Foi realizado um estudo com o objectivo de quantificar os consumos de água por transpirarão em dois povoamentos adultos de eucalipto (Eucalyptus globulus Labbill) e de pinheiro bravo (Pinus pinaster Aiton), respectivamente.
A estimativa destes consumos foi feita recorrendo a dois métodos distintos: o balanço de água no solo e o modelo de Penman-Monteith (aplicado numa versão unilaminar).
Os resultados obtidos indicam que, em qualquer dos povoamentos, a transpiração está sobretudo dependente da disponibilidade de água no solo, tendo-se verificado que a transpiração acumulada ao longo dos anos de 1992 e 93 é muito próxima do valor da precipitação efectiva no mesmo período.
A realização de medições de condutância estomática revelou que ambas as espécies apresentam padrões de variação horária e sazonal, que traduzem a capacidade destas espécies em controlarem eficazmente as perdas de água por transpiração, quer quando aumenta a secura do ar, quer quando se reduz a humidade no solo.
A comparação directa das estimativas da transpiração fornecidas pelos dois métodos utilizados revelou algumas diferenças que, no entanto, parecem aceitáveis tendo em conta que estes métodos são concebidos para aplicações em escalas temporais distintas.