Avaliação da atividade antimicrobiana de óleos essenciais de Lavandula spp. em microrganismos potencialmente patogénicos
Type
report
Creator
Publisher
Identifier
ALVES, Ecalina Maria (2021) - Avaliação da atividade antimicrobiana de óleos essenciais de Lavandula spp. em microrganismos potencialmente patogénicos. Castelo Branco : IPCB. ESA. 1 CD- ROM. Relatório do Trabalho Fim de Curso em Produção de Alimentos e Nutrição Humana.
Title
Avaliação da atividade antimicrobiana de óleos essenciais de Lavandula spp. em microrganismos potencialmente patogénicos
Contributor
Sousa, Fernanda Maria Grácio Delgado de
Domingues, Joana Lopes
Domingues, Joana Lopes
Subject
Atividade antimicrobiana
Óleos essenciais
L. pedunculata
L. stoechas subsp
Luisieri
GC-MS
Óleos essenciais
L. pedunculata
L. stoechas subsp
Luisieri
GC-MS
Date
2022-05-04T14:52:46Z
2022-05-04T14:52:46Z
2021
2022-05-04T14:52:46Z
2021
Format
application/pdf
Description
Disponível na Biblioteca da ESACB na cota C30-29514TFCPANH.
O presente trabalho teve como objetivo avaliar a atividade antimicrobiana de óleos essenciais de duas espécies de Lavandula, a L. stoechas subsp. luisieri e L. pedunculata em 10 culturas bacterianas e uma cultura de levedura, todas potencialmente patogénicas: Staphylococcus coagulase positiva, Salmonella sp., Listeria monocytogenes, Bacillus cereus, Pseudomonas aeruginosa (a estirpe de referência P. aeruginosa ATCC 27853 e um isolado obtido de uma amostra de água), Burkholderia sp., Serratia marcescens, Aeromonas hydrophila e Chromobacterium violaceum, e a levedura Candida albicans. Os óleos essenciais utilizados neste trabalho foram obtidos em laboratório, pelo método de hidrodestilação em aparelho de Clevenger, proveniente de plantas recolhidas no período de floração na Serra da Malcata. O óleo essencial de cada espécie foi testado numa primeira fase quanto à sua ação antimicrobiana, usando o método de difusão em placa, com disco e com gota. De acordo com os resultados nestes ensaios prévios, ambos os óleos essenciais apresentaram ação inibitória nos microrganismos testados. Posteriormente foram realizados ensaios para a determinação da concentração mínima inibitória (MIC) e da concentração mínima bactericida (MBC). O perfil químico dos óleos essenciais foi obtido por cromatografia gasosa acoplado a um detetor de espectrometria de massa (GC-MS). O óleo essencial de L. stoechas subsp. luisieri revelou possuir como compostos maioritários o acetato de trans-α-necrodilo (37,81%), trans-α-necrodol (10,39%), acetato de lavandulil (5,53%), o-cymeno (5,26%) e fenchona (4,20%). No caso do óleo essencial de L. pedunculata os maioritários são fenchona (48,89%), cânfora (11,00%), 1,8-cineol (9,57%), α-pineno (7,89%) e linalol (3,52%). De acordo com os resultados obtidos, ambos os óleos essenciais demonstraram atividade antimicrobiana, no entanto foi o óleo essencial de L. stoechas subsp. luisieri que demonstrou uma maior eficácia, com valores de MIC e MBC inferiores, comparativamente ao óleo essencial de L. pedunculata. Para o óleo essencial de L. stoechas subsp. luisieri, a MIC mais baixa foi encontrada contra B. cereus e Salmonella sp. e contra a levedura C. albicans, com valores de 4,67 μL/mL. Enquanto para o óleo essencial de L. pedunculata os menores valores de MIC obtiveram-se contra a Salmonella sp (4,67 μL/mL). As MBC mais baixas foram encontradas para os microrganismos C. albicans para o óleo essencial de L. stoechas subsp. luisieri e C. violaceum para ambas as espécies, com valores de 9,33 μL/mL. Por outro lado, os microrganismos mais resistentes (MBC mais elevadas) à ação dos óleos essenciais foram o B. cereus e P. aeruginosa, esta última só para o óleo essencial de L. pedunculata, onde não foi possível determinar a concentração máxima bactericida, cujos valores de MBC foram superiores à concentração máxima testada (149,3 μL/mL).
O presente trabalho teve como objetivo avaliar a atividade antimicrobiana de óleos essenciais de duas espécies de Lavandula, a L. stoechas subsp. luisieri e L. pedunculata em 10 culturas bacterianas e uma cultura de levedura, todas potencialmente patogénicas: Staphylococcus coagulase positiva, Salmonella sp., Listeria monocytogenes, Bacillus cereus, Pseudomonas aeruginosa (a estirpe de referência P. aeruginosa ATCC 27853 e um isolado obtido de uma amostra de água), Burkholderia sp., Serratia marcescens, Aeromonas hydrophila e Chromobacterium violaceum, e a levedura Candida albicans. Os óleos essenciais utilizados neste trabalho foram obtidos em laboratório, pelo método de hidrodestilação em aparelho de Clevenger, proveniente de plantas recolhidas no período de floração na Serra da Malcata. O óleo essencial de cada espécie foi testado numa primeira fase quanto à sua ação antimicrobiana, usando o método de difusão em placa, com disco e com gota. De acordo com os resultados nestes ensaios prévios, ambos os óleos essenciais apresentaram ação inibitória nos microrganismos testados. Posteriormente foram realizados ensaios para a determinação da concentração mínima inibitória (MIC) e da concentração mínima bactericida (MBC). O perfil químico dos óleos essenciais foi obtido por cromatografia gasosa acoplado a um detetor de espectrometria de massa (GC-MS). O óleo essencial de L. stoechas subsp. luisieri revelou possuir como compostos maioritários o acetato de trans-α-necrodilo (37,81%), trans-α-necrodol (10,39%), acetato de lavandulil (5,53%), o-cymeno (5,26%) e fenchona (4,20%). No caso do óleo essencial de L. pedunculata os maioritários são fenchona (48,89%), cânfora (11,00%), 1,8-cineol (9,57%), α-pineno (7,89%) e linalol (3,52%). De acordo com os resultados obtidos, ambos os óleos essenciais demonstraram atividade antimicrobiana, no entanto foi o óleo essencial de L. stoechas subsp. luisieri que demonstrou uma maior eficácia, com valores de MIC e MBC inferiores, comparativamente ao óleo essencial de L. pedunculata. Para o óleo essencial de L. stoechas subsp. luisieri, a MIC mais baixa foi encontrada contra B. cereus e Salmonella sp. e contra a levedura C. albicans, com valores de 4,67 μL/mL. Enquanto para o óleo essencial de L. pedunculata os menores valores de MIC obtiveram-se contra a Salmonella sp (4,67 μL/mL). As MBC mais baixas foram encontradas para os microrganismos C. albicans para o óleo essencial de L. stoechas subsp. luisieri e C. violaceum para ambas as espécies, com valores de 9,33 μL/mL. Por outro lado, os microrganismos mais resistentes (MBC mais elevadas) à ação dos óleos essenciais foram o B. cereus e P. aeruginosa, esta última só para o óleo essencial de L. pedunculata, onde não foi possível determinar a concentração máxima bactericida, cujos valores de MBC foram superiores à concentração máxima testada (149,3 μL/mL).
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