Type
other
Creator
Identifier
ALEGRIA, Cristina Maria Martins (2022) - Sistemas de Informação Geográfica em planeamento e gestão florestal. Lisboa : Universidade Aberta. 61 p. Provas públicas.
Title
Sistemas de Informação Geográfica em planeamento e gestão florestal
Subject
Pinheiro-bravo
Eucalipto
Paisagem
Biodiversidade
Perigo de incêndio
Eucalipto
Paisagem
Biodiversidade
Perigo de incêndio
Date
2023-04-19T09:56:47Z
2023-04-19T09:56:47Z
2022
2023-04-19T09:56:47Z
2022
Description
Lição proferida na Universidade Aberta no âmbito das Provas Públicas para a obtenção do título de agregado. O documento depositado é constituído por dois ficheiros: a lição propriamente dita e o relatório concomitante.
A presente lição sobre um problema integra-se nas provas para a obtenção do título de agregado requeridas à Universidade Aberta de Lisboa (UAb), na área científica de “Sustentabilidade, Ambiente, e Alterações Globais”, subárea de “Gestão Sustentável de Recursos”. Esta lição é subordinada ao tema “Sistemas de Informação Geográfica em planeamento e gestão florestal” tendo como objetivo responder às seguintes questões: (1) como têm evoluído as áreas das espécies da floresta em Portugal Continental, particularmente as de pinheiro-bravo e eucalipto, e qual o papel dos incêndios rurais nas mudanças operadas; (2) qual a distribuição atual e potencial da floresta de pinheiro-bravo e de eucalipto e qual será o impacto das alterações climáticas nas suas distribuições potenciais futuras; (3) como fazer a planificação integrada da paisagem ao nível local promovendo a multifuncionalidade dos espaços florestais e mitigando o perigo de incêndio. Da análise de mudanças na ocupação e uso do solo mostrou-se que o aumento dos eucaliptais tem sido possível, essencialmente, à custa da arborização com novas plantações de eucalipto nas áreas ardidas de pinheiro-bravo. Devido aos incêndios, a floresta de pinheiro-bravo não só tem perdido expressão, mas também, por ser atualmente constituída por povoamentos jovens, está a perder a sua capacidade de se regenerar naturalmente. Da modelação biofísica resultaram os mapas de distribuição atual, da produtividade e da distribuição potencial, no presente e no futuro em cenários de alterações climáticas, para o pinheiro-bravo e o eucalipto. Destes observou-se que existe atualmente um alto potencial para ambas as espécies, mas em cenários futuros de alterações climáticas prevê-se uma diminuição significativa deste potencial, e as áreas de maior potencial vão deslocar-se para norte e para o litoral do país. Os mapas produzidos vão permitir suportar recomendações para a seleção dos locais de maior aptidão para a arborização/rearborização destas espécies. Da planificação integrada da paisagem ao nível local resultou ser possível mapear o zonamento funcional da unidade de gestão (UG), mapear as áreas de aptidão potencial para as espécies a privilegiar, mapear a produtividade da espécie e mapear a compartimentação da UG para efeitos administrativos e para efeitos de gestão. A delimitação das parcelas de gestão para a regularização da produção (i.e., produção anual constante e à perpetuidade) apoia-se no modelo de silvicultura adotado da espécie. A delimitação e localização das parcelas de gestão é planeada de modo a obter uma paisagem com maior biodiversidade e resiliência aos riscos bióticos e abióticos. Do caso de estudo apresentado, resultou ser possível transformar uma paisagem dominada por florestas de pinheiro-bravo e eucalipto, através da regularização da produção da floresta de pinheiro-bravo permitindo que nas parcelas de gestão a corte em áreas de proteção se VI possa reconverter aquela espécie por carvalhos nativos, outras folhosas e outras resinosas. Com a proposta apresentada consegue-se uma melhoria do valor cénico e da biodiversidade da paisagem, bem como, a redução do perigo de incêndio e a diversificação da oferta de bens (produtos lenhosos e não lenhosos e serviços (e.g., produção, proteção, conservação e recreio).
info:eu-repo/semantics/draft
A presente lição sobre um problema integra-se nas provas para a obtenção do título de agregado requeridas à Universidade Aberta de Lisboa (UAb), na área científica de “Sustentabilidade, Ambiente, e Alterações Globais”, subárea de “Gestão Sustentável de Recursos”. Esta lição é subordinada ao tema “Sistemas de Informação Geográfica em planeamento e gestão florestal” tendo como objetivo responder às seguintes questões: (1) como têm evoluído as áreas das espécies da floresta em Portugal Continental, particularmente as de pinheiro-bravo e eucalipto, e qual o papel dos incêndios rurais nas mudanças operadas; (2) qual a distribuição atual e potencial da floresta de pinheiro-bravo e de eucalipto e qual será o impacto das alterações climáticas nas suas distribuições potenciais futuras; (3) como fazer a planificação integrada da paisagem ao nível local promovendo a multifuncionalidade dos espaços florestais e mitigando o perigo de incêndio. Da análise de mudanças na ocupação e uso do solo mostrou-se que o aumento dos eucaliptais tem sido possível, essencialmente, à custa da arborização com novas plantações de eucalipto nas áreas ardidas de pinheiro-bravo. Devido aos incêndios, a floresta de pinheiro-bravo não só tem perdido expressão, mas também, por ser atualmente constituída por povoamentos jovens, está a perder a sua capacidade de se regenerar naturalmente. Da modelação biofísica resultaram os mapas de distribuição atual, da produtividade e da distribuição potencial, no presente e no futuro em cenários de alterações climáticas, para o pinheiro-bravo e o eucalipto. Destes observou-se que existe atualmente um alto potencial para ambas as espécies, mas em cenários futuros de alterações climáticas prevê-se uma diminuição significativa deste potencial, e as áreas de maior potencial vão deslocar-se para norte e para o litoral do país. Os mapas produzidos vão permitir suportar recomendações para a seleção dos locais de maior aptidão para a arborização/rearborização destas espécies. Da planificação integrada da paisagem ao nível local resultou ser possível mapear o zonamento funcional da unidade de gestão (UG), mapear as áreas de aptidão potencial para as espécies a privilegiar, mapear a produtividade da espécie e mapear a compartimentação da UG para efeitos administrativos e para efeitos de gestão. A delimitação das parcelas de gestão para a regularização da produção (i.e., produção anual constante e à perpetuidade) apoia-se no modelo de silvicultura adotado da espécie. A delimitação e localização das parcelas de gestão é planeada de modo a obter uma paisagem com maior biodiversidade e resiliência aos riscos bióticos e abióticos. Do caso de estudo apresentado, resultou ser possível transformar uma paisagem dominada por florestas de pinheiro-bravo e eucalipto, através da regularização da produção da floresta de pinheiro-bravo permitindo que nas parcelas de gestão a corte em áreas de proteção se VI possa reconverter aquela espécie por carvalhos nativos, outras folhosas e outras resinosas. Com a proposta apresentada consegue-se uma melhoria do valor cénico e da biodiversidade da paisagem, bem como, a redução do perigo de incêndio e a diversificação da oferta de bens (produtos lenhosos e não lenhosos e serviços (e.g., produção, proteção, conservação e recreio).
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