Type
report
Creator
Identifier
NAVALHO, Isabel Maria Rodrigues (1992) - Plano de rearborização da área ardida da Serra de Monchique. Castelo Branco : ESA. IPCB. Relatório do Trabalho de Fim de Curso de Produção Florestal.
Title
Plano de rearborização da área ardida da Serra de Monchique
Contributor
Monteiro, Paulo
Date
2014-12-20T17:35:43Z
2014-12-20T17:35:43Z
1992
2014-12-20T17:35:43Z
1992
Format
application/pdf
Description
Disponível na Biblioteca da ESACB na cota C30-13095TFCPF.
No externo Sudoeste de Portugal e quase no limite Noroeste da província Algarvia, ergue-se o único centro da área montanhosa do Algarve: a Serra de Monchique “rasgada em barrancos quase até ao cimo”, RIBEIRO (1987), e que exibe tipos particulares de flora com características mediterrânicas, atlânticas e sub-atlânticas, BELLZ (1982). Conhecida desde a mais remota antiguidade (202 anos a.c.) a Serra de Monchique, de seu nome latino Mons Ciccus, foi dada como baldio, segundo GASCON (1955), ao povo de Monchique pelo Rei D. João II em 1495. Era então povoada na sua maior parte por sobreiros (Quercus suber L.), carvalhos (Quercus sp.), castanheiros (Castanea sativa Miller), dos quais faziam grande comércio de madeiras, e por grandes matas de adelfeiras ( Rhododendron ponticum L. subsp. baeticum (Boiss. e Reuter) Hand. - Mazz) e outros arbustos. Em 1824 foi vendida em courelas aos habitantes deste concelho, os quais através do fogo desbastaram grande parte das matas existentes, dando lugar a extensas comunidades florestais de exóticas e a grandes pedreiras de exploração de granito. A área objecto de estudo foi percorrida por um intenso incêndio em 26 de Junho de 1991, que destruiu parte da zona inferior da Serra de Monchique, tendo sido consumidos cerca de 4535 há de floresta e áreas incultas nos concelhos de Monchique e Portimão. Qualquer que tenha sido a origem do incêndio (acidente, negligência ou crime), o facto de existirem extensas massas florestais de Eucalyptus globulus Labill (37,3 % da área ardida) de elevada vulnerabilidade ao fogo, ou de um desajustado ordenamento florestal, poderá ter em muito contribuído para a sua proliferação. O presente trabalho de rearborização visa essencia1mente o reordenamento e a recuperação de toda esta vasta área, mediante a proposta de um conjunto de medidas adequadas às diferentes situações. Para tal, propõe-se a melhoria da rede viária e divisional, a criação de planos de água, o incremento de espécies florestais mais adaptadas e menos susceptíveis ao fogo, a adopção de técnicas de preparação do terreno que contribuam para a diminuição dos riscos de erosão e para o conveniente desenvolvimento das futuras árvores, a utilização de métodos de instalação de povoamentos que permitam um maior sucesso da plantação e/ou sementeira, e o modo de conduzir os diversos povoamentos florestais. Sempre que possível, deve-se conjugar a produção lenhosa com a silvopastorícia, a caça, a apicultura e o turismo. Para o presente plano elaboraram-se oito cartas, que se encontram reproduzidas no último Anexo (Anexo IX) por conveniência de apresentação.
No externo Sudoeste de Portugal e quase no limite Noroeste da província Algarvia, ergue-se o único centro da área montanhosa do Algarve: a Serra de Monchique “rasgada em barrancos quase até ao cimo”, RIBEIRO (1987), e que exibe tipos particulares de flora com características mediterrânicas, atlânticas e sub-atlânticas, BELLZ (1982). Conhecida desde a mais remota antiguidade (202 anos a.c.) a Serra de Monchique, de seu nome latino Mons Ciccus, foi dada como baldio, segundo GASCON (1955), ao povo de Monchique pelo Rei D. João II em 1495. Era então povoada na sua maior parte por sobreiros (Quercus suber L.), carvalhos (Quercus sp.), castanheiros (Castanea sativa Miller), dos quais faziam grande comércio de madeiras, e por grandes matas de adelfeiras ( Rhododendron ponticum L. subsp. baeticum (Boiss. e Reuter) Hand. - Mazz) e outros arbustos. Em 1824 foi vendida em courelas aos habitantes deste concelho, os quais através do fogo desbastaram grande parte das matas existentes, dando lugar a extensas comunidades florestais de exóticas e a grandes pedreiras de exploração de granito. A área objecto de estudo foi percorrida por um intenso incêndio em 26 de Junho de 1991, que destruiu parte da zona inferior da Serra de Monchique, tendo sido consumidos cerca de 4535 há de floresta e áreas incultas nos concelhos de Monchique e Portimão. Qualquer que tenha sido a origem do incêndio (acidente, negligência ou crime), o facto de existirem extensas massas florestais de Eucalyptus globulus Labill (37,3 % da área ardida) de elevada vulnerabilidade ao fogo, ou de um desajustado ordenamento florestal, poderá ter em muito contribuído para a sua proliferação. O presente trabalho de rearborização visa essencia1mente o reordenamento e a recuperação de toda esta vasta área, mediante a proposta de um conjunto de medidas adequadas às diferentes situações. Para tal, propõe-se a melhoria da rede viária e divisional, a criação de planos de água, o incremento de espécies florestais mais adaptadas e menos susceptíveis ao fogo, a adopção de técnicas de preparação do terreno que contribuam para a diminuição dos riscos de erosão e para o conveniente desenvolvimento das futuras árvores, a utilização de métodos de instalação de povoamentos que permitam um maior sucesso da plantação e/ou sementeira, e o modo de conduzir os diversos povoamentos florestais. Sempre que possível, deve-se conjugar a produção lenhosa com a silvopastorícia, a caça, a apicultura e o turismo. Para o presente plano elaboraram-se oito cartas, que se encontram reproduzidas no último Anexo (Anexo IX) por conveniência de apresentação.
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