Elaboração e acompanhamento de projectos de arborização das áreas ardidas no Parque Nacional da Peneda Gerês
Type
report
Identifier
LIBERAL, José Marcos Ferreira de Azevedo Guerra (1991) - Elaboração e acompanhamento de projectos de arborização das áreas ardidas no Parque Nacional da Peneda Gerês. Castelo Branco : ESA. IPCB. Relatório do Trabalho de Fim de Curso de Produção Florestal.
Title
Elaboração e acompanhamento de projectos de arborização das áreas ardidas no Parque Nacional da Peneda Gerês
Contributor
Taborda, Julieta Goulão
Date
2014-12-20T17:33:13Z
2014-12-20T17:33:13Z
1991
2014-12-20T17:33:13Z
1991
Format
application/pdf
Description
Disponível na Biblioteca da ESACB na cota C30-12741TFCPF.
O Parque Nacional da Peneda Gerês (PNPG) foi criado em 1971 (Decreto-Lei nº 187/71, de 8 de Maio). Situado no Noroeste de Portugal, entre 41° 40’ e 42° 05’ de latitude Norte e 7° 50’ e 8° 23’ de longitude Oeste, os seus cerca de 72 000 hectares estendem-se pelas províncias do Minho e Trás-os-Montes nos distritos de Viana do Castelo, Braga e Vila Real. É uma zona montanhosa, destacando-se as Serras da Peneda, Soajo, Amarela e Gerês e os planaltos de Castro Laboreiro e da Mourela. A hidrografia é densa, assumindo maior importância os rios Lima, Homem e Cávado e as Albufeiras de Vilarinho das Furnas, Caniçada, Salamonde, Paradela e do Vale do Lima. Nos vales mais férteis, a paisagem apresenta-se humanizada e a justificá-lo os 114 aldeamentos espalhados pela área do Parque Nacional da Peneda Gerês. O presente trabalho foi efectuado dentro do perímetro do PNPG, na Serra do Gerês. O seu objectivo consistiu na elaboração de projectos de intervenção para as áreas ardidas aquando do fogo ocorrido no mês de Setembro de 1989, tendo igualmente sido consideradas áreas referentes a fogos anteriores (embora recentes) e a zonas infestadas de mimosas (Acacia dealbata e Acacia molissima) em áreas contiguas às anteriores. A área considerada estende-se desde as imediações da Albufeira de Vilarinho das Furnas até à Albufeira da Caniçada, na confluência dos rios Caldo e Gerês, principalmente ao longo da margem direita deste último. A área total incluída é de cerca de 1650 ha (1648, 3 ha), sendo caracterizada pela ocorrência de diferenças de altitude consideráveis (1234 m de altitude no marco geodésico do Pé de Cabril e 150 m ao nível da Albufeira da Caniçada). O relevo é bastante acidentado, sendo os declives na sua maioria, superiores a 30%. Os solos são em geral pouco espessos e muito pedregosos com excepção de algumas zonas de depósito, muito localizadas. As diferenças de altitude presentes introduzem elementos de diversificação climática para a globalidade da área considerada Recorrendo, no entanto, aos elementos disponíveis a partir dos registos do Posto Udométrico do Gerês e da cartografia publicada no âmbito do Atlas do Ambiente à escala 1/1000 000 é possível apresentar os seguintes elementos: Temperatura média anual 14,3°C Temperatura média do mês mais quente 17,5°C Temperatura média do mês mais frio 7,5° C Precipitação média anual 2 908,8 mm Precipitação média estival (Junho, Julho, Agosto) 225,5 mm Número de dias de geadas por ano 20 a 25 dias Em resumo, trata-se de situações com intensa queda pluviométrica anual, onde os verões frescos e húmidos alternam com invernos relativamente suaves. Apenas nas zonas de maior altitude se assistirá a um agravamento destas condições com incidência de invernos mais rigorosos. Consta deste Relatório a descrição dos métodos utilizados para a elaboração de projectos de arborização, nas áreas mais carenciadas de intervenção e ainda, uma breve descrição do seu conteúdo. Foram elaborados cinco projectos segundo os formulários próprios do PAF (Programa de Acção Florestal), com o principal objectivo de promover uma rápida recuperação da área sinistrada e garantir uma melhor compartimentação e diversificação da paisagem, de forma a contrariar, no futuro, a ocorrência de acidentes como o sucedido em 1989. Na fase final do presente estágio, e dentro dum âmbito semelhante (intervenção e recuperação em áreas ardidas), foi ainda elaborado um “Anteprojecto de arborização das freguesias do Lindoso e Ermida”, que não é aqui apresentado, em virtude de incidir numa área geográfica diferente. Finalmente, com base na informação disponível sobre regeneração natural de pinheiro bravo após fogo, foi apresentada uma comunicação ao II Congresso Florestal Nacional (Bento et al. 1990).
O Parque Nacional da Peneda Gerês (PNPG) foi criado em 1971 (Decreto-Lei nº 187/71, de 8 de Maio). Situado no Noroeste de Portugal, entre 41° 40’ e 42° 05’ de latitude Norte e 7° 50’ e 8° 23’ de longitude Oeste, os seus cerca de 72 000 hectares estendem-se pelas províncias do Minho e Trás-os-Montes nos distritos de Viana do Castelo, Braga e Vila Real. É uma zona montanhosa, destacando-se as Serras da Peneda, Soajo, Amarela e Gerês e os planaltos de Castro Laboreiro e da Mourela. A hidrografia é densa, assumindo maior importância os rios Lima, Homem e Cávado e as Albufeiras de Vilarinho das Furnas, Caniçada, Salamonde, Paradela e do Vale do Lima. Nos vales mais férteis, a paisagem apresenta-se humanizada e a justificá-lo os 114 aldeamentos espalhados pela área do Parque Nacional da Peneda Gerês. O presente trabalho foi efectuado dentro do perímetro do PNPG, na Serra do Gerês. O seu objectivo consistiu na elaboração de projectos de intervenção para as áreas ardidas aquando do fogo ocorrido no mês de Setembro de 1989, tendo igualmente sido consideradas áreas referentes a fogos anteriores (embora recentes) e a zonas infestadas de mimosas (Acacia dealbata e Acacia molissima) em áreas contiguas às anteriores. A área considerada estende-se desde as imediações da Albufeira de Vilarinho das Furnas até à Albufeira da Caniçada, na confluência dos rios Caldo e Gerês, principalmente ao longo da margem direita deste último. A área total incluída é de cerca de 1650 ha (1648, 3 ha), sendo caracterizada pela ocorrência de diferenças de altitude consideráveis (1234 m de altitude no marco geodésico do Pé de Cabril e 150 m ao nível da Albufeira da Caniçada). O relevo é bastante acidentado, sendo os declives na sua maioria, superiores a 30%. Os solos são em geral pouco espessos e muito pedregosos com excepção de algumas zonas de depósito, muito localizadas. As diferenças de altitude presentes introduzem elementos de diversificação climática para a globalidade da área considerada Recorrendo, no entanto, aos elementos disponíveis a partir dos registos do Posto Udométrico do Gerês e da cartografia publicada no âmbito do Atlas do Ambiente à escala 1/1000 000 é possível apresentar os seguintes elementos: Temperatura média anual 14,3°C Temperatura média do mês mais quente 17,5°C Temperatura média do mês mais frio 7,5° C Precipitação média anual 2 908,8 mm Precipitação média estival (Junho, Julho, Agosto) 225,5 mm Número de dias de geadas por ano 20 a 25 dias Em resumo, trata-se de situações com intensa queda pluviométrica anual, onde os verões frescos e húmidos alternam com invernos relativamente suaves. Apenas nas zonas de maior altitude se assistirá a um agravamento destas condições com incidência de invernos mais rigorosos. Consta deste Relatório a descrição dos métodos utilizados para a elaboração de projectos de arborização, nas áreas mais carenciadas de intervenção e ainda, uma breve descrição do seu conteúdo. Foram elaborados cinco projectos segundo os formulários próprios do PAF (Programa de Acção Florestal), com o principal objectivo de promover uma rápida recuperação da área sinistrada e garantir uma melhor compartimentação e diversificação da paisagem, de forma a contrariar, no futuro, a ocorrência de acidentes como o sucedido em 1989. Na fase final do presente estágio, e dentro dum âmbito semelhante (intervenção e recuperação em áreas ardidas), foi ainda elaborado um “Anteprojecto de arborização das freguesias do Lindoso e Ermida”, que não é aqui apresentado, em virtude de incidir numa área geográfica diferente. Finalmente, com base na informação disponível sobre regeneração natural de pinheiro bravo após fogo, foi apresentada uma comunicação ao II Congresso Florestal Nacional (Bento et al. 1990).
Access restrictions
openAccess
Language
por
Comments
