sénior e associada a alto risco de mortalidade e morbibilidade. Caracteriza-se por ser uma consequência direta das alterações fisiológicas provocadas pelo envelhecimento e pelos efeitos colaterais associados à terapêutica. A manifestação clínica está relacionada com a queda dos valores pressóricos após a passagem à ortostasia. Esta patologia é pouco estudada na comunidade científica e subdiagnosticada na prática clínica, sendo absolutamente essencial, tanto para os profissionais de saúde como para a população, que sejam desenvolvidos mais estudos com resultados que comprovem a importância da hipotensão ortostática de forma a minorar o impacto negativo que esta patologia tem na população sénior. Desta forma, o objetivo deste estudo é realizar uma revisão sistemática da literatura, recorrendo a artigos encontrados na plataforma PubMed, usando como palavras chave “Orthostatic Hypotension” AND “Elderly” AND “Gender” AND “Risk Factors”.
Estudo observacional, transversal e analítico, integrado no Programa de Pressão Arterial da Beira Baixa, cujo principal objetivo é avaliar o perfil tensional e a prevalência de hipotensão ortostática dos indivíduos adultos no concelho do Fundão. A amostra é constituída por um total de 1030 indivíduos adultos, residentes no concelho em estudo, 511 do sexo feminino e 519 do sexo masculino, selecionados de forma aleatória por clusters. Para a recolha dos dados, foram realizadas 3 avaliações de pressão arterial com o indivíduo sentado e, após 3 minutos, uma última em posição ortostática. Os restantes dados foram obtidos através da aplicação de um questionário. A idade média dos indivíduos inquiridos é de 56,2±15,9 anos, sendo que destes, 43,5% apresenta hipertensão arterial, estando esta mais prevalente no sexo masculino (50,2%). Quanto à Hipotensão Ortostática, existe uma prevalência de 4,8% nos indivíduos adultos no concelho do Fundão, dos quais 53,1% pertencem ao sexo masculino e 46,9% ao feminino. Constatou-se uma elevada prevalência de hipertensão arterial, sendo esta e a hipotensão ortostática graves fatores de risco de morbilidade e mortalidade para doença cerebrocardiovascular.
A gravidez é um período caracterizado por alterações em algumas funções fisiológicas, nomeadamente no sono. 1 Estudos recentes apontam para uma relação entre a qualidade do sono durante a gravidez e o desenvolvimento de complicações obstétricas. 2 O conjunto de modificações estruturais e fisiológicas que ocorre neste período pode potenciar o aparecimento de distúrbios do sono, como a Síndrome de Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS)3.
Introdução: A cirurgia cardíaca apresenta um papel relevante no diagnóstico e tratamento de patologias do foro cardiovascular. A Circulação Extracorporal (CEC) tem como finalidade a substituição das funções cardiopulmonares de forma temporária. Apesar do suporte cirúrgico que proporciona, esta técnica está por vezes associada a complicações que podem surgir no período pós-operatório. Objetivos: O presente estudo tem como finalidade relacionar a idade com as complicações pós-operatórias em doentes submetidos a cirurgia cardíaca sob a técnica de CEC. Metodologia: Estudo do tipo observacional transversal constituído por uma amostra não probabilística por conveniência. A amostra incluiu 114 indivíduos, com idades superiores a 18 anos que foram submetidos a cirurgia cardíaca com recurso à técnica de CEC, realizada no serviço de Cirurgia Cardiotóracica no Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental - Hospital de Santa Cruz (CHLO-HSC). Resultados: O tipo de complicações mais prevalente foi do foro cardíaco, seguido das complicações pulmonares e neurológicas. Os indivíduos com idade avançada, tempos de circulação extracorporal mais prolongados e graus de hipotermia mais profundos apresentaram um prognóstico menos favorável. Diversos estudos são apresentados na literatura, com o mesmo objetivo do que o presente estudo, embora com algumas discrepâncias na forma de Complicações pós-operatórias em doentes de faixas etárias diferentes, submetidos a cirurgia cardíaca … Salutis Scientia – Revista de Ciências da Saúde da ESSCVP Vol.14 Março 2022 www.salutisscientia.esscvp.eu 10 tratamento e cruzamento de variáveis. Resultados semelhantes foram encontrados quanto ao impacto do tempo de CEC, os graus de hipotermia e o tipo de complicações observadas. Conclusão: A área da cirurgia cardíaca e as complicações pós-operatórias merecem um estudo mais aprofundado de forma a diminuirmos o impacto que diversos fatores pré, intra e pós-operatórias têm no desfecho das cirurgias