Estudo da evolução das populações de ácaros na cerejeira (Prunus avium) na região da Cova da Beira
Type
report
Creator
Identifier
LIMA, Elisabete Maria Abreu (1991) - Estudo da evolução de populações de ácaros na cerejeira (Prunus avium) na região da Cova da Beira. Castelo Branco : IPCB. ESA. Relatório do Trabalho de Fim de Curso de Produção Agrícola.
Title
Estudo da evolução das populações de ácaros na cerejeira (Prunus avium) na região da Cova da Beira
Contributor
Luz, João Pedro Martins da
Date
2015-01-15T13:08:37Z
2015-01-15T13:08:37Z
1991
2015-01-15T13:08:37Z
1991
Format
application/pdf
Description
Relatório do Trabalho de Fim de Curso de Produção Agrícola.
Disponível na Biblioteca da ESACB na cota C30-12470TFCPAG.
Entre os inúmeros problemas surgidos na agricultura, desde que o Homem se dedicou à cultura e amanho das terras, existem alguns que só nos anos mais recentes vieram a constituir problemas graves, apesar de anteriormente existirem. Desde o fim da última Guerra Mundial, os ácaros foram dos que se evidenciaram tomando um lugar primordial. É importante definir as pragas que apresentam maior gravidade, as pragas-chave, juntamente com a realização de trabalhos com o intuito de conhecer melhor a bioecologia base, necessária ao seu combate (LAVADINHO, 1989). Os ácaros vivem espalhados por todo o globo terrestre, pois souberam adaptar-se às mais diferentes zonas climáticas. A partir do aparecimento e consequentemente uso intensivo e desregrado dos insecticidas orgânicos de síntese, nomeadamente o DDT, que vieram provocar desequilíbrios nas biocenoses das plantas eliminando os predadores dos ácaros fitófagos, agravou-se o problema, embora existam outras causas responsáveis pelo desenvolvimento desta praga. Podemos dizer que praticamente não existe planta cultivada que não seja atacada em maior ou menor grau por ácaros. Podem variar as espécies de ácaros e as variedades das plantas que mais sofrem com os ataques, mas o panorama geral é de cada vez mais uma acentuada incidência de acarioses em plantas cultivadas e até espontâneas. Devido às suas pequenas dimensões, a sua presença passa despercebida, só nos apercebemos devido à sintomatologia, sendo por vezes já muito tarde para economicamente se poder intervir com pesticidas. Uma das causas do aparecimento dos ácaros é devido à adopção de esquemas de tratamentos mal delineados. Para se estabelecerem estes esquemas, é importante saber quais as espécies que estão presentes na cultura e a melhor altura de as combater. É necessário uma protecção mais racional, o que se pode materializar pelo conhecimento dos inimigos-chave da cultura (LAVADINHO,1989) Com este trabalho procura-se conhecer a acarofauna dos pomares de cerejeira da Cova da Beira e abordar alguns aspectos relacionados com o combate e com a regulação biológica, pretendendo-se assim contribuir, para que em Portugal venha a ser introduzida a protecção integrada na cultura da cerejeira. Este método tem em consideração o papel dos entomófagos e a utilização de “produtos selectivos”, sendo capazes de destruir o insecto nocivo, protegendo os seus inimigos naturais. Encaminhou-se o trabalho no sentido de serem estudados alguns aspectos, nem sempre com uma interligação imediata, visando em comum ir de encontro à necessidade do conhecimento da acarofauna em Portugal e a preocupação de relacionar o combate contra os ácaros fitófagos, através do fomento da acção exercida pelos ácaros predadores. Pretende-se deste modo contribuir, de alguma forma, para que em Portugal se possa vir um dia a colher benefícios que noutros países têm sido atribuídos à Luta Biológica. “Actualmente, o agricultor sabendo da existência dos inimigos da cultura terá de saber viver com eles desde que em níveis que não causem problemas” (LAVADINHO, 1989).
Disponível na Biblioteca da ESACB na cota C30-12470TFCPAG.
Entre os inúmeros problemas surgidos na agricultura, desde que o Homem se dedicou à cultura e amanho das terras, existem alguns que só nos anos mais recentes vieram a constituir problemas graves, apesar de anteriormente existirem. Desde o fim da última Guerra Mundial, os ácaros foram dos que se evidenciaram tomando um lugar primordial. É importante definir as pragas que apresentam maior gravidade, as pragas-chave, juntamente com a realização de trabalhos com o intuito de conhecer melhor a bioecologia base, necessária ao seu combate (LAVADINHO, 1989). Os ácaros vivem espalhados por todo o globo terrestre, pois souberam adaptar-se às mais diferentes zonas climáticas. A partir do aparecimento e consequentemente uso intensivo e desregrado dos insecticidas orgânicos de síntese, nomeadamente o DDT, que vieram provocar desequilíbrios nas biocenoses das plantas eliminando os predadores dos ácaros fitófagos, agravou-se o problema, embora existam outras causas responsáveis pelo desenvolvimento desta praga. Podemos dizer que praticamente não existe planta cultivada que não seja atacada em maior ou menor grau por ácaros. Podem variar as espécies de ácaros e as variedades das plantas que mais sofrem com os ataques, mas o panorama geral é de cada vez mais uma acentuada incidência de acarioses em plantas cultivadas e até espontâneas. Devido às suas pequenas dimensões, a sua presença passa despercebida, só nos apercebemos devido à sintomatologia, sendo por vezes já muito tarde para economicamente se poder intervir com pesticidas. Uma das causas do aparecimento dos ácaros é devido à adopção de esquemas de tratamentos mal delineados. Para se estabelecerem estes esquemas, é importante saber quais as espécies que estão presentes na cultura e a melhor altura de as combater. É necessário uma protecção mais racional, o que se pode materializar pelo conhecimento dos inimigos-chave da cultura (LAVADINHO,1989) Com este trabalho procura-se conhecer a acarofauna dos pomares de cerejeira da Cova da Beira e abordar alguns aspectos relacionados com o combate e com a regulação biológica, pretendendo-se assim contribuir, para que em Portugal venha a ser introduzida a protecção integrada na cultura da cerejeira. Este método tem em consideração o papel dos entomófagos e a utilização de “produtos selectivos”, sendo capazes de destruir o insecto nocivo, protegendo os seus inimigos naturais. Encaminhou-se o trabalho no sentido de serem estudados alguns aspectos, nem sempre com uma interligação imediata, visando em comum ir de encontro à necessidade do conhecimento da acarofauna em Portugal e a preocupação de relacionar o combate contra os ácaros fitófagos, através do fomento da acção exercida pelos ácaros predadores. Pretende-se deste modo contribuir, de alguma forma, para que em Portugal se possa vir um dia a colher benefícios que noutros países têm sido atribuídos à Luta Biológica. “Actualmente, o agricultor sabendo da existência dos inimigos da cultura terá de saber viver com eles desde que em níveis que não causem problemas” (LAVADINHO, 1989).
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