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Disponível na Biblioteca da ESACB na cota C30-27290TFCEBA.
Dissertação apresentada à Escola Superior de Agrária de Castelo Branco do Instituto Politécnico de Castelo Branco para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Inovação e Qualidade na Produção Alimentar.
Disponível na Biblioteca da ESACB na cota C30-29511TFCEV.
Disponível na Biblioteca da ESACB na cota C30-25957TFCEBA.
Relatório de Estágio apresentado à Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Castelo Branco para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Licenciado em Engenharia Biológica e Alimentar, do qual só está disponível o resumo.
Dissertação apresentada à Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Castelo Branco para obtenção do Grau de Mestre em Inovação e Qualidade na Produção Alimentar
Dissertação apresentada à Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Castelo Branco para obtenção do Grau de Mestre em Inovação e Qualidade na Produção Alimentar
Disponível na Biblioteca da ESACB na cota C30-27456TFCEZ.
Relatório do Trabalho de Fim de Curso de Engenharia das Ciências Agrárias – Ramo Animal.
Disponível na Biblioteca da ESACB na cota C30-20144TFCPAN.
Disponível na Biblioteca da ESACB na cota C30-16273TFCPAN.
Face às características da ovelha Merino da Beira Baixa, fraca produtora de leite apesar de explorada para tal, e aos custos alimentares, nomeadamente do concentrado comercial, no mercado regional começaram a ser introduzidos subprodutos do processamento agro-industrial a um preço mais convidativo. Assim, e por falta de dados técnicos, realizou-se um estudo em ovelhas lactantes ordenhadas dos 32 aos 150 dias de lactação e tendo como alimento base feno de aveia suplementado com polpa de citrinos, bagaço de soja e farinha de glúten de milho a 22% comparativamente a um concentrado comercial. O ensaio foi delineado segundo um modelo factorial 4x3 completamente casualizado com três blocos, ou seja foram criados quatro grupos de 9 ovelhas sujeitas a três níveis de suplementação, 25, 37.5 e 50% das necessidades totais em proteína bruta, perfazendo 36 animais. O controle foi individual pelo que cada ovelha funcionou como uma repetição. O ensaio foi repetido para minimizar ao máximo os possíveis factores de variação pelo que o número total de animais em estudo foi de 72. Após análise estatística dos dados verificou-se que não houve diferenças significativas entre os alimentos utilizados para os parâmetros em estudo, produção de leite, teor proteico e butiroso, embora economicamente o bagaço de soja se tenha mostrado o melhor apesar de ter uma duração da lactação menor. A polpa de citrinos foi a que apresentou piores resultados com uma maior persistência de lactação. Para este produto há quantidades limites a fornecer e que se situam em 1% do peso vivo. Só a partir do nível de suplementação a 50% os animais tiveram as suas necessidades em proteína bruta e energia satisfeitas.
Disponível na Biblioteca da ESACB na cota C30-16795TFCPAN.
Disponível na Biblioteca da ESACB na cota C30-25639TFCEZ.
Disponível na Biblioteca da ESACB na cota C30-19941TFCPAN.
Disponível na Biblioteca da ESACB na cota C30-20732TFCPAN.
Relatório do Trabalho de Fim de Curso de Engenharia Florestal.
Relatório de Estágio apresentado à Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Castelo Branco para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Licenciado em Engenharia Biológica e Alimentar, do qual só está disponível o resumo.
O estudo do engagement apresenta-se como muito importante em profissões que lidam directamente com o público. O engagement surge como a capacidade que o ser humano apresenta de retirar situações positivas do seu trabalho. Apresenta-se como um conceito relativamente novo, integrado na nova corrente psicológica, designada de psicologia positiva, que tenta avaliar o lado positivo da componente humana. É constituído por três dimensões como o vigor, a dedicação e a eficácia no trabalho. O vigor caracteriza- -se por altos níveis de energia enquanto se desenvolve a profissão, de um forte desejo de esforço durante o trabalho e de resistência. Por seu lado a dedicação diz respeito a altos níveis de significado atribuído ao trabalho, entusiasmo e dedicação, referindo-se especificamente à identificação do trabalhador com o trabalho que realiza. A eficácia caracteriza-se por o trabalhador estar completamente concentrado na sua tarefa, pela atenção focalizada, claridade mental e gozo na realização das tarefas. No nosso caso concreto, decidimos pelo estudo desta problemática nos docentes de uma Escola Superior de Saúde. Obtiveram-se valores muito positivos relativos às três sub-dimensões, remetendo-nos para níveis de capacidade de trabalho muito elevados, por parte dos professores, que se reflectirão, em último caso, na formação académica dos alunos e mais tarde no desempenho profissional destes.
O colostro de vaca é uma secreção láctea que contém substâncias sintetizadas na própria mama e constituintes do soro sanguíneo. Acumula-se na glândula mamária durante o período em que a vaca está seca. A sua função é a transmissão de anticorpos contra agentes infecciosos, indispensáveis à protecção do vitelo recém-nascido. No entanto, como a quantidade de colostro produzido por uma vaca Holstein Friesian durante os primeiros 5 dias de lactação ultrapassa largamente a quantidade que o vitelo é capaz de ingerir no mesmo período de tempo, o excesso de colostro pode ser conservado à temperatura ambiente por fermentação natural e utilizado como alimento lácteo substituto do leite materno. Além da utilização do colostro fermentado naturalmente, o sistema de aleitamento de vitelos proposto prevê apenas uma refeição diária de alimento lácteo, a distribuição de concentrado e feno a partir do 4.º dia de aleitamento e o desmame precoce aos 28 dias de vida. Esta técnica de aleitamento utilizando colostro fermentado naturalmente, permite reduzir consideravelmente as despesas inerentes à fase de aleitamento de vitelos leiteiros sem afectar o crescimento dos animais.
Disponível na Biblioteca da ESACB na cota C30-16261TFCPAN.
Relatório de Estágio apresentado à Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Castelo Branco para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Licenciado em Nutrição Humana e Qualidade Alimentar.
Relatório do Trabalho de Fim de Curso de Engenharia das Ciências Agrárias – Ramo Animal.
O quadro dos serviços que mais directamente interessam a um país estão, indubitavelmente, o da protecção e prevenção do Estado à infância desvalida, marginalizada e delinquente, através de instituições e serviços oficiais que exerçam uma eficaz e constante vigilância em ordem a impedir a propagação de desvios e comportamentos anti-sociais. Em geral, segundo o autor, esses serviços envolvem toda uma obra de administração, incidindo nos fundamentos mesmos da sociedade e constituindo um âmbito importante da assistência pública. Para Martins a preservação das crianças contra os perigos morais e delitivos desdobrou-se no âmbito do direito penal (jurídico-penal), pelo problema da responsabilidade dos menores (discernimento) e ao âmbito da assistência social e educativa de corrigir e educar esses menores. Esses serviços aos menores e, também, aos adultos, só na 1ª República (1910-1926) logrou ter uma organização adequada à imediata e necessária intervenção (preventiva e correccional) que ao Estado incumbe, que desde os séculos XV e XVI esteve confiado a instituições de índole particular ou religiosa e a movimentos filantrópicos, que criaram instituições ou associações para assistir, amparar, acolher e educar muitos colectivos desprotegidos socialmente, destacando-se a infância desvalida e vadia. Este esforço foi acompanhado pela difusão do ensino popular com a abertura de aulas e escolas nocturnas para aprendizes e trabalhadores. Segundo Ernesto ao nível historiográfico os anuários das câmaras municipais, as memórias de higienistas, médicos (pediatras, psiquiatras), os boletins de associações assistenciais, profilaxia e de puericultura, aos dados demográficos, às publicações de pedagogia e outras obras de relevância médico-pedagógica e, ainda, a própria imprensa, insistem nas problemáticas sociais que implicava o processo de urbanização (concentrado nos centro urbanos) e de industrialização. Os efeitos sociais desses fenómenos, associado à imoralidade, à promiscuidade, miséria, actos delitivos e aumento de desviações sociais na infância, são vistos como situações de insegurança (económica, política, social) que obrigou ao trabalho e exploração infantil e juvenil e a consequente marginalização social e delinquência.
Relatório do Trabalho de Fim de Curso de Engenharia de Produção Agrícola apresentado à Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Castelo Branco.
Disponível na Biblioteca da ESACB na cota C30-18513TFCPAN.
Com o objectivo de estudar o efeito da supressão de uma das sete refeições semanais de alimento lácteo, ao domingo a partir do segundo fim de semana de vida, no desenvolvimento, ingestão de alimento e de água e no índice de conversão de vitelos Holstein Friesian durante os 28 dias de aleitamento e nos 14 primeiros dias após o desmame, foram constituídos dois grupo com 6 vitelos cada um, provenientes do efectivo bovino leiteiro da ESACB, homogéneos em relação ao peso ao nascimento, sexo e número de parto da mãe. Os vitelos do Grupo 1 (G1) tiveram um regime alimentar normal enquanto os vitelos do Grupo 2 (G2) apenas receberam alimento lácteo 6 dias por semana. Em ambos os grupos os animais ingeriram, como alimento lácteo substituto do leite materno, colostro fermentado naturalmente à temperatura ambiente de Outono/Inverno. Devido à supressão de uma refeição de colostro, o consumo diário de matéria seca (IMS) do colostro foi maior (P<0.05) nos vitelos do G1 (344.20 g/dia±1.06) do que nos vitelos do G2 (302.17 g/dia±13.29). No entanto a IMS total foi semelhante nos dois grupos sendo para o G1 e G2 respectivamente de 823.43 (±113.62) e 838.04 g/dia (±150.43) (P>0.05), o que indica ter havido uma substituição da IMS do colostro por IMS do concentrado. Como seria de esperar os vitelos do G2, no dia da interrupção na distribuição de colostro, beberam significativamente mais água (P<0.05) (4.38 Kg/dia±0.27) do que os vitelos do G1 (2.63 Kg/dia±0.32) no mesmo dia. A supressão da refeição de colostro parece não ter afectado o crescimento dos vitelos uma vez que os animais dos dois grupos tiveram, durante o aleitamento, ganhos de peso diário (GPD) semelhante (P>0.05) sendo de 0.438 Kg/d (±0.142) para G1 e de 0.420 Kg/d (±0.099) para o G2. Nos primeiros 14 dias após o desmame o GPD foi ligeiramente superior (P>0.05) no G2 (0.899 Kg/d ±0.171) quando comparado com o G1 (0.833 Kg/d±0.220). O índice de conversão alimentar (IC) foi igual durante o aleitamento sendo para o G1 e G2, respectivamente de 1932.56 (±507.13) e de 1966.24 gMS/Kg de peso ganho (±268.39) (P>0.05). No entanto, após o desmame, o IC foi favorável ao G2 em relação ao G1 sendo respectivamente de 1899.35 (±312.67) e de 2311.85 gMS/Kg de peso ganho (±792.13) (P>0.05). Ao fazermos o estudo económico dos dois sistemas de aleitamento verificamos uma redução de 9% nas despesas com o aleitamento dos vitelos do G2. A ser implementada esta técnica permitiria diminuir a mão-de-obra ao domingo, numa exploração de bovinos de leite.
Com o objectivo de comparar a influência de dois tipos de alimentos lácteos no desenvolvimento, ingestão de alimentos e índice de conversão de vitelos Holstein Friesian durante os 28 dias de aleitamento e nos primeiros 14 dias pós-desmame, foram constituídos dois grupos com 9 animais cada um (5 fêmeas e 4 machos) provenientes do efectivo bovino leiteiro da Escola Superior Agrária de Castelo Branco (ESACB). Os vitelos do Grupo 1 (G1) consumiram durante o aleitamento colostro fermentado e os vitelos do Grupo 2 (G2) ingeriram leite de substituição convencional. O tempo de armazenamento, afectou a composição química do colostro mantido à temperatura ambiente. Ao 28º dia, o teor em sólidos totais era inferior ao valor existente ao 7º dia (P<0,01). Durante o mesmo período, o pH do colostro sofreu uma diminuição acentuada (P<0,05). Pelo contrário, a acidez aumentou 1,6 vezes (P<0,05). Os animais dos dois grupos tiveram durante o aleitamento ganhos de peso diário (GPD) semelhantes (P>0,05), sendo de 0,319 kg/d ± 0,095 e de 0,327 kg/d ± 0,088, respectivamente para o G1 e G2. Nos primeiros 14 dias pós-desmame, o GPD foi superior (P>0,05) no G2 (0,889 kg/d ± 0,204), quando comparado com o G1 (0,718 kg/d ± 0,275). Os consumos de matéria seca (MS) de alimento lácteo (P<0,01) e MS total (P<0,01) foram maiores no G2. Pelo contrário, não encontramos diferenças no consumo de alimentos sólidos (concentrado e feno) (P>0,05). Depois do desmame verificamos que, o consumo total de MS foi superior (P>0,05), nos vitelos do G2. Durante o aleitamento, o índice de conversão (IC) foi favorável (P>0,05) ao G1, sendo de 1,792 ± 0,681 e 2,251 kg MS/kg peso ± 0,572, respectivamente para os grupos 1 e 2. Após o desmame o IC do G2 foi ligeiramente menor (P>0,05). Concluimos que, embora não tenham provocado alterações significativas no desenvolvimento dos animais até aos 42 dias, a utilização dos excessos de colostro no aleitamento dos vitelos com uma refeição diária de alimento lácteo e com desmame precoce aos 28 dias, torna esta fase da vida dos animais 4 vezes mais barata. E portanto uma alternativa viável ao leite de substituição comercial utilizado.
Trabalho de Projeto apresentado à Escola Superior de Artes Aplicadas de Castelo Branco do Instituto Politécnico de Castelo Branco e à Faculdade de Arquitetura da Universidade Técnica de Lisboa para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Design Gráfico.
Play-Along – como regulação do estudo Projeto de Ensino Artístico apresentado à Escola Superior de Artes de Castelo Branco para poder alcançar os requisitos necessários à obtenção do Grau de Mestre no Ensino da Tuba realizado sob a orientação do Professor Ilídio Massacote, professor de Tuba e Música de Câmara na ESART. Este projeto de ensino artístico foi desenvolvido sob uma ação de investigação durante a prática pedagógica, com o intuito de comprovar se, através de uma regulação do estudo, assistida com acompanhamentos em Play-Along, existirá uma melhor organização da prática de estudo diária e, efetivamente, um melhor e concentrado estudo das rotinas diárias essenciais, que resultarão num bom desenvolvimento técnico e musical dos músicos, em especial atenção dos alunos escolhidos. Para este trabalho, escolhi quatro alunos que estão matriculados no 2º Grau do Ensino Artístico Especializado ministrado no Conservatório Escola Profissional das Artes da Madeira, em diferentes núcleos/polos. Selecionei dois alunos no instrumento tuba e dois no instrumento eufónio, para poder aferir dos resultados e realidades obtidos nos dois instrumentos por mim lecionados.
Disponível na Biblioteca da ESACB na cota C30-9924TFCPAG ; C30-9925TFCPAG.
Disponível na Biblioteca da ESACB na cota C30-29305TFCA.
Relatório do Trabalho de Fim de Curso de Engenharia das Ciências Agrárias – Ramo Animal.
Disponível na Biblioteca da ESACB na cota C30-8093TFCPAN.
Relatório do Trabalho de Fim de Curso em Engenharia Zootécnica apresentado à Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Castelo Branco, do qual só está disponível o resumo.
A produção de leite em Portugal atravessa momentos difíceis. O preço pago aos produtores é um dos mais baixos da UE tendo atingido em julho de 2018 0,3007 €/kg, menos 2,77 cêntimos do que o valor médio pago aos produtores europeus no mesmo mês (0,3284 €/kg) (MMO, 2018). Os custos de alimentação da vaca leiteira têm um peso importante na formação do preço do leite. Representam 50% e 78,4% do custo total da produção de leite (Alqaisi et al., 2011; Baptista et al., 2012; Sottomayor et al., 2012). Isto significa que para aumentar a rentabilidade da exploração é fundamental reduzir os custos com a alimentação satisfazendo as necessidades nutricionais dos animais utilizando mais forragens produzidas na exploração. Regimes alimentares baseados no pastoreio ou na utilização de forragens produzidas na própria exploração são economicamente mais interessantes do que regimes baseados na utilização de concentrados cujo preço o produtor não controla (Alqaisi et al., 2011). O azevém tem sido uma das forragens mais utilizadas na alimentação de vacas leiteiras (Wilson e McDowall, 1966; Tas, 2006; Cooke et al, 2008; Cooke et al, 2009). Esta forragem pode ser fornecida em pastoreio direto, em feno, feno-silagem, silagem ou em regimes mistos com pastoreio e conservação. Também em Portugal, o azevém anual é muito utilizado na formulação de regimes alimentares para vacas leiteiras e a influência favorável que esta forragem tem sobre a composição do leite em ácidos gordos (CLA, ácido linoleico e ácido α-linolénico) é demostrada num artigo de revisão (Kalač e Samková, 2010). Assumindo a importância que o azevém tem na produção leiteira em Portugal pretendeu-se avaliar a produção e a composição nutricional de duas variedades cultivadas em monocultura ou em mistura binária em condições características de um clima Termomediterrânico.
Seminário realizado na Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Castelo Branco, no âmbito do Projecto 0186_AGROCELE_3_E
Através de consulta e análise de informação muito recente disponível nas páginas Web de organismos oficiais como Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP), o Instituto Nacional de Estatística (INE), o Sistema de Informação de Mercados Agrícolas - Gabinete de Planeamento e Políticas (SIMA-GPP) e o European Milk Market Observatory (MMO), foi possível obter informação atualizada que nos permite ficar a conhecer melhor a bovinicultura de leite em Portugal. Contata-se que o número de vacas leiteiras tem vindo a diminuir, embora a produção anual de leite tenha aumentado ligeiramente. Verifica-se que o número de explorações com vacas leiteiras em atividade tem diminuído acentuadamente e que mais de metade daquelas explorações estão localizadas na Região Autónoma dos Açores. No entanto, é no continente português que se produzem dois terços da quantidade total de leite de vaca, leite de excelente qualidade nutricional e sanitária conforme demonstram os dados da Associação para o Laboratório Interprofissional do Sector do Leite e Lacticínios (ALIP). Relativamente ao preço do leite, os valores pagos aos produtores em Portugal têm sido, quase sempre, dos mais baixos praticados na UE27. Entre julho de 2021 e setembro de 2022 o preço do leite pago aos produtores portugueses foi mesmo o mais baixo de toda a UE27, com tendência crescente para o aumento da diferença negativa entre o valor médio anual do kg de leite pago aos produtores da UE27 e pago aos produtores em Portugal. Esta situação está a contribuir para o esmagamento da produção de leite nacional uma vez que o custo da alimentação das vacas leiteiras tem aumentado, não só devido ao aumento do preço das matérias-primas que entram na formulação dos alimentos concentrados como também devido ao aumento do preço dos fatores de produção associados à produção de forragens. É urgente que as organizações cooperativas que recolhem e transformam a maioria do leite de vaca produzido em Portugal acrescentem muito mais valor a este produto permitindo vender melhor e pagar melhor aos produtores.
Relatório de Estágio apresentado à Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Castelo Branco para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Educação Pré- Escolar e Ensino do 1º Ciclo do Ensino Básico.
O regime de quotas leiteiras foi criado em 1984 na então Comunidade Económica Europeia (CEE) para fazer face a circunstâncias determinadas – a acumulação de excedentes de lacticínios e a respetiva pressão sobre os meios orçamentais europeus necessários ao seu escoamento. Em traços gerais, a limitação de produção naquele sistema de quotas teve como objetivos principais evitar a queda de preços que poderia advir de uma maior oferta em relação à procura e o aumento da competitividade do setor com a consequente redução de despesas com os apoios ao consumo interno e à exportação. Nos anos que precederam a adesão de Portugal à CEE o setor do leite português era caracterizado por um mercado de economia dirigida, fortemente controlado, com tabelamento de preços na produção, na distribuição e no consumo. A formação de preços era estabelecida com base em subsídios destinados a fomentar a produção e a manter estável o nível de preços, adequando-os ao poder de compra de então. A produção de leite era insuficiente para satisfazer o consumo, sendo necessário recorrer à recombinação de leite em pó. Existia um quadro positivo para a evolução da produção e transformação leiteiras pois havia mercado capaz de absorver os seus produtos. Em contrapartida, dado o desfasamento do nosso mercado relativamente aos similares europeus e internacionais a nível dos preços praticados em toda cadeia, impunham-se adaptações urgentes e radicais com vista à entrada do nosso país na CEE. A harmonização de preços a que a adesão obrigava para a integração do sector na Organização Comum de Mercado definida pela PAC, levou a que no Tratado de Adesão fossem estabelecidas duas etapas de transição, de cinco anos cada, tendo a primeira decorrido de 1985 a 1991. Com o intuito de proteger o setor das importações de países terceiros, permitindo a restruturação e o desenvolvimento dos aparelhos produtivo e industrial, foram estabelecidos, neste primeiro período, mecanismos de transição, ao nível dos regimes de preços, de ajudas, de intervenção, de comercialização e de comércio externo. O fim do sistema de quotas leiteiras está previsto para 31 de março de 2015. As piores expectativas apontam para um abandono maciço da atividade, principalmente em economias menos competitivas como a Portuguesa. Mais de 90% do leite produzido na União Europeia (EU) é comercializado no mercado europeu. O sistema de quotas tem permitindo a manutenção e o desenvolvimento sustentado da produção leiteira na totalidade dos Estados-Membros contribuindo para adequar a oferta à procura, permitindo alguma sustentabilidade dos rendimentos ao longo da fileira. Organizações poderosas ligadas ao setor lácteo de países do norte da Europa (Ex. Holanda, Dinamarca, Alemanha,…) têm sido claras nas suas intenções ao referirem que o desmantelamento do sistema de quotas implicará um abandono produtivo maciço nos países cuja produção de leite é considerada menos competitiva. Esta opção é sustentada pela importância cada vez menor que o regime de quotas leiteiras tem na EU. Na campanha de 2010-2011, apenas 5 Estados-Membros excederam a sua quota leiteira tendo a produção da EU ficado 6% abaixo da quota total. A campanha 2011-2012 terminou com as entregas na EU a situarem-se 4,7% abaixo da quota. Apenas 6 Estados-Membros excederam a respetiva quota nacional, a Áustria (onde predominam explorações leiteiras com vacas Simental) +4,2%, Chipre +2,3%, Irlanda +1,1%, Luxemburgo +0,5%, Holanda +0,5% e Alemanha +0,1%). Pelo contrário, 21 Estados-Membros produziram leite abaixo da quota anual atribuída. Os valores variaram entre -0,2% na Dinamarca e -52,6% na Bulgária. Portugal situou-se sensivelmente a meio da tabela com 9,7% de produção abaixo da quota leiteira. O número de Estados-Membros que produziram mais do que a quota foi muito pequeno e este excedente de produção representou menos de 0,2% do leite total entregue ou coberto por vendas diretas. A recolha de leite de vaca na EU tem vindo a aumentar nos últimos anos tendo sido de +1,4% em 2010, +2,0% em 2011 e +1,5% em 2012. Nas principais regiões mundiais fornecedoras de leite, onde se incluem os EUA, a Nova Zelândia, a Austrália e a Argentina, o aumento anual foi muito superior ao da EU tendo atingido +5,3% em 2011 tendência que se manteve em 2012 com o aumento de +2,8% nos EUA, +11,4% na Nova Zelândia, +4,7% na Austrália e +5,9% na Argentina. Entre 2010 e 2012, com exceção do leite em pó gordo, as exportações dos principais produtos lácteos da EU aumentaram com especial dinamismo para o leite em pó desnatado e para a manteiga em 2012. Estudos recentes, elaborados pela Comissão Europeia, preveem o aumento contínuo da procura mundial de leite e produtos lácteos como resultado da apetência crescente para aqueles produtos, do crescimento da população, da economia mundial e do maior consumo per capita de leite e derivados. O aumento sustentado das importações por parte de países emergentes como a Índia e a China influenciará positivamente os preços dos produtos lácteos de base com o consequente incremento do potencial exportador da EU. Este panorama apenas poderá ser afetado pelo aumento mais rápido das exportações de leite e produtos lácteos provenientes de outros países produtores mundiais de leite que, ao longo dos últimos anos, têm vindo a adaptar a sua produção à procura crescente do mercado mundial sem as limitações que o regime de quotas leiteiras tem vindo a impor aos países da EU. Em vários Estados-Membros, as explorações leiteiras têm vindo a introduzir medidas de adaptação ao fim do regime de quotas leiteiras. As medidas passam pelo aumento dos efetivos e pela melhoria da eficiência na produção de leite. O objetivo é tornar a Europa mais competitiva para a conquista de mercados emergentes. Os custos de produção devem ser competitivos no mercado global e no mercado local dos produtos lácteos particularmente ao nível do preço da alimentação animal, do preço da terra e da mão-de-obra. Em tempos de fortes flutuações mundiais dos preços do leite, dos custos de produção e das taxas de câmbio, o setor leiteiro deve ser capaz de reagir rapidamente às ameaças e de antecipar as oportunidades. Será fundamental avaliar anualmente, de forma isenta e objetiva, a competitividade dos sistemas de produção dos vários países. Apresentamos agora algumas ideias que poderão ajudar os produtores portugueses a adaptarem a sua atividade, nos próximos 12 meses, ao fim do regime de quotas leiteiras que, inevitavelmente, deixará de existir em abril de 2015. Tendo em consideração o forte impacto que os custos de alimentação das vacas representam para a produção de leite (mais de 50% do preço de custo de 1 kg de leite) devem ser utilizados regimes alimentares que potenciem a produção de leite mas que também potenciem a redução do custo unitário do leite produzido. Vários trabalhos têm vindo a revelar que as explorações que utilizam elevados níveis de concentrados para a produção de leite são as mais sensíveis aos aumentos dos preços das matérias-primas no mercado internacional. Neste sentido, propõe-se a maior utilização de forragens produzidas na própria exploração como forma de reduzir os custos alimentares com a produção de leite. Com base nos resultados obtidos em explorações avaliadas em 2012 (2 explorações neozelandesas uma das quais com vacas cruzadas, 3 explorações argentinas, 12 explorações alemãs e 9 explorações americanas) o IFCN observou custos de produção de leite na Argentina 20% mais baixos do que na Nova Zelândia, país onde os custos de produção foram 20% mais baixos do que nos EUA e na Alemanha. Os menores custos de produção de leite verificados na Nova Zelândia e na Argentina, onde o pastoreio é o regime alimentar predominante, contribuem para a ideia de que a produção de forragem na própria exploração será um caminho a seguir para que os custos de produção por kg de leite sejam menores. Outro aspeto a ter em conta no sentido de melhorar a eficiência produtiva dos efetivos leiteiros passa, necessariamente, por melhorar os parâmetros reprodutivos. Pretende-se que as novilhas param mais cedo e que as vacas tenham maior número de lactações, lactações mais persistentes e maior longevidade. O parâmetro produtivo DEL (dias em leite) não deverá ultrapassar os 170 dias já que o seu aumento vai ter implicações diretas na diminuição da produção média diária de leite, o intervalo IP-P (intervalo entre partos) deverá ser igual ou inferior a 365 dias, o número de IA/IAF (inseminações artificiais por inseminação fecundante) deverá ser igual ou inferior a 1,7 e a idade das novilhas ao primeiro parto deverá ser no máximo de 24 meses. Valores mais elevados vão ter implicações diretas no custo do litro de leite produzido. Também as mamites contribuem para diminuir a qualidade e a quantidade da produção anual de leite. Uma vez que as bonificações atribuídas ao preço do leite baixam quando aumenta a CCS (contagem de células somáticas) e as mamites vão provocar o seu aumento e também uma redução na produção diária de leite, a ocorrência de mamites na exploração vai ter implicações diretas no aumento do custo do leite produzido e na rentabilidade da exploração. A raça para produção de leite mais utilizada em todo o mundo é a Holstein Friesian. Nesta raça, a pressão do melhoramento genético tem acelerado a relação de parentesco entre animais. Na maior parte dos casos, quando uma vaca Holstein Friesian é inseminada, não há controlo do grau de parentesco entre macho e a fêmea, não se verifica se existe entre ambos alguma relação estreita de parentesco. Ao utilizarmos sempre os melhores touros nas melhores vacas estamos a tornar os efetivos Holstein Friesian altamente interrelacionados geneticamente. Esta situação afeta os parâmetros reprodutivos, a sanidade animal e a longevidade. Contrariamente ao que acontece com outras espécies animais ou com raças bovinas vocacionadas para a produção de carne, o crossbreeding tem sido pouco utilizado em vacas leiteiras. No entanto, os produtores de leite que se concentram no objetivo principal da exploração que é o lucro, poderão ter vantagens na utilização deste método estratégico para melhorar a rentabilidade e a sustentabilidade da produção de leite. Estudos recentes têm vindo a confirmar a vantagem do crossbreeding na melhoria da fertilidade, da sanidade e da longevidade produtiva de vacas leiteiras cruzadas quando comparadas com vacas Holstein Friesian puras. Naturalmente que, devido à sua elevada especialização leiteira, a raça Holstein está no topo dos programas de crossbreeding. É a raça base em programas rotacionais de crossbreeding com três raças especializadas na produção de leite como acontece, por exemplo, com a Holstein, a Vermelha Sueca e a Montbeliard, ou em programas com duas raças leiteiras como a Holstein Friesian e a Jersey, cruzamento preferido para sistemas de produção onde é enfatizada a produção de leite à base de erva. Um caso de sucesso no crossbreeding é o cruzamento muito utilizado no Brasil entre a raça zebuina Gir (Bos taurus indicus) e a raça Holstein (Bos taurus taurus) que dá origem à raça Girolando, animais mais resistentes ao calor e ao parasitismo. Ao melhorarmos a fertilidade, a sanidade e a longevidade produtiva das vacas leiteiras estamos a contribuir para baixar o custo do kg de leite produzido e para aumentar o sucesso económico da exploração. Embora seja uma produção pouco conhecida em Portugal, outra hipótese para melhorar a rentabilidade da exploração leiteira é a conversão para a produção de leite de búfala. Em vários países da Europa, principalmente do sul, há criação de búfalas para produção de leite em sistemas de exploração idênticos ao das vacas leiteiras. As raças Mediterranea Italiana e Murrah Búlgara são criadas em países da Europa como Itália, Roménia, Turquia, Bulgária, Grécia, Sérvia, Albânia, Hungria, Macedónia, Reino Unido, Alemanha e Ucrânia. Em Itália, o país europeu com maior número de búfalas leiteiras, o efetivo médio por exploração contrastada é de 161,3 cabeças com produção média por animal em 270 dias de lactação de 2.221 kg de leite com 8,24% de gordura e 4,66% de proteína. O leite tem um rendimento queijeiro de 25%, muito superior ao leite de vaca, e em Itália é pago ao produtor a um preço quatro vezes superior ao do leite de vaca. Pensamos que esta produção poderá constituir uma alternativa rentável à produção de leite de vaca principalmente na região sul do país onde está sedeada a Associação dos Criadores de Búfalos de Portugal.