Type
conferenceObject
Creator
Identifier
SIMÕES, M.P. ; FERREIRA, D. ; SANTOS, C. ; BARATEIRO, A. ; RAMOS, C.; FRAGOSO, P. ; SANDRA, L. ; SILVA, I.C. ; VARENNES, A. (2015) - Manutenção do solo com cobertura com manta Ecoblanket em pomar de pessegueiros da Beira Interior. In Jornadas Potencial Técnico e Científico do IPCB, 3, Castelo Branco, 25 de Novembro. Castelo Branco : IPCB. ESACB.
Title
Manutenção do solo com cobertura com manta Ecoblanket em pomar de pessegueiros da Beira Interior.
Subject
Prunus persica
Manutenção do solo
Temperatura
Humidade
Condutividade elétrica
Beira Interior
Manutenção do solo
Temperatura
Humidade
Condutividade elétrica
Beira Interior
Date
2017-11-22T23:22:30Z
2017-11-22T23:22:30Z
2015
2017-11-22T23:22:30Z
2015
Description
Comunicação da qual só está disponível o resumo.
As operações de manutenção do solo podem ser realizadas de diferentes formas interferindo, não só no controlo de infestantes, mas também ao nível das árvores e do ecossistema. Estas operações têm efeito ao nível do solo no que diz respeito ao teor de matéria orgânica, teor de humidade, diversidade e quantidade de microrganismos. Dada a pequena longevidade dos pomares de pessegueiro, que se situa em média entre 10 a 12 anos, verifica-se uma constante renovação dos pomares por parte dos fruticultores [1]. Em pomares novos não é aconselhada a aplicação de herbicidas na linha pelo risco de contacto do herbicida com os órgãos verdes das plantas, pelo que são utilizadas outras técnicas nomeadamente: i) Técnicas de mobilização, muitas vezes efetuadas de forma manual (sacha), que para além de poderem provocar feridas nas jovens plantas, aceleram a degradação da matéria orgânica, aspeto bastante negativo uma vez que os solos dos pomares de pessegueiros apresentam um teor médio de MO de 1,5% [2]; ii) Técnicas de corte das infestantes na linha através da utilização de motorroçadoras. Este método exige a utilização de tubos individuais de proteção das plantas e cuidados em termos de segurança no trabalho, tornando-se dispendioso e moroso. Esta técnica exige sucessivas intervenções uma vez que permite controlar mas não eliminar a competição das infestantes, isto porque se cortes não ocorrerem antes da floração e produção de sementes levam à sua disseminação [3]; iii) Utilização de cobertura do solo com diversos materiais, que podem ser orgânicos ou inorgânicos, sendo mais frequente o uso de tela plástica, que apresenta efeito na disponibilidade de nutrientes, na temperatura e na atividade microbiana. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da utilização da manta Ecoblanket em pomares de pessegueiro (Figura 1), não só nas condições de temperatura, humidade e salinidade do solo, a 5 cm, como no desenvolvimento de infestantes e no crescimento das plantas do pomar. À semelhança dos resultados alcançados com a utilização da manta na produção de alface [4], observou-se que temperatura média não difere significativamente entre modalidades. Contudo existem diferenças na amplitude térmica registando-se uma média de amplitude térmica entre 9ºC e 10ºC no período de maio a julho na modalidade sem cobertura, enquanto na modalidade com manta Ecoblanket a amplitude térmica se situa entre 4ºC a 5ºC no mesmo período. Relativamente às infestantes observou-se um efeito muito positivo no seu controlo, embora o material que constitui a manta não seja completamente estanque e haja infestantes que conseguem emergir através de pequenas ruturas que surgem. No entanto, se houver um controlo pontual e dirigido na fase inicial do desenvolvimento dessas infestantes é possível retirar o máximo partido deste tipo de manutenção do solo. Relativamente às espécies de infestantes presentes verifica-se que Chenopodium album e Poligonum aviculare são ubíquas. A presença de grama (Cynodon dactylon) e de linguinha (Rumex acetosella) deverá exigir particular atenção no primeiro ano de instalação dada a sua capacidade de cobrir o solo e a sua resistência às diferentes técnicas de manutenção do solo, conseguindo romper a manta com alguma facilidade. Será necessário continuar a monitorizar o desenvolvimento das infestantes para avaliar a capacidade de controlo da grama com a utilização da manta Ecoblanket.
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As operações de manutenção do solo podem ser realizadas de diferentes formas interferindo, não só no controlo de infestantes, mas também ao nível das árvores e do ecossistema. Estas operações têm efeito ao nível do solo no que diz respeito ao teor de matéria orgânica, teor de humidade, diversidade e quantidade de microrganismos. Dada a pequena longevidade dos pomares de pessegueiro, que se situa em média entre 10 a 12 anos, verifica-se uma constante renovação dos pomares por parte dos fruticultores [1]. Em pomares novos não é aconselhada a aplicação de herbicidas na linha pelo risco de contacto do herbicida com os órgãos verdes das plantas, pelo que são utilizadas outras técnicas nomeadamente: i) Técnicas de mobilização, muitas vezes efetuadas de forma manual (sacha), que para além de poderem provocar feridas nas jovens plantas, aceleram a degradação da matéria orgânica, aspeto bastante negativo uma vez que os solos dos pomares de pessegueiros apresentam um teor médio de MO de 1,5% [2]; ii) Técnicas de corte das infestantes na linha através da utilização de motorroçadoras. Este método exige a utilização de tubos individuais de proteção das plantas e cuidados em termos de segurança no trabalho, tornando-se dispendioso e moroso. Esta técnica exige sucessivas intervenções uma vez que permite controlar mas não eliminar a competição das infestantes, isto porque se cortes não ocorrerem antes da floração e produção de sementes levam à sua disseminação [3]; iii) Utilização de cobertura do solo com diversos materiais, que podem ser orgânicos ou inorgânicos, sendo mais frequente o uso de tela plástica, que apresenta efeito na disponibilidade de nutrientes, na temperatura e na atividade microbiana. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da utilização da manta Ecoblanket em pomares de pessegueiro (Figura 1), não só nas condições de temperatura, humidade e salinidade do solo, a 5 cm, como no desenvolvimento de infestantes e no crescimento das plantas do pomar. À semelhança dos resultados alcançados com a utilização da manta na produção de alface [4], observou-se que temperatura média não difere significativamente entre modalidades. Contudo existem diferenças na amplitude térmica registando-se uma média de amplitude térmica entre 9ºC e 10ºC no período de maio a julho na modalidade sem cobertura, enquanto na modalidade com manta Ecoblanket a amplitude térmica se situa entre 4ºC a 5ºC no mesmo período. Relativamente às infestantes observou-se um efeito muito positivo no seu controlo, embora o material que constitui a manta não seja completamente estanque e haja infestantes que conseguem emergir através de pequenas ruturas que surgem. No entanto, se houver um controlo pontual e dirigido na fase inicial do desenvolvimento dessas infestantes é possível retirar o máximo partido deste tipo de manutenção do solo. Relativamente às espécies de infestantes presentes verifica-se que Chenopodium album e Poligonum aviculare são ubíquas. A presença de grama (Cynodon dactylon) e de linguinha (Rumex acetosella) deverá exigir particular atenção no primeiro ano de instalação dada a sua capacidade de cobrir o solo e a sua resistência às diferentes técnicas de manutenção do solo, conseguindo romper a manta com alguma facilidade. Será necessário continuar a monitorizar o desenvolvimento das infestantes para avaliar a capacidade de controlo da grama com a utilização da manta Ecoblanket.
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http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/
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