Type
report
Creator
Identifier
FRANCISCO, Maria Manuela Martins (1988) - Controle de índices de consumo e ganhos médios diários de suínos, do nascimento ao abate. Castelo Branco : ESA. IPCB. Relatório do Trabalho de Fim de Curso de Produção Animal.
Title
Controle de índices de consumo e ganhos médios diários de suínos, do nascimento ao abate
Contributor
Mota, Rogério Pernes
Subject
Suíno
Ganho médio diário
Ganho médio diário
Date
2014-12-23T22:02:55Z
2014-12-23T22:02:55Z
1988
2014-12-23T22:02:55Z
1988
Format
application/pdf
Description
Disponível na Biblioteca da ESACB na cota C30-8764TFCPAN ; C30-8765TFCPAN.
Ao escolhermos um tema de suinicultura, fomos atraídos por um ramo da animalicultura que sofreu no nosso país, sobretudo na década de 70, um incremento excepcional, podendo hoje falar-se em 300 000 porcas, no parque suinícola nacional, a que corresponderão mais de 4 000 000 de animais produzidos ano (Vieira, 1987). Esse grande desenvolvimento tem sido, felizmente, acompanhado de grandes preocupações quanto a maneio, qualidade de raças ou cruzamentos explorados, instalações, meio ambiente e rações, condições sem as quais o êxito de uma exploração se poderá mostrar bastante comprometido. Pena que a exploração intensiva de suínos tenha criado uma nova noção de patologia, a chamada patologia de grupo, com morbilidade e prejuízos financeiros de mais de 10%, razões pelas quais deverão aumentar cada vez mais os cuidados nas condições de ambiente, no interior das instalações e nos procedimentos higio-sanitários. Embora os portugueses, comparados com outros parceiros europeus e extra europeus, não sejam grandes consumidores de carne de porco, podemos afirmar que o seu consumo tende a aumentar (3% ao ano), rivalizando nesse sentido com o consumo de carne de bovino e aproximando-se do consumo de carne de aves, com maior evidência desta, apenas pelo seu preço (Vieira, 1987) A recente entrada de Portugal na CEE, que no seu conjunto não se apresenta nem excedentária nem deficitária, não deverá provocar grandes alterações na produção nacional. É certo que ainda temos encargos com a mão-de-obra, relativamente baixos, no entanto, haverá necessidade de optimizar as dietas fornecidas, pois estas têm uma incidência nos custos gerais superior a 70% (Martin, 1976). A próxima liberalização do mercado nacional, no que se refere a cereais e bagaços de oleaginosas constitui, neste momento, ainda grande incógnita para a suinicultura portuguesa. É importante um conhecimento profundo das matérias - primas a utilizar, para que se torne possível formular ao custo mínimo, obtendo um alimento composto completo com as melhores características nutritivas. A evolução da suinicultura em Portugal está condicionada em parte pela mentalidade do criador, principalmente pela sua falta de espírito associativista. Outro factor condicionante da evolução desta actividade pecuária é a existência da Peste Suína Africana, que nos irá impedir, por muitos anos, a possibilidade de exportação desta carne. Certos países da CEE quando excedentários em carne de suíno, não hesitam e exportam-na a “preço político” ajudando a afundar países de alguma fragilidade e vulneráveis como é o caso de Portugal. Com o presente trabalho, forçosamente limitado, nas suas ambições e que tem como base programática o controle de ganhos médios diários e índices de consumo de suínos, do nascimento ao abate, pretendemos dar uma visão global e realçar a importância do conhecimento destes índices na rentabilização de uma exploração suinícola de pequena-média dimensão. Esta trabalha em circuito fechado e constitui o que é considerado um núcleo de produção (criação de leitões ao seu abate).
Ao escolhermos um tema de suinicultura, fomos atraídos por um ramo da animalicultura que sofreu no nosso país, sobretudo na década de 70, um incremento excepcional, podendo hoje falar-se em 300 000 porcas, no parque suinícola nacional, a que corresponderão mais de 4 000 000 de animais produzidos ano (Vieira, 1987). Esse grande desenvolvimento tem sido, felizmente, acompanhado de grandes preocupações quanto a maneio, qualidade de raças ou cruzamentos explorados, instalações, meio ambiente e rações, condições sem as quais o êxito de uma exploração se poderá mostrar bastante comprometido. Pena que a exploração intensiva de suínos tenha criado uma nova noção de patologia, a chamada patologia de grupo, com morbilidade e prejuízos financeiros de mais de 10%, razões pelas quais deverão aumentar cada vez mais os cuidados nas condições de ambiente, no interior das instalações e nos procedimentos higio-sanitários. Embora os portugueses, comparados com outros parceiros europeus e extra europeus, não sejam grandes consumidores de carne de porco, podemos afirmar que o seu consumo tende a aumentar (3% ao ano), rivalizando nesse sentido com o consumo de carne de bovino e aproximando-se do consumo de carne de aves, com maior evidência desta, apenas pelo seu preço (Vieira, 1987) A recente entrada de Portugal na CEE, que no seu conjunto não se apresenta nem excedentária nem deficitária, não deverá provocar grandes alterações na produção nacional. É certo que ainda temos encargos com a mão-de-obra, relativamente baixos, no entanto, haverá necessidade de optimizar as dietas fornecidas, pois estas têm uma incidência nos custos gerais superior a 70% (Martin, 1976). A próxima liberalização do mercado nacional, no que se refere a cereais e bagaços de oleaginosas constitui, neste momento, ainda grande incógnita para a suinicultura portuguesa. É importante um conhecimento profundo das matérias - primas a utilizar, para que se torne possível formular ao custo mínimo, obtendo um alimento composto completo com as melhores características nutritivas. A evolução da suinicultura em Portugal está condicionada em parte pela mentalidade do criador, principalmente pela sua falta de espírito associativista. Outro factor condicionante da evolução desta actividade pecuária é a existência da Peste Suína Africana, que nos irá impedir, por muitos anos, a possibilidade de exportação desta carne. Certos países da CEE quando excedentários em carne de suíno, não hesitam e exportam-na a “preço político” ajudando a afundar países de alguma fragilidade e vulneráveis como é o caso de Portugal. Com o presente trabalho, forçosamente limitado, nas suas ambições e que tem como base programática o controle de ganhos médios diários e índices de consumo de suínos, do nascimento ao abate, pretendemos dar uma visão global e realçar a importância do conhecimento destes índices na rentabilização de uma exploração suinícola de pequena-média dimensão. Esta trabalha em circuito fechado e constitui o que é considerado um núcleo de produção (criação de leitões ao seu abate).
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