Econometria
Pinheiro, António Cipriano Afonso
1999
A convivência das crianças nos tempos não letivos no 1.º Ciclo do Ensino Básico
Type
masterThesis
Identifier
202214761
Title
A convivência das crianças nos tempos não letivos no 1.º Ciclo do Ensino Básico
Contributor
Pereira, Cristina Maria Gonçalves
Leitão, Maria Madalena Amaral Veiga
Leitão, Maria Madalena Amaral Veiga
Subject
Convivência
Tempos não letivos
Recreio
Desenvolvimento Social
1.º Ciclo do Ensino Básico
Coexistence
Non-school time
Playground
Social development
Primary education (1st Cycle of Elementary School)
Domínio/Área Científica::Ciências Sociais
Tempos não letivos
Recreio
Desenvolvimento Social
1.º Ciclo do Ensino Básico
Coexistence
Non-school time
Playground
Social development
Primary education (1st Cycle of Elementary School)
Domínio/Área Científica::Ciências Sociais
Date
2019-04-15T08:11:56Z
2019-04-15T08:11:56Z
2019-02-27
2019-04-15T08:11:56Z
2019-02-27
Description
Trabalho de Projeto apresentado à Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Castelo Branco para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Intervenção Social Escolar.
O recreio escolar é um contexto privilegiado para a socialização das crianças e para aprendizagens de competências transversais relacionadas com a cognição, motricidade e interação social. No recreio convivem umas com as outras mostrando emoções, trocando experiências e vivenciando diversos sentimentos. É também no recreio que as crianças selecionam os seus amigos para as acompanharem nas brincadeiras e atividades e agem e interagem perante diversas situações. O presente estudo tem como objetivo central compreender como se realiza a gestão dos tempos e espaços não letivos numa escola do 1º Ciclo do Ensino Básico e de que forma esse processo pode contribuir para o desenvolvimento social e emocional dos alunos. Foram delineados os seguintes objetivos intermédios: Analisar como se realiza a gestão dos espaços e dos tempos não letivos numa escola do 1º Ciclo do Ensino Básico; analisar o comportamento das crianças (envolvimento, iniciativa na seleção e gestão das atividades e tipo de interações sociais) nos espaços e tempos não letivos; refletir sobre o contributo dos espaços e tempos não letivos para o desenvolvimento social da criança. A observação direta das crianças durante as atividades no recreio, em atividades livres e, também, em atividades propostas pela animadora da escola, constituiu-se como o principal método de recolha de dados. Esta observação permitiu o preenchimento de grelhas, segundo a Escala de Envolvimento de Laevers (The Leuven Involvement Scale for Young Children (LIS-YC), a fim de avaliar o envolvimento e a iniciativa das crianças nas atividades realizadas durante o recreio. Participaram na investigação quarenta e oito crianças, sendo vinte e quatro raparigas distribuídas uniformemente pelos quatro anos de escolaridade e vinte e quatro rapazes distribuídos da mesma forma. As crianças da amostra tinham idades compreendidas entre os 6 e os 10 anos. Como recolha adicional de dados, foram ainda realizadas duas entrevistas semiestruturadas, uma à coordenadora da escola e a outra à animadora responsável pela dinamização de atividades no recreio. No que diz respeito às conclusões do nosso trabalho, verificámos elevados níveis de envolvimento e iniciativa das crianças nas atividades realizadas no recreio, não havendo diferenças significativas entre rapazes e raparigas, quer nas atividades livres e escolhidas pelas próprias crianças, quer nas atividades propostas pela animadora. Considerando que, no contexto atual, as crianças têm poucas oportunidades para desenvolver atividades lúdicas de forma espontânea e informal, os resultados encontrados evidenciam a necessidade de se encarar o recreio como um tempo e um espaço que potencia a socialização, mas também a capacidade de iniciativa e outras aprendizagens centrais para o desenvolvimento da criança. As crianças observadas gostam das atividades realizadas no recreio da escola, sentindo-se envolvidas na interação que estabelecem com os seus pares, sendo, por isso, um espaço primordial para a convivência entre elas. Nesse sentido, os responsáveis e gestores educativos devem preocupar-se em organizar espaços e materiais que potenciem atividades livres e/ou orientadas diversificadas e estimulantes no recreio.
School play (recreation) is a privileged context for children’s socialization and for their transversal learning skills related to cognition, motricity and social interaction. In the playground, children socialize with eachother, showing emotions, sharing experiences and living several feelings. It’s also in the playground where children choose their friends to play and go through activities together and act and interact towards several situations. The main objective of this study is to understand how the management of non-school time and spaces in a school in the 1st cycle of Basic Education is carried out and how this process can contribute to the social and emotional development of the students. The following intermediate objectives were outlined: Understanding how the management of non-school spaces and times is carried out in a school in the 1st Cycle of Basic Education; analyze the behavior of children (involvement, initiative in the selection and management of activities and type of social interactions) in non-school spaces and times; reflect on the contribution of non-school spaces and times to the child's social development. The direct observation of the children during the activities in the recreation, in free activities and also in activities proposed by the school cheerleader, was the main method of data collection. This observation allowed the completion of grids, according to the Leuven Involvement Scale for Young Children (LIS-YC), in order to assess children's involvement and initiative in recreational activities. In this study thirty-eight children participated: twenty-four of them being girls who were evenly distributed for four years of schooling and twenty-four boys were equally distributed. Children between the ages of 6 and 10 were used in this sample. Two interviews were given as an additional data collection, one of them towards the school’s coordinator and the other towards the animator responsible for the playground’s activities. In relation to the conclusions of our study, we found high levels of involvement and initiative of children in recreational activities, and there were no significant differences between boys and girls, either in the activities given or in the free activities chosen by the children themselves. Considering that, in the actual context, children have few opportunities to develop leisure activities in their own way, the results found emphasize the need to consider recreation as a time and space that improves socialization, and the ability to initiate other central learning for the child's development. Our study proved children like the activities that happen in the school playground, making them feel involved with their colleagues, making it a primordial space for their friendship (coexistence). In this way, educational managers should be concerned by organizing spaces and materials that encourage diversified and stimulating leisure and free activities.
O recreio escolar é um contexto privilegiado para a socialização das crianças e para aprendizagens de competências transversais relacionadas com a cognição, motricidade e interação social. No recreio convivem umas com as outras mostrando emoções, trocando experiências e vivenciando diversos sentimentos. É também no recreio que as crianças selecionam os seus amigos para as acompanharem nas brincadeiras e atividades e agem e interagem perante diversas situações. O presente estudo tem como objetivo central compreender como se realiza a gestão dos tempos e espaços não letivos numa escola do 1º Ciclo do Ensino Básico e de que forma esse processo pode contribuir para o desenvolvimento social e emocional dos alunos. Foram delineados os seguintes objetivos intermédios: Analisar como se realiza a gestão dos espaços e dos tempos não letivos numa escola do 1º Ciclo do Ensino Básico; analisar o comportamento das crianças (envolvimento, iniciativa na seleção e gestão das atividades e tipo de interações sociais) nos espaços e tempos não letivos; refletir sobre o contributo dos espaços e tempos não letivos para o desenvolvimento social da criança. A observação direta das crianças durante as atividades no recreio, em atividades livres e, também, em atividades propostas pela animadora da escola, constituiu-se como o principal método de recolha de dados. Esta observação permitiu o preenchimento de grelhas, segundo a Escala de Envolvimento de Laevers (The Leuven Involvement Scale for Young Children (LIS-YC), a fim de avaliar o envolvimento e a iniciativa das crianças nas atividades realizadas durante o recreio. Participaram na investigação quarenta e oito crianças, sendo vinte e quatro raparigas distribuídas uniformemente pelos quatro anos de escolaridade e vinte e quatro rapazes distribuídos da mesma forma. As crianças da amostra tinham idades compreendidas entre os 6 e os 10 anos. Como recolha adicional de dados, foram ainda realizadas duas entrevistas semiestruturadas, uma à coordenadora da escola e a outra à animadora responsável pela dinamização de atividades no recreio. No que diz respeito às conclusões do nosso trabalho, verificámos elevados níveis de envolvimento e iniciativa das crianças nas atividades realizadas no recreio, não havendo diferenças significativas entre rapazes e raparigas, quer nas atividades livres e escolhidas pelas próprias crianças, quer nas atividades propostas pela animadora. Considerando que, no contexto atual, as crianças têm poucas oportunidades para desenvolver atividades lúdicas de forma espontânea e informal, os resultados encontrados evidenciam a necessidade de se encarar o recreio como um tempo e um espaço que potencia a socialização, mas também a capacidade de iniciativa e outras aprendizagens centrais para o desenvolvimento da criança. As crianças observadas gostam das atividades realizadas no recreio da escola, sentindo-se envolvidas na interação que estabelecem com os seus pares, sendo, por isso, um espaço primordial para a convivência entre elas. Nesse sentido, os responsáveis e gestores educativos devem preocupar-se em organizar espaços e materiais que potenciem atividades livres e/ou orientadas diversificadas e estimulantes no recreio.
School play (recreation) is a privileged context for children’s socialization and for their transversal learning skills related to cognition, motricity and social interaction. In the playground, children socialize with eachother, showing emotions, sharing experiences and living several feelings. It’s also in the playground where children choose their friends to play and go through activities together and act and interact towards several situations. The main objective of this study is to understand how the management of non-school time and spaces in a school in the 1st cycle of Basic Education is carried out and how this process can contribute to the social and emotional development of the students. The following intermediate objectives were outlined: Understanding how the management of non-school spaces and times is carried out in a school in the 1st Cycle of Basic Education; analyze the behavior of children (involvement, initiative in the selection and management of activities and type of social interactions) in non-school spaces and times; reflect on the contribution of non-school spaces and times to the child's social development. The direct observation of the children during the activities in the recreation, in free activities and also in activities proposed by the school cheerleader, was the main method of data collection. This observation allowed the completion of grids, according to the Leuven Involvement Scale for Young Children (LIS-YC), in order to assess children's involvement and initiative in recreational activities. In this study thirty-eight children participated: twenty-four of them being girls who were evenly distributed for four years of schooling and twenty-four boys were equally distributed. Children between the ages of 6 and 10 were used in this sample. Two interviews were given as an additional data collection, one of them towards the school’s coordinator and the other towards the animator responsible for the playground’s activities. In relation to the conclusions of our study, we found high levels of involvement and initiative of children in recreational activities, and there were no significant differences between boys and girls, either in the activities given or in the free activities chosen by the children themselves. Considering that, in the actual context, children have few opportunities to develop leisure activities in their own way, the results found emphasize the need to consider recreation as a time and space that improves socialization, and the ability to initiate other central learning for the child's development. Our study proved children like the activities that happen in the school playground, making them feel involved with their colleagues, making it a primordial space for their friendship (coexistence). In this way, educational managers should be concerned by organizing spaces and materials that encourage diversified and stimulating leisure and free activities.
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