Type
doctoralThesis
Creator
Identifier
AFONSO, Paulo José Martins (2001) - Análise das capacidades metacognitivas de futuros professores de matemática. Salamanca : Universidade de Salamanca. Faculdade de Educação. Departamento de didática, organización y métodos de educación. 377 f. Tese de Doutoramento.
Title
Análise das capacidades metacognitivas de futuros professores de matemática
Subject
Estratégias
Gravação vídeo
Metacognição
Problema
Processos metacognitivos
Resolução de problemas
Gravação vídeo
Metacognição
Problema
Processos metacognitivos
Resolução de problemas
Date
2010-10-14T12:45:29Z
2010-10-14T12:45:29Z
2001
2010-10-14T12:45:29Z
2001
Description
Dissertação apresentada à Universidade de Salamanca para a obtenção do Grau de Salamanca no Doutoramento de Tecnologia Educativa sob a orientação do Professor Doutor Juan Francisco Martín Izard
Este estudo, de cariz exploratório, pretendeu abordar a temática da metacognição ao nível da formação de futuros professores de Matemática, em contexto de resolução de problemas. Por outras palavras, pretendeu-se analisar e interpretar processos metacognitivos de futuros professores de Matemática, envolvidos na resolução de seis problemas de processo, seleccionados de uma bateria de problemas desse tipo. Esses futuros professores foram seleccionados a pensar alto para que todo o processo de resolução verbalizado pudesse ficar registado em vídeo. Em concreto, este estudo pretendeu dar resposta ao seguinte problema de investigação: Os tipos de problemas influenciarão os processos metacognitivos de futuros professores de Matemática, enquanto resolvem uma variedade de problemas e permitirão as videogravações o registo desses processos metagognitivos? O estudo contou com a participação de dois grupos de três alunos de um Curso de Formação de Professores de uma Escola Superior de Educação portuguesa e a sua formação baseou-se na resposta a um questionário sobre a resolução de problemas e sobre o trabalhar dessa temática em grupo. Resultou um grupo A, cujos alunos evidenciaram ser bons resolvedores de problemas e gostavam de os resolver em grupo e, um grupo B, cujos alunos evidenciavam ser mais fracos na resolução de problemas e com menos motivação para o trabalhar em grupo esta temática. Ambos os grupos resolveram os seis problemas de processo, envolvendo cada um deles um estratégia específica de resolução e todas as suas intervenções orais foram registadas em vídeo com posterior transcrição para o papel para se proceder à sua análise. A análise de conteúdo desses registos baseou-se nas quatro categorias do modelo de Lester (1985): Orientação, Organização, Execução e Verificação. No caso das resoluções escritas dos problemas, estes foram analisadas através da escala holística focada de Charles et al. (1987). Os resultados obtidos deixa-nos alguma apreensão no que diz respeito ao sucesso da resolução dos problemas. De facto, o grupo A só resolveu correctamente um dos seis problemas e o grupo B, dois. Em termos gerais, verificou-se que independentemente do tipo de problemas, a categoria onde se registou maior número de intervenções metacognitivas foi a Verificação. Em termos de desempenho metacognitivo, o grupo B mostrou ser mais reflexivo do que o grupo A, pois interveio metagognitivamente sempre muito mais do que o grupo A, se se exceptuar o problema nº 1. Os grupos evidenciaram uma diferença importante entre si que consistiu no facto de o grupo A dedicar menor número de intervenções metacognitivas ai nível da concepção de planos de resolução e de selecção de estratégias adequadas à resolução dos problemas (categoria Organização), enquanto que o grupo B dedicou menor número de intervenções metacognitivas ao nível da compreensão dos problemas (categoria Orientação). Atendendo ao reduzido número de problemas envolvidos, estes resultados carecem, naturalmente, de outros estudos posteriores que venham ou não confirmar esta tendência. Por estes motivos, podemos dizer que, relativamente ao nosso problema de investigação, parece não haver uma relação muito estreita entre tipos de problemas e desempenhos metacognitivos, contudo, verificou-se que o registo vídeo assumiu um papel insubstituível para a análise e compreensão de todo o processo mental envolvido por cada grupo na resolução dos problemas. Os resultados, apontam, pois, para a necessidade de realização de estudos posteriores que venham confirmar algumas das conclusões obtidas.
Este estudo, de cariz exploratório, pretendeu abordar a temática da metacognição ao nível da formação de futuros professores de Matemática, em contexto de resolução de problemas. Por outras palavras, pretendeu-se analisar e interpretar processos metacognitivos de futuros professores de Matemática, envolvidos na resolução de seis problemas de processo, seleccionados de uma bateria de problemas desse tipo. Esses futuros professores foram seleccionados a pensar alto para que todo o processo de resolução verbalizado pudesse ficar registado em vídeo. Em concreto, este estudo pretendeu dar resposta ao seguinte problema de investigação: Os tipos de problemas influenciarão os processos metacognitivos de futuros professores de Matemática, enquanto resolvem uma variedade de problemas e permitirão as videogravações o registo desses processos metagognitivos? O estudo contou com a participação de dois grupos de três alunos de um Curso de Formação de Professores de uma Escola Superior de Educação portuguesa e a sua formação baseou-se na resposta a um questionário sobre a resolução de problemas e sobre o trabalhar dessa temática em grupo. Resultou um grupo A, cujos alunos evidenciaram ser bons resolvedores de problemas e gostavam de os resolver em grupo e, um grupo B, cujos alunos evidenciavam ser mais fracos na resolução de problemas e com menos motivação para o trabalhar em grupo esta temática. Ambos os grupos resolveram os seis problemas de processo, envolvendo cada um deles um estratégia específica de resolução e todas as suas intervenções orais foram registadas em vídeo com posterior transcrição para o papel para se proceder à sua análise. A análise de conteúdo desses registos baseou-se nas quatro categorias do modelo de Lester (1985): Orientação, Organização, Execução e Verificação. No caso das resoluções escritas dos problemas, estes foram analisadas através da escala holística focada de Charles et al. (1987). Os resultados obtidos deixa-nos alguma apreensão no que diz respeito ao sucesso da resolução dos problemas. De facto, o grupo A só resolveu correctamente um dos seis problemas e o grupo B, dois. Em termos gerais, verificou-se que independentemente do tipo de problemas, a categoria onde se registou maior número de intervenções metacognitivas foi a Verificação. Em termos de desempenho metacognitivo, o grupo B mostrou ser mais reflexivo do que o grupo A, pois interveio metagognitivamente sempre muito mais do que o grupo A, se se exceptuar o problema nº 1. Os grupos evidenciaram uma diferença importante entre si que consistiu no facto de o grupo A dedicar menor número de intervenções metacognitivas ai nível da concepção de planos de resolução e de selecção de estratégias adequadas à resolução dos problemas (categoria Organização), enquanto que o grupo B dedicou menor número de intervenções metacognitivas ao nível da compreensão dos problemas (categoria Orientação). Atendendo ao reduzido número de problemas envolvidos, estes resultados carecem, naturalmente, de outros estudos posteriores que venham ou não confirmar esta tendência. Por estes motivos, podemos dizer que, relativamente ao nosso problema de investigação, parece não haver uma relação muito estreita entre tipos de problemas e desempenhos metacognitivos, contudo, verificou-se que o registo vídeo assumiu um papel insubstituível para a análise e compreensão de todo o processo mental envolvido por cada grupo na resolução dos problemas. Os resultados, apontam, pois, para a necessidade de realização de estudos posteriores que venham confirmar algumas das conclusões obtidas.
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