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Objetivo: Relacionar as alterações da mobilidade funcional, contribuidoras para o risco de queda, com a polimedicação e a toma de medicação psicotrópica.
Materiais e métodos: É um estudo correlacional não experimental e com uma amostra de conveniência de 37 indivíduos com idades compreendidas entre os 55 e os 96 anos de ambos os géneros. O estudo decorreu no ano letivo de 2018/2019, em instituições do Norte e Centro de Portugal.
Foram realizadas recolhas de dados relativos à mobilidade funcional através do Timed Up & Go Test (TUG) e relativos à medicação dos participantes. Para o tratamento dos dados e análise estatística foi utilizado o software Statistical Package for Social Sciences (SPSS) para o Windows 10.
Resultados: Observam-se correlações moderadas entre a idade e o tempo percorrido na TUG (r=0,6), o número de medicamentos tomados (r=0,59) e o score da Medication Fall Risk Score (MFRS) (r=0,42). A ocorrência de quedas nos últimos 6 meses está moderadamente relacionada com o número de medicamentos diferentes tomados por dia
(r=0,44), com o MFRS (r=0,44) e com a toma de medicação de nível 3 para o risco de queda (r=0,39). O número de medicamentos diferentes tomados por dia tem correlação alta com a MFRS (r=0,86) e moderada com a toma de medicamentos nível 3 (r=0,61).
Também o MFRS tem correlação alta com o número de medicamentos tomados de nível 3 (r=0,76). Registou-se não haver significado estatístico entre a idade e o número de quedas nos últimos 6 meses e o número de fármacos de nível 3. Também a correlação entre o tempo percorrido no TUG e o número de quedas nos últimos 6 meses, o número de medicamentos tomados por dia, o MFRS e o número de fármacos nível 3 provou não ter significado estatístico. Não se verificam diferenças estatisticamente significativas entre os sujeitos com e sem risco de queda em nenhuma variável.
Conclusão: A partir dos resultados obtidos, pode-se concluir que a polimedicação e a medicação psicotrópica influenciam diretamente a ocorrência de quedas, mas não revelaram relação com o tempo de realização do TUG e com a presença de risco de queda.
Trabalho de Projeto apresentado à Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Castelo Branco para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Gerontologia Social.
Trabalho de Projeto apresentado à Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Castelo Branco para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Gerontologia Social.
Nas últimas décadas, as sociedades têm suportado um grande desafio: o envelhecimento da população. As principais razões podem estar relacionadas com a diminuição da taxa de fecundidade, aumento da esperança média de vida, melhoria nos cuidados de saúde e pela incorporação de hábitos de vida mais saudáveis. Presentemente, a sociedade digital implica que todos os cidadãos sejam dotados de competências digitais. Neste caso, em particular, e dado que a população idosa é referenciada como uma população infoexcluída, é urgente criar condições para que se promova a sua inclusão digital que lhes permitirá uma verdadeira inclusão social, proporcionando assim um melhor envelhecimento ativo. Atendendo à degeneração fisiológica e cognitiva associada ao envelhecimento, é importante que se promovam iniciativas que previnam situações que possam aumentar as demências junto dos idosos. Este artigo apresenta os resultados de uma investigação que pretendeu averiguar se a utilização das aplicações digitais (APPs) Peak &Neuronation podem contribuir para o envelhecimento ativo dos idosos, no que diz respeito ao treino cognitivo que as mesmas proporcionam. Foram envolvidos 18 idosos da USALBI (Universidade Sénior Albicastrense), onde se efetuou uma observação não-participante em 12 sessões práticas. Foi também envolvido um especialista em Gerontologia Social e um especialista na área das TIC, através de entrevistas semiestruturadas a fim de averiguar as suas opiniões referentes às aplicações digitais envolvidas no estudo. Após a triangulação dos dados é possível afirmar-se que as opiniões recolhidas foram consensuais relativamente à mais valia das APPs Peak & Neuronation no treino cognitivo, onde se envolveram as valências de memória; linguagem; agilidade mental; raciocínio; velocidade; flexibilidade; coordenação; atenção; foco; concentração; perceção; resolução de problemas; cálculos mentais; emoção e força de vontade. Decorrente da análise dos dados, constatou-se que as APPs podem ser referenciadas como ferramentas digitais no âmbito do treino cognitivo dos idosos
O estudo analisou 16 entrevistas semiestruturadas a idosos de um centro de dia (LA), concelho de Castelo Branco. Utilizamos a metodologia de análise de conteúdo, holística ao conteúdo narrativo e do discurso do sujeito social. Demonstrou-se que o elemento mais importante da alimentação ou comida coletiva para idosos é a convivência, amizade com os companheiros/as e a sociabilidade/socialização, mais que o tipo de comida servida.
Introdução: A hipotensão ortostática é caraterizada como uma condição clínica que afeta maioritariamente a população sénior e manifesta-se pela queda dos valores da pressão arterial após a passagem à ortostasia. Esta condição é ainda associada a um alto risco de mortalidade e morbilidade.
Objetivos: Verificar se a sintomatologia após ortostatismo está associada à presença de hipotensão ortostática, bem como identificar indivíduos com hipotensão ortostática. Adicionalmente, perceber se existe relação entre a hipotensão ortostática e comorbilidades/terapêutica medicamentosa.
Métodos: Trata-se de um estudo analítico, transversal e observacional, cuja amostra é constituída por 95 indivíduos, dos quais 73,7% pertencem ao sexo feminino e 26,3% ao sexo masculino, com idades entre os 65 e os 99 anos.
A recolha de dados ocorreu durante o mês de abril. Era efetuada uma avaliação da pressão arterial em decúbito, e duas após o 1º e o 3º minuto de ortostasia. Foi também realizado um questionário acerca de fatores de risco cérebro e cardiovasculares e acerca de antecedentes pessoais de doença cardíaca e acidente vascular cerebral.
Resultados: A prevalência de hipotensão ortostática encontrada foi de 5,3%, dos quais 4,2% eram do sexo feminino e 1,1% do sexo masculino. A classe de idades que apresentou uma prevalência mais elevada foi a classe dos 85 aos 94 anos (3,2%). Os fatores de risco cardiovasculares mais frequentemente encontrados foram a hipertensão arterial e o sedentarismo, apresentando uma prevalência de 62,1% e 38,9% respetivamente.
Discussão: Não foram encontradas significâncias estatísticas entre as variáveis avaliadas e a ocorrência de hipotensão ortostática, apesar de existir algum grau de associação entre a ocorrência de hipotensão ortostática e a presença de HTA (p=0,054) e idades mais avançadas (p=0,074).
Conclusão: Verificou-se que a prevalência de hipotensão ortostática obtida se encontra abaixo da prevalência encontrada noutros estudos portugueses.
Trabalho de Projeto apresentado à Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Castelo Branco para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre Gerontologia Social.
Dissertação apresentada à Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Castelo Branco, com vista à obtenção do grau de Mestre em Educação Física na Especialidade de Gerontomotricidade.
Dissertação apresentada à Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Castelo Branco para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Atividade Física.
O envelhecimento determina a necessidade de intervenções no âmbito da promoção da saúde. Com o avançar da idade, a deterioração estrutural e funcional ocorre na maioria dos sistemas fisiológicos, mesmo na ausência de doença. Alterações do equilíbrio, mobilidade limitada e medo de quedas são frequentemente mencionados como principais factores de risco de quedas, contribuindo para o risco de fracturas, admissões hospitalares, requisição de cuidadores, institucionalização e até morte. A evidência sugere que a actividade física regular traz benefícios substanciais à saúde dos idosos.
Materiais e Métodos
Estudo comparativo e longitudinal. Amostra de conveniência, constituída por 25 indivíduos, residentes na comunidade. Os sujeitos foram incluídos num dos grupos em estudo (protocolo de classe de movimento no solo - 9 indivíduos; protocolo de hidroterapia – 16 indivíduos). Foi aplicado previamente o MMSE, para avaliar a ausência de défice cognitivo nos adultos idosos. A média de idades dos participantes foi de 69,08 (±7,16) anos e o IMC de 28,56 (±3,49). Os instrumentos utilizados foram a Escala de Equilíbrio de Berg, a Falls Efficacy Scale, o Timed Up Test and Go, o SF-12-V2. A recolha de dados foi realizada no início e final da intervenção, que se realizou durante 4 semanas.
Resultados
Os grupos em estudo não apresentavam diferenças significativas antes da intervenção, com excepção da dimensão mental do SF-12-V2. Ambos os grupos revelaram melhorias significativas na dimensão física do SF-12-V2, no equilíbrio, no risco de quedas e na mobilidade. Na comparação entre grupos o grupo que realizou exercícios no solo apresenta maiores ganhos no equilíbrio e no risco de quedas, com diferenças estatisticamente significativas relativamente ao grupo que realizou hidroterapia.
Conclusão
A realização de um protocolo de exercícios no solo mostrou-se mais efectivo para o equilíbrio e o risco de quedas.
Part 3 : Method for testing symbol referent association : ISO 9186-3. - 14 p.
Disponível na Biblioteca da ESACB na cota C30-27452TFCNHQA.
Disponível na Biblioteca da ESACB na cota C30-26892TFCNHQA.
Disponível na Biblioteca da ESACB na cota C30-26867TFCNHQA.
A presente comunicação insere-se no âmbito de uma revisão de literatura que está a ser realizada numa investigação de Pós-Doutoramento relacionada com a importância das TIC para os cidadãos idosos com 65 e mais anos de idade. Neste momento, pretende-se despoletar uma discussão para que se encontrem pistas e propostas para que este grupo de cidadãos possam vir a ser, de facto, «info-incluidos». Para o efeito, apresenta-se uma contextualização da problemática que relaciona as TIC e os idosos passando-se, posteriormente, para uma reflexão crítica com propostas e sugestões que permitam que seja efectuada uma formação adequada para este grupo específico de cidadãos com 65 e mais anos de idade.
Abordamos a animação sociocultural como promotora da satisfação e qualidade de vida no processo de envelhecimento de 68 idosos, de 5 centros de dia rurais, na região de Castelo Branco (Portugal). Foi um estudo de metodologia qualitativa, longitudinal, descritivo, analítico e interpretativo, no ano de 2015-16. Nortearam-se os seguintes objetivos: Promover o nível de satisfação com atividades culturais; Desenvovler relações de convivência e autoestima; Melhorar o clima social institucional. Utilizámos como técnicas de recolha de dados as entrevistas (semiestrtuturadas) e observações participantes (registos em notas de campo) aos idosos, aos responsáveis e técnicos das instituções, para além da análise às variáveis sociodemográficas de caraterização dos sujeitos intervenientes. Aplicámos aos idosos um Programa de Atividades de Animação Sociocultural para melhorar o seu estado de ânimo, as suas relações interpessoais, a convivência institucional e a qualidade de vida. Compreendemos a realidade social destes sujeitos, analisando as suas necessidades e exigências e promovemos a sua participação no programa de atividades. Este Programa foi autoavaliado pelos protagonistas e responsáveis e técnicos dos centros de dia. Os resultados demonstraram o que os estudos teórico-práticos confirmam: a qualidade de vida aumenta à medida que os idosos realizam tarefas e atividades socioculturais periódicas de que gostam e são protagonistas. Houve uma melhoria na autoestima, na satisfação com a vida e no clima social e institucional, através da animação sociocultural.
Introdução: A Europa é uma das regiões mais envelhecidas do mundo e Portugal, em 2015, apresentava o 5º valor mais elevado do índice de envelhecimento e o 3º valor mais baixo do índice de renovação da população em idade activa. Os dados estatísticos dos Censos 2011, além de permitirem identificar as regiões portuguesas mais envelhecidas, possibilita quantificar o número de indivíduos com limitações e incapacidades em domínios relevantes para a intervenção dos fisioterapeutas.
Objectivos: Identificar nos dados dos censos 2011 os indicadores relevantes das características e necessidades das populações, que permitam o planeamento de serviços de fisioterapia adequados às necessidades das pessoas idosas e às zonas mais carenciadas.
Materiais e Métodos: Análise dos Censos 2011 referentes aos dados demográficos e às dificuldades sentidas pela população, com base nas questões relacionadas com incapacidades sensoriais, cognitivas, motoras e nas AVD’s e prevalência destas incapacidades nos grupos etários mais envelhecidos.
Resultados: Através da análise dos resultados dos Censo 2011 foi possível constatar que a população aumentou 2% comparativamente a 2001. Este fenómeno atinge, principalmente, a região interior do país, nomeadamente a região Centro e Alentejo, com uma percentagem da população com 65 anos ou mais a rondar os 24,3% e 22,5%, respectivamente. O número de indivíduos com incapacidades aumenta com a idade até à faixa etária dos 75-79 anos. É na população com mais de 65 anos que se encontra o maior número de dificuldades sendo a locomoção, identificada nos censos como “dificuldade em andar ou subir degraus”, a principal limitação apresentada. Os dados revelam diferenças entre homens e mulheres, bem como entre os grupos etários quinquenais.
Conclusão: A análise dos censos 2011 permite identificar as regiões do país com maior número de idosos com limitações ou incapacidade na locomoção e nas AVD’s, constituindo uma ferramenta de trabalho para o planeamento de cuidados de fisioterapia. As tendências demográficas de aumento da população idosa e de aumento da esperança média de vida, particularmente, no grupo com mais de 85 anos, abrem novas necessidades de prestação de cuidados e serviços relevantes para a população, onde a fisioterapia tem um papel fundamental.
Trabalho de Projeto apresentado à Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Castelo Branco para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Gerontologia Social.
Introdução: Um estilo de vida sedentário tem um grande impacto na população idosa, e por isso a participação em atividade física é importante para a função mental e física, aumentando a saúde e o bem-estar. Nos idosos a capacidade de execução de atividades de dupla-tarefa pode tornar-se crítica e a Nintendo Wii Fit pode ser utilizada como uma importante ferramenta que permite praticar exercícios que incluam a dupla-tarefa.
Objetivos: Determinar o efeito do treino em Nintendo Wii Fit na performance de dupla-tarefa, cognição, confiança no equilíbrio, estado de saúde e performance da realização das atividades instrumentais da vida diária em idosos.
Métodos: Foram incluídos um total de 18 participantes com idades de 75.17 ± 8.86 anos. Todos os participantes são mulheres, reformadas e que vivem em residência própria. O treino com a consola Wii foi constituído por sessões de 15 minutos com o jogo WiiFit, 2 vezes por semana durante 8 semanas consecutivas. O grupo foi avaliado antes e depois da intervenção e no follow-up de 3 e 6 meses. Os fatores sociodemográficos foram avaliados no início da intervenção (T0). A cognição, o estado de saúde geral, a confiança no equilíbrio, a performance das atividades instrumentais da vida diária e a dupla e múltipla tarefa foram avaliadas em todos os momentos.
Resultados: Os resultados mostram uma melhoria na componente mental do estado de saúde (P = .009) e no protocolo experimental (P = .013) entre T0 e T1. No intervalo de T2 e T3 existiu uma melhoria significativa na componente mental do estado de saúde (P = .023). Desde T0 a T3 os participantes mostraram melhorias estatisticamente significativas na componente do estado de saúde mental (P = .044) e no protocolo experimental de dupla-tarefa (P = .021).
Conclusão: O programa de treino em Nintendo Wii Fit resultou numa melhoria da performance de dupla-tarefa entre os idosos de uma pequena comunidade Portuguesa.
A saúde constitui uma área onde a informação disponível na internet tem incrementado e tem despertado muita procura junto dos cidadãos, tendo vindo a ser instalados comportamentos mais saudáveis. Neste particular, pretende-se abordar a importância da e-saúde no sentido de tornar os pacientes ‘mais’ informados. Os cidadãos mais idosos apresentam-se como um caso particular que necessita de uma maior atenção pelo facto da sua grande maioria se encontrar no grupo dos info-excluídos. Este artigo pretende destacar esta realidade para que se possam começar a tomar medidas para que a e-saúde possa constituir uma mais valia para ‘todos’ os cidadãos.
Trabalho Projeto apresentado à Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Castelo Branco para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Gerontologia Social.
O objetivo deste estudo foi verificar se existem diferenças na aptidão física (ApF) e no desenvolvimento cognitivo em idosos, comparando 2 grupos com diferentes níveis de atividade física supervisionada (AFS). Participaram no estudo 18 idosos (83,78±4.055 anos), de ambos os sexos, divididos em dois grupos, de acordo com a frequência da AFS. O grupo A, composto por 9 idosos praticantes de AFS, duas vezes por semana e o grupo B constituído por 9 idosos praticantes de AFS, 3 ou mais vezes por semana. Para caracterizar o nível de AF, foi aplicada uma adaptação do questionário de Telama et al. (1997). Avaliámos a ApF através do Functional Physical Fitness (Rikli & Jones, 1999), e os aspetos cognitivos através do Mini Mental State Examination, do Trail Making Test parte A e do D2 Test (Concentration Index). Os dados obtidos foram tratados com S.P.S.S. versão 23.0. Foi verificada a distribuição da normalidade dos dados (Shapiro-Wilk). Nenhuma das variáveis apresentou distribuição normal, sendo aplicado o teste de MannWhitney.
O grupo B obteve diferenças estatisticamente (p≤0,05) e resultados mais favoráveis nas variáveis "Alcançar atrás costas", "Dois minutos Step", "Trail Making Test part A" e "Concentration Index". Comparando os dois grupos de idosos ao nível da ApF e desenvolvimento cognitivo, existem apenas diferenças significativas na flexibilidade dos membros superiores, na aptidão cardiorrespiratória, na velocidade e atenção psicomotoras e no índice de concentração.
Segundo a WHO (2002), as sociedades estão a envelhecer, sendo possível
observar uma transformação demográfica sem precedentes na história da humanidade.
O sucesso das transformações sociais, ao acolherem o envelhecimento saudável, é
proporcional à precariedade dos mecanismos que dispomos para lidar com a velhice
frágil e dependente. É um facto que se acrescentou mais anos de vida à população em
geral; contudo, a inexorabilidade da velhice só poderá ser evitada se houver uma morte
prematura. Para muitos idosos, os últimos anos de vida são devastados pela doença
crónica, deficiência ou demência, e dependência maior. Do ponto de vista histórico da
humanidade, somos uma sucessão de gerações, cada vez mais velhas, amparadas pela
ilusão da renovação. O passado foi mais jovem que o presente, e o futuro terá ainda
mais idade. Este artigo pretende apresentar a reflexão acerca do envelhecimento
individual, realizada durante a investigação acerca da Promoção e Preservação da
Dignidade no contexto de cuidados em lares de idosos, realizada no contexto do
Doutoramento em Enfermagem da Universidade de Lisboa, Portugal.
O aumento exponencial do número de idosos das últimas décadas impõe novos desafios. O
envelhecimento é um processo natural que ocorre ao longo de toda a vida e, apesar de
bastante heterogéneo, acarreta uma panóplia de alterações biopsicossociais que potenciam
situações de maior fragilidade e vulnerabilidade, entre elas as quedas. Mundialmente, as
quedas são uma das principais causas de mortalidade e morbilidade nos idosos,
decorrentes de diversas causas: biológicas, comportamentais, ambientais e
socioeconómicas. A solidão e o isolamento são fatores que contribuem também para a sua
ocorrência, diminuindo a qualidade de vida dos idosos. Este trabalho pretende dar a
conhecer o protótipo de um dispositivo de detecção de quedas em pessoas idosas e os
seus benefícios. Materiais e métodos: O protótipo foi desenvolvido em contexto académico
no âmbito do projeto ZELAR@CB. Trata-se de um dispositivo de deteção de quedas de
dimensões e consumo reduzidos, alimentado por uma bateria, passível de ser utilizado
numa peça de vestuário ou acessório de acordo com a preferência do idoso. Usa um
acelerómetro que em caso de queda, detecta o evento e classifica-o como queda através de
algoritmos de inteligência artificial incorporados. Este dispositivo vem equipado com
tecnologia LoRa �� rede comparável à rede WIFI, contudo com maior alcance, até cerca de
10 km. Aliado à Internet das Coisas �� IOT �� tem a capacidade de reunir e transmitir um
conjunto de informações para um servidor na cloud. Esta arquitetura permite armazenar
dados, e em simultâneo, emitir um alerta ao cuidador (in)formal, sob a forma de mensagem
SMS ou de e-mail. O presente dispositivo permitirá reduzir o tempo decorrido entre a queda
e a chegada de auxílio, seja auxílio da pessoa mais próxima do idoso ou às pessoas que
mais rapidamente o podem ajudar, e consequentemente reduzir as consequências
decorridas da queda. A utilização de uma rede LoRa permite um maior alcance
comparativamente à rede Wi-Fi e restantes redes, pelo que o dispositivo poderá ser usado
no exterior da habitação, possibilitando aos idosos manter as suas atividades diárias.
Conclusão: A tecnologia atual pode ser usada na manutenção do bem-estar e qualidade de
vida dos idosos, contribuindo para a sua autonomia e independência, mesmo quando estes
vivem isolados. Este protótipo, ainda em fase experimental, beneficiará os idosos na medida
em que diminuirá o tempo entre a ocorrência da queda e a chegada de auxílio, reduzindo as
consequências e os recursos necessários ao tratamento e recuperação das quedas nesta
população. Este dispositivo, permitirá a perceção de maior segurança melhorando a
mobilidade e incentivando o Ageing in place.
Disponível na Biblioteca da ESACB na cota C30-28813TFCNHQA
Dissertação de Mestrado apresentada à Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Castelo Branco, para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Atividade Física.
Objective: To map lifelong learning activities for the elderly to understand how this paradigm has been incorporated into practical actions. Methodology: A scoping review type survey will be conducted in the literature published in English in five databases between the period 1972 to 2020. The mnemonic PCC (Population, Concept and Context) will guide the search strategy, the selection and extraction process of the studies, which will be conducted by two
authors independently. Peer-reviewed articles that present the conceptual notion of lifelong learning as the central theme of the study, the target audience of men and women aged 50 and over and the description of formal educational activities will be included for the analysis, non-formal and informal. The review will include articles with a
qualitative, quantitative or mixed methodological approach. The evidence will be organized in a specific form containing bibliometric data and the main characteristics of the studies, as well as specific information to answer the objectives of this scoping review. Results: will be presented in descriptive synthesis accompanied by tables and
diagrams
O capítulo tem como objetivo apresentar uma proposta de atividade que estimule o domínio cognitivo através de um treino a partir da utilização de uma App – Peak. Pretende-se que a utilização desta App proporcione atividades de treino cognitivo junto de adultos mais idosos em oito diferentes valências: memória, atenção, resolução de problemas, agilidade mental, linguagem, coordenação, criatividade e controle de emoção.
Introdução:
A Organização Mundial de Saúde define Saúde Sexual como um estado de completo bem-estar físico, emocional, mental e social associado à sexualidade, devendo os direitos sexuais de todas as pessoas ser respeitados, protegidos e satisfeitos. O reconhecimento destes direitos colide, muitas vezes, numa série de preconceitos e mitos relativamente aos idosos no que diz respeito à sexualidade na terceira idade uma vez que, para grande parte da nossa sociedade, os idosos são vistos como seres assexuadas e desprovidos de desejo ou necessidades sexuais.
Objetivos: Avaliar as atitudes e os níveis de conhecimento daqueles que cuidam dos idosos, num contexto institucional, em relação à sexualidade na terceira idade e quais as variáveis que podem influenciar ou determinar as dimensões avaliadas.
Metodologia: Estudo exploratório, comparativo e correlacional, com amostra por conveniência constituída por 329 cuidadores formais de 16 instituições de apoio a idosos do distrito de Castelo Branco. Na recolha de dados foi utilizado um questionário de caracterização sociodemográfico da amostra e a Aging Sexual Knowledge and Attitudes Scale que avalia os conhecimentos e atitudes em relação à sexualidade na terceira idade.
Resultados: Foi encontrada uma correlação positiva entre os níveis de conhecimentos e as atitudes e, de uma forma geral, os cuidadores apresentam bons níveis de conhecimentos e atitudes permissivas em relação à sexualidade na terceira idade, apesar de nenhum dos sujeitos ter recebido formação especifica na área da sexualidade na terceira idade. Os sujeitos mais velhos, com mais anos de experiência e com qualificações mais baixas apresentam menos conhecimentos e atitudes significativamente menos permissivas.
Conclusões: Existe uma forte relação entre os conhecimentos e as atitudes em relação à sexualidade na terceira idade. O perfil sociodemográfico, as habilitações e a experiência profissional apresentam relações significativas com os conhecimentos e atitudes avaliados, reforçando a necessidade de formação na área da sexualidade na terceira idade, como forma melhorar a qualidade dos serviços e o reconhecimento dos direitos das pessoas idosas.
Conciliar a longevidade com uma vida autónoma e independente constitui um importante objetivo
ligado ao envelhecimento da população. Isso mesmo foi assumido pela OMS (2002) ao considerar
o envelhecimento ativo como o principal objetivo das políticas direcionadas para os idosos.
Partindo do conceito de envelhecimento ativo (EA) utilizado pela OMS foi analisada a funcionalidade
das pessoas idosas, a sua relação com os determinantes do envelhecimento ativo e construído
um modelo de envelhecimento ativo para uma amostra de idosos residentes na comunidade.
Métodos: foram entrevistadas 306 pessoas idosas residentes na comunidade, através de um protocolo
de avaliação, para analisar os determinantes do envelhecimento ativo. Resultados: o modelo
de Envelhecimento Ativo para a população do distrito de Castelo Branco, é constituído por 6 fatores:
componente psicológica, saúde subjetiva, relações familiares, funcionalidade, satisfação com
os serviços e relações com amigos, explicando 65,9% da variância total: Conclusão: a maioria dos
elementos revela um elevado grau de funcionalidade, o que traduz a independência na realização de
grande parte das atividades da vida diária. Apresentam maior nível de dependência, em todas as
componentes, os indivíduos mais idosos. A principal componente do modelo de envelhecimento
ativo é a componente psicológica, explicando 30,9% da variância total.
Conciliar a longevidade com uma vida autónoma e independente constitui um importante objetivo
ligado ao envelhecimento da população. Isso mesmo foi assumido pela OMS (2002) ao considerar
o envelhecimento ativo como o principal objetivo das políticas direcionadas para os idosos.
Partindo do conceito de envelhecimento ativo (EA) utilizado pela OMS foi analisada a funcionalidade
das pessoas idosas, a sua relação com os determinantes do envelhecimento ativo e construído
um modelo de envelhecimento ativo para uma amostra de idosos residentes na comunidade.
Métodos: foram entrevistadas 306 pessoas idosas residentes na comunidade, através de um protocolo
de avaliação, para analisar os determinantes do envelhecimento ativo. Resultados: o modelo
de Envelhecimento Ativo para a população do distrito de Castelo Branco, é constituído por 6 fatores:
componente psicológica, saúde subjetiva, relações familiares, funcionalidade, satisfação com
os serviços e relações com amigos, explicando 65,9% da variância total: Conclusão: a maioria dos
elementos revela um elevado grau de funcionalidade, o que traduz a independência na realização de
grande parte das atividades da vida diária. Apresentam maior nível de dependência, em todas as
componentes, os indivíduos mais idosos. A principal componente do modelo de envelhecimento
ativo é a componente psicológica, explicando 30,9% da variância total.
A ideia de morte e perdas da perspectiva de idosos institucionalizados implicam questões quanto à finalidade da vida. A seguinte pesquisa aborda a percepção quanto à morte e à morte do outro em idosos de 2 lares residenciais (N=35). De metodologia mista (predominância qualitativa) e teor exploratório (analítico, descritivo e interpretativa), transversal e fenomenológico, inserida no Projeto Gerontológico do mestrado, os dados coletados baseiam-se na Escala Breve Perspectivas da Morte, Escala Geriátrica de Depressão de Yesavage; entrevistas semiestruturadas aos idosos; observação participante; notas campo. Utilizamos como tratamento de dados a triangulação. Resultados confirmam que as perspectivas da morte e morte do outro têm relação com o sentido de vida do idoso, ambiente institucional e vivências (medo, dor, sofrimento, isolamento), podendo desencadear em alguns deles sentimentos negativos/depressivos.
Disponível na Biblioteca da ESACB na cota C30-27369TFCNHQA.
Trabalho de Projeto apresentado à Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Castelo Branco para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Gerontologia Social.
Dissertação de Mestrado em Cuidados Paliativos apresentada à Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias do Instituto Politécnico de Castelo Branco.
Disponível na Biblioteca da ESACB na cota C30-27251TFCNHQA.
Objetivos: Avaliar e comparar os resultados obtidos de uma classe de movimento, relativamente à coordenação, independência, estado cognitivo e estado geral de saúde em idosos, com exercícios ritmados durante 8 semanas, duas vezes por semana.
Materiais e Métodos: Amostra de conveniência constituída por 23 idosos. Foi realizado um estudo comparativo entre o momento inicial (T0) e o momento final (T1) da realização da classe de movimento. Os resultados foram avaliados pelo TUG (para mobilidade), SF-12v2 (para o estado de saúde) Índice de Barthel (para independência), MMSE (para capacidade cognitiva) LEMOCOT (para coordenação de membro inferior), Groningen Fitness Test – Block Transfer Test modificado (para coordenação do membro superior) e pela realização de tarefas de movimento coordenado (para coordenação motora).
Resultados: Foram obtidos dados estatisticamente significativos (p≤0,05) para as variáveis de mobilidade, independência e coordenação motora, e uma melhoria, embora sem significado, no estado geral de saúde e capacidade cognitiva.
Conclusão: Pode-se concluir que após a implementação da classe de movimento proposta, ocorreram melhorias ao nível da mobilidade, independência e coordenação motora, bem como, apesar de menos relevante, no estado de saúde geral e capacidade cognitiva.
Trabalho de Projeto apresentado à Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Castelo Branco para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Gerontologia Social.
O problema da infoexclusão tem que constituir uma preocupação que envolva t odos os cidadãos sem exceção. A presente comunicação tem como principal objetivo alertar para a necessidade de se desenvolverem medidas práticas para que os cidadãos mais idosos com
65 e mais anos de idade passem a constituir o grupo dos infoincluídos uma vez que os
dados estatísticos os enquadram no grupo dos infoexcluídos. Para o efeito, serão apresentadas as principais iniciativas da União Europeia, assim como, as principais iniciativas nacionais para que este grupo de cidadãos possa desenvolver a litera cia e as competências digitais que lhes permitam utilizarem as Tecnologias/TIC no sentido de poderem incrementar a sua qualidade de vida.
Buscou‐se abordar a animação sociocultural como promotora da satisfação e qualidade de vida no processo de envelhecimento de 68 idosos, de cinco centros de dia rurais, na região de Castelo Branco (Portugal). Foi um estudo de metodologia qualitativa, longitudinal, descritivo, analítico e interpretativo, no ano de 2015. Nortearam‐nos os seguintes objetivos: promover o nível de satisfação com atividades culturais; desenvolver relações de convivência e autoestima; melhorar o clima social. Foi utilizado como técnicas de recolha de dados as entrevistas e observações aos idosos, responsáveis e técnicos, para além da análise às variáveis sociodemográficas de caraterização dos sujeitos intervenientes. Aplicou‐se aos idosos um programa de atividades de animação sociocultural para melhorar o estado de ânimo, as relações, a convivência e qualidade de vida. Compreendeu‐se a realidade social analisando as necessidades e exigências dos idosos e promoveu‐se a sua participação nas atividades. O programa foi autoavaliado pelos idosos e técnicas responsáveis dos centros. Os resultados demonstraram o que os estudos confirmam: a qualidade de vida aumenta à medida que os idosos realizam tarefas e atividades socioculturais periódicas de que gostam e são protagonistas. Houve uma melhoria na autoestima, na satisfação com a vida e no clima social e institucional, através da animação cultural
Trabalho de Projeto apresentado à Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Castelo Branco para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Gerontologia Social.
Introdução e Objetivos: Este estudo avaliou a adesão dos idosos a um programa de exercícios e sua efetividade nos ganhos de mobilidade, estado geral de saúde, função cognitiva, equilíbrio e níveis de atividade física.
Metodologia: Um programa de 8 semanas foi aplicado em 30 indivíduos de 3 localidades, sendo avaliados em t0 pelo TUG (mobilidade), SF-12 (estado geral de saúde), MMSE (cognição), Escala de Berg (equilíbrio) e IPAQ (níveis de atividade física) e em t1 (avaliação final). Duas das localidades foram avaliadas em t2 e t3, correspondendo aos follow-up de 3 e 6 meses. A adesão foi medida pela percentagem de faltas ao programa.
Resultados: A Escala de Berg apresenta ganhos significativos entre t0-t1 (p=0,008) e t0-t2 (p=0,026). O SF-12 (domínio mental) revela ganhos entre t0-t3 (p=0,043). O IPAQ revela significância nas atividades vigorosas e sedentárias (p=0,009; p=0,001). A participação das sessões foi de 82,08%.
Discussão: Em duas das localidades os indivíduos realizaram os exercícios em grupo, revelando ganhos no estado de saúde (domínio mental), equilíbrio e tempo em atividade vigorosa, com diminuição do tempo sedentário. Não houve ganhos na mobilidade, estado de saúde (domínio físico), função cognitiva e níveis de atividade física. A adesão ao programa foi elevada.
O presente estudo tem como objetivo principal conhecer a aptidão física funcional em dois grupos distintos de idosos (praticantes e não praticantes de atividade física organizada) do concelho de Pampilhosa da Serra. Saber se há diferenças ao nível da aptidão física entre um grupo que praticou atividade física organizada durante 9 meses (2x semana) e um grupo que não praticou e ainda saber se há diferenças ao nível da aptidão física entre os grupos de ginástica sénior das diferentes freguesias. A amostra foi constituída por 225 idosos com idades entre os 65 e 94 anos de idade. Na recolha de dados foi aplicada a bateria de testes Senior Fitness Test (Rikli y Jones, 2001). Os resultados demonstraram que os praticantes que tiveram atividade física organizada apresentaram em todos os testes melhores níveis de aptidão física. Entre os dois grupos encontrámos diferenças estatisticamente significativas em todas as provas aplicadas. Concluimos que a prática de atividade física organizada teve um impacto positivo na aptidão física dos idosos avaliados.
Trabalho de Projeto apresentado à Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Castelo Branco para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Atividade Física.
O aumento da esperança de vida, o fenómeno do envelhecimento populacional e as conquistas da saúde determinam a importância da problemática da sexualidade na terceira idade. O tema é hoje determinante para os idosos, mas também para os cuidadores formais e informais, para as famílias e para as organizações prestadoras de cuidados. Neste estudo comparam-se dois grupos de cuidadores (o primeiro apenas formal e o segundo formal e informal), avaliando-se os seus conhecimentos e atitudes relativamente à sexualidade das pessoas idosas, usando a escala ASKAS. Encontraram-se relações entre algumas variáveis sociodemográficas e as atitudes e os conhecimentos e algumas correlações entre atitudes e conhecimentos. Nos cuidadores formais que também prestam cuidados informalmente, esta correlação é alterada, existindo diferenças significativas com o grupo que apenas é cuidador formal, revelando o primeiro grupo atitudes menos permissivas relativamente à sexualidade das pessoas idosas.
O envelhecimento populacional, em uma sociedade cada vez mais digital faz com que seja necessário desenvolver estratégias para que os idosos possam se sentir incluídos de forma a poderem desfrutar
destas novas soluções tecnológico-digitais no seu processo de envelhecimento. Para o efeito, é fundamental que sejam desenvolvidos e implementados projetos que visem à inclusão digital dos idosos e, consequentemente, a inclusão social desse segmento populacional.
Neste sentido, deverão ser criadas todas as condições para que os idosos possam conhecer e aprender a utilizar os recursos digitais de forma a poderem utilizá-los em suas atividades diárias. Este artigo teórico pretende promover uma reflexão acerca das variáveis associadas à implementação e desenvolvimento de projetos/programas de inclusão digital para os idosos, nas seguintes vertentes: a) logística, ambiente físico e características e quantidade dos participantes; b) equipamentos tecnológicos e TIC; c) recursos analógicos. Da leitura do artigo ficará claro que um programa de formação em inclusão digital terá que ser formatado para uma população específica – os idosos – considerando-se um conjunto de características que implicam um cuidado especial e uma coerência que, para além de ser de cunho tecnológico-digital, tem que se precaver de variáveis de aspecto social e afetivo.
Disponível na Biblioteca da ESACB na cota C30-28812TFCNHQA.
A Santa Casa da Misericórdia de Castelo Branco possui um conjunto de edifícios contruídos entre 1526 e 2008, sendo atualmente utilizados como creche, asilo de idosos e centro de reabilitação médica. Tanto o ano de construção, como as diversas intervenções realizadas, traduzem-se na diversidade de soluções que se podem encontrar, dentro do mesmo edifício ou entre construções. Este trabalho teve como objetivo identificar a variedade de soluções construtivas existentes e analisar o nível de conforto dos utentes nos edifícios ocupados como lar de idosos. Foram desenhados inquéritos de conforto térmico, aplicados através de entrevista para garantir o seu entendimento pelos idosos, utilizando a escala ASHRAE, sendo os resultados comparados às soluções encontradas (algumas identificadas a partir de ensaios). Com os resultados foi possível identificar os espaços com maior necessidade de intervenção devido à percentagem de insatisfeitos, permitindo que as ações de reabilitação possam ser programadas e realizadas de forma faseada de acordo com as necessidades e disponibilidade financeira da instituição.
Dissertação apresentado à Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Castelo Branco para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Atividade Física.
Trabalho de Projeto apresentado à Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Castelo
Branco para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Gerontologia Social.
Nos ultimos anos tem-se vindo a assistir a uma conjugação, cada vez mais estreita, entre a Tecnologia e as diferentes áreas e serviços da presente sociedade do conhecimento. Para o efeito, podem-se dar vários exemplos que já se encontram perfeitamente integrados no nosso quotidiano, tais como: e-Government; e-Learning; e-Banking; e-Commerce ... e e-Saúde. A importância do prefixo 'e' vem tornar clara a intervenção de determinado serviço realizado a partir de uma plataforma e/ou a partir de um dispositivo digital. Contudo, pretende-se que estes novos serviços apoiados numa estrutura digital sejam mais que um simples 'acrescento'. Neste sentido, a presente comunicação tem como objetivos apresentar a importância e as principais potencialidades da e-Saúde para o cidadão comum. No entanto, considerando que Portugal e a União Europeia se encontram a atravessar um período de progressivo envelhecimento pretende-se, ainda nesta comunicação, focalizar a atenção para um grupo de cidadãos onde esta nova possibilidade pode vir a trazer uma real mais valia: os cidadãos mais idosos. E feita uma reflexão crítica acerca das principais barreiras a ultrapassar e as principais vantagens que os idosos poderão usufruir através de um sistema de saúde que privilegie a vertente de e-Saúde. No caso dos mais idosos, a possibilidade de poderem vir a usufruir das valências da e-Saúde vem implicar que este grupo de cidadãos, normalmente associado ao grupo dos info-excluídos, tenha que adquirir um conjunto de competências e de literacia digital que lhes venham a permitir a utilização e a manipulação destes dispositivos tecnológico-digitais transformando-os numa outra individualidade, a de «paciente informado».
Trabalho de Projeto apresentado à Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Castelo Branco, para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Atividade Física na especialização de Gerontomotricidade.
Documento disponível na Biblioteca da ESART na cota : 728 - 5108
O Relatório da ONU de 2019 vem reafirmar o que já há muito se antevia e se sentia no quer diz respeito às prospetivas associadas ao envelhecimento global da população mundial. Para o efeito, são analisadas e refletidas as tendências de envelhecimento global, regional e local e as respetivas consequências associadas aos conceitos de envelhecimento ativo e bem-sucedido. Dado que a presente sociedade é eminentemente digital são abordadas as valências que visam a infoinclusão da população mais envelhecida e que incluem a gerontecnologia, o desenho universal e a teoria para a aceitação da tecnologia. A apresentação dos conceitos, numa base crítica e reflexiva pretendem propor pistas e estratégias que visam a infoinclusão dos mais idosos de forma a proporcionar todas as condições para um melhor envelhecimento ativo e bem sucedido.
Trabalho de Projeto apresentado à Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Castelo Branco para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Atividade Física na especialização de Gerontomotricidade.
A hipotensão ortostática é caracterizada como uma condição clínica que afeta maioritariamente a população sénior e associada
a alto risco de mortalidade e morbibilidade.
Caracteriza-se por ser uma consequência direta das alterações fisiológicas provocadas pelo envelhecimento e pelos efeitos
colaterais associados à terapêutica. A manifestação clínica está relacionada com a queda dos valores pressóricos após a
passagem à ortostasia.
Esta patologia é pouco estudada na comunidade científica e subdiagnosticada na prática clínica, sendo absolutamente
essencial, tanto para os profissionais de saúde como para a população, que sejam desenvolvidos mais estudos com resultados
que comprovem a importância da hipotensão ortostática de forma a minorar o impacto negativo que esta patologia tem na
população sénior.
Desta forma, o objetivo deste estudo é realizar uma revisão sistemática da literatura, recorrendo a artigos encontrados na
plataforma PubMed, usando como palavras chave “Orthostatic Hypotension” AND “Elderly” AND “Gender” AND “Risk
Factors”.
Este estudo tem como objetivo avaliar o impacto da prática de atividade física (AF) na aptidão física funcional de idosos. A amostra, constituída por 348 idosos com idades compreendidas entre 61 e 97 anos de idade foi dividida em 2 grupos (254 praticantes de AF e 94 não praticantes de AF). A aptidão física foi avaliada seguindo o protocolo de testes da bateria de testes Senior Fitness Test (Rikli & Jones, 2001). Para além de estatística descritiva, foram utilizados os métodos estatísticos de Kolmogorov Smirnov, Mann-Whitney e Kruskal Wallis. Os resultados permitiram identificar diferenças estatisticamente muito significativas entre praticantes e não praticantes de AF. Os praticantes de AF apresentam médias significativamente superiores aos não praticantes. A prática de qualquer uma das modalidades (Hidroginástica, Ginástica) produz diferenças muito significativas para com o grupo de não praticantes, sendo as médias obtidas em qualquer um dos testes de aptidão física dos dois grupos de prática muito superiores ás do grupo de não praticantes. Verificam-se, ainda, diferenças estatisticamente significativas entre os praticantes de Hidroginástica e de Ginástica nos testes Sentado, caminhar 2,44 m e voltar a sentar e Caminhar 6 minutos, obtendo os praticantes de ginástica sénior melhores médias nestes dois testes.
A maioria das investigações têm vindo a demonstrar que a população 65+ anos apresenta valores de literacia digital e, consequente, uma utilização das TIC muito reduzida, comparativamente com os cidadãos mais jovens. Foi realizada uma investigação de pós-doutoramento no concelho de Castelo Branco com o objetivo de investigar qual o impacto das TIC, e-Saúde e e-Governo Local nas rotinas dos cidadãos idosos e no seu processo de envelhecimento. Veio comprovar-se que estes cidadãos podem ser considerados info-excluídos, havendo apenas 10.3% que utilizam o computador e 9.75% que utilizam a internet. No que respeita ao e-Governo Local e à e-saúde não se vislumbraram atitudes ou medidas especificas e objetivas para os idosos. A investigação veio demonstrar que, apesar dos serviços da administração pública cada vez mais tenham vindo a impor a utilização de plataformas digitais, há ainda cidadãos que são incapazes de realizarem um exercício pleno
da sua cidadania: inclusão social.
O envelhecimento da população é atualmente uma realidade inquestionável, é necessário que os idosos tenham uma aprendizagem ao longo da vida, resultando numa melhoria dos conhecimentos, aptidões e competências. As Universidades Seniores são um lugar privilegiado na educação não formal deste grupo etário. Assim sendo, este artigo tem como principal objetivo identificar o potencial educativo das redes sociais como ferramentas da Web 2.0 no processo de aprendizagem ao longo da vida. Baseia-se numa investigação realizada na Universidade sénior Albicastrense (USALBI) em que se recorreu a uma observação não participante de 13 alunos numa turma de informática no ano letivo 2010/2011, tendo em conta a sua vivência na aprendizagem do Facebook. Os resultados alcançados, permitiram constatar que as potencialidades das TIC e os recursos disponíveis na Web 2.0, nomeadamente o Facebook, contribuem como um complemento útil na aprendizagem ao longo da vida e favorecem a infoinclusão destes cidadãos idosos.